Bem, pela primeira fala do Ministro da
Educação (Renato Janine Ribeiro), fiquei em ‘ajunas’ como diria meu avô. Entenderá
ele de educação? O que ele disse, em nada esclareceu sobre a ‘Pátria Educadora’. Continuaremos
na mesma?
Greves dos professores – antes da
APEOESP aparecer na vida dos professores, não aconteciam greves. Lembro da
primeira greve que chegou à minha escola. Meio relutante participei da primeira
reunião; na segunda soube que era para continuar a paralisação para ‘apoiar’ o
projeto de um político da região que deveria ser votado na semana seguinte. Abandonei
a reunião e avisei que não contassem mais comigo.
Ainda não existia o PT nem os partidos de
esquerda com sua militância. Muita água rolou depois disso.
Aproveito para mandar uma pequena
informação aos jovens estudantes que sofrem com as constantes greves dos
professores e que já sofreram algum tipo de doutrinação anti-social na escola e
de coitadismo veiculado nos programas políticos.
ANOTEM: - Lá no começo do século
passado só não estudava quem não queria estudar. Em pleno ‘estado novo’ havia
escolas de qualidade (na cidade e na área rural) para todos, com professores bem
preparados e seu trabalho era valorizado. Havia também a ‘caixa escolar’ que atendia
aos alunos pobres, fornecendo-lhes material didático, uniforme completo
incluindo calçado e agasalho para o inverno, e merenda escolar. O currículo escolar
dava uma base ampla de conhecimentos, que ao terminar o 4º. Ano primário os
jovens tinham capacidade para enfrentar cursos mais adiantados sem necessidade
de cursinhos ou de ir para o mercado de trabalho.
Em outro texto contei sobre duas
famílias nossas vizinhas a quem minha mãe fez questão de visitar para que
mandassem seus filhos à escola onde nós estudávamos. Uma, de origem afro,
educadamente respondeu que escola não fazia parte dos costumes de seu povo; a
outra, de origem indígena retrucou ironicamente que escola era coisa de
branco... Apesar de se recusarem mandar seus filhos frequentar a escola, dentro
de sua cultura e tradições eram pessoas trabalhadoras, educadas e dignas. Não
me lembro de pessoas tidas como ‘pobres’ que estivessem vivendo na miséria.
Todos viviam com dignidade, respeitando e sendo respeitadas.
Ah! Também não havia o horário
político obrigatório (Rádio e TV) para contar tanta mentira à custa do bolso do
cidadão, pois não havia essa classe política podre de hoje. Sinto pena das
pessoas jovens que se prestam ingenuamente a fazer propaganda de um governo
corrupto e mentiroso, especialmente quando se referem à educação; tenho certeza
que o fazem na boa fé, pois não conheceram o Brasil de antes do PT chegar ao
poder.
Haverá manifestações e protestos no próximo
dia 12 contra um governo que já perdeu a credibilidade. Medidas paliativas,
nomeações de Ministros, propaganda do governo, etc., não irão corrigir a
situação a que se chegou. É preciso mudar tudo o que não funciona mais. A começar
pelo gigantismo do Estado, caro e ineficiente. Quem paga a conta é o cidadão
que trabalha, portanto cabe a ele exigir a mudança inadiável.
- Reforma política, diminuição do
número de Ministérios? - Só acredito vendo!