Se queremos um mundo
melhor, comecemos por melhorar nossa conduta dando o exemplo – isso é o mínimo
que se pode esperar de uma sociedade organizada, no bom sentido.
VAGABUNDAGEM – Nos anos 50/60 do século passado qualquer jovem vagabundeando
pelas ruas era encaminhado ao juizado de menores e seus pais chamados onde,
junto com o menor, recebiam orientações para que o fato não se repetisse. Havia
a figura do Juiz de Menores, não burocrático, aquele que convivia com os jovens
e conhecia a todos os que pertenciam a sua jurisdição. O jovem deveria estar na
escola, ou exercendo um oficio (aprendizado ou estagiando), ou em seu lar junto
à família. O respeito e a disciplina eram a norma de conduta em todos os
locais. Falo do que conheci. Em minha cidade, o Sr. Lauro Barreiros, inspetor
de alunos do Colégio Cel. Nhonhô Braga, era um desses representantes da Lei que
contribuía com sua presença para, de forma cordial e respeitosa impor uma
conduta aceitável. Havia uma regra
geral, uma espécie de toque de recolher: nos dias de semana era às 21 horas e
aos sábados, domingos e feriados às 21,30 horas com meia hora de prorrogação
dando tempo aos mais retardatários tomarem o rumo de suas casas. Menores de 18
anos cientes de suas responsabilidades colaboravam acompanhando os pais ou seus
responsáveis. Isso não significava reclusão de ‘monge’ e o cometimento de
excessos recebia a devida advertência e ‘punição’ – em geral alguma restrição
de laser ou de mesada. O jovem aos 18 anos cumpria um ano de serviço militar –
(Tiro de Guerra), onde recebia na prática conhecimentos de civismo e amor à
Pátria, além de praticar treinamento militar e participar ativamente em
pequenos programas de serviço social.
As cidades cresceram
desordenadas. A TV invadiu os lares de forma agressiva e dominadora das mentes;
segurou os adultos na frente do vídeo, enquanto os jovens começaram a escapar
do controle saudável familiar. Já comentei sobre a mudança para pior do
comportamento dos jovens em sala de aula a partir do momento em que a
irreverência, para não falar em falta de educação característica de alguns programas
de humor e de auditório, passou a fazer parte do cotidiano doméstico.
Acompanhei essa mudança ao vivo e a cores. Os resultados ganharam uma dimensão
caótica na Escola, no lar, da sociedade. Abriram a porteira e perdeu-se o
controle.
ECA (Estatuto da Criança e
do Adolescente) – Impunidade – Maioridade Penal.
Sob a capa da impunidade
institucionalizada nestes últimos 30 anos, onde quem deveria dar o exemplo
comete crimes de todo o tipo e sai ileso porque a justiça é cega, surda,
preguiçosa (lenta) e muda (demora ‘séculos’ parara dar uma resposta), o jovem
perdeu o rumo, pois ficou sem referencias éticas e morais. O ECA não protege a
criança e o jovem da violência. Muito pelo contrário, o transformou em refém da
violência, do bandido, do crime organizado, dos vícios e das drogas.
Não é só o ‘pobre’ dos
morros a vitima dessa degradação social.
Por falar em ‘pobres’, a
TV a todo o momento exibe vinhetas de partidos de esquerda, com políticos de
fatiota, empoados, a se vangloriar com um: - ‘tiramos mais de 30 milhões de famílias da
pobreza’ (sic). - Quem? - Com que dinheiro?- Quanto foi antes para o bolso do desocupado
falante dessa proeza? - Quem foi que trabalhou e produziu para que eles, os
distribuidores de riquezas façam cortesia com chapéu alheio? – Como ensinar ao
jovem de hoje o que é ético, o que é correto, o que verdade, o que é mentira se
há toda uma orquestração para que o caos persista?
Maioridade penal não vai
resolver o problema do menor infrator.
São décadas de
desconstrução da Família, da Educação, dos valores éticos na conduta dos
governantes que se agarraram ao poder e passaram a se servir do Estado. São
décadas de ação de partidos de esquerda usando a tática de fingir, mentir, e faltar
com a Verdade sobre a realidade nacional: economia, saúde, educação,
infra-estrutura. – (a última campanha
política está bem viva na memória dos brasileiros). Ninguém mais ignora que houve a
criação de uma versão oficial da história impingindo aos alunos de todos os
níveis da escola pública uma doutrinação ideológica partidária. – (já há um movimento de pais, alunos e
professores > A Escola sem Partido – contrapondo-se a essa imposição de
professores militantes nas salas de aula).
É preciso começar uma limpeza pelos
altos escalões governamentais; deve ser exemplar para que nossos jovens tenham
a oportunidade de ver o mundo por outra ótica – a da decência, com o fim da
impunidade.
A vigilância deve ser de todos: da Família,
Igreja, da Escola, das Instituições e demais setores da sociedade que, no
passado não muito distante, exerciam um poder de moderação de conduta e de
respeito por si próprio e pelos semelhantes.
-"O homem que se vende recebe mais do que vale". (Barão de Itararé)