quinta-feira, 30 de abril de 2015

BRASIL dos MOTES > PAÍS DO FUTURO, DO FUTEBOL, DO CARNAVAL, DAS PRAIAS, DA CORRUPÇÃO > ‘PÁTRIA EDUCADORA’...


E mais: país do terceiro mundo, país em desenvolvimento, dos BRICS...  Já foi colônia, Império e atualmente uma República Democrática de Direito – isto oficialmente. 
O povo brasileiro se considera Feliz; um dos mais felizes do mundo (!) – ‘Felicíssimo!’ - como diria o primo pobre (Brandão Filho) ao primo rico (Paulo Gracindo) do programa de Rádio “Balança Mas Não Cai”.

O futuro já chegou como uma tempestade mais do que prevista e esperada. Os estragos estão por toda parte. A crise estourou porque a incompetência movida pela inveja aliada à ganância se instalou no poder. Nas palavras do ex-presidente do Uruguai J. Mujica, quem gosta de dinheiro deve afastar-se da política, ser comerciante, industrial...

O desejo de ser igual ao outro, ter o que os outros têm, usufruir de todas as benesses sem a contrapartida do realizar e produzir transformou-se em mola propulsora para que correntes ideológicas socialistas – comunistas – ditatoriais fizessem sua leitura até das  Escrituras para ocupar todos os espaços ignorando o indivíduo e priorizando o coletivo com seus ‘programas sociais’.

Brasil, país do Futebol – outra leitura feita, em especial pelo PT que tomou de assalto o governo e passou a ser o dono da bola, ditar as regras, apitar o jogo, comandar a torcida (militantes), agredir o adversário tratando-o como inimigo (o outro), distribuindo propinas (bicho), etc.; além de só fazer gol contra, atribui tudo o que faz de errado aos que se lhe opõe de forma neurótica e aviltante. Advertências só já não resolvem o grau de desrespeito a que chegou.

País do Carnaval? – e não é que é! - Não estou falando da  bonita festa das escolas de samba na avenida, nem dos blocos carnavalescos que fazem a alegria de brasileiros e turistas. Estou falando do ‘carnaval’ predatório promovido durante as eleições com o dinheiro público, privado e fundo partidário (triplicado) – uma vergonha! – música desafinada e fora de contexto. O Fundo Partidário foi criado juntamente com a Constituição Brasileira em 1988 com o objetivo de fortalecer os partidos políticos.

Praias! – as naturais são lindas apesar do descaso. Já a praia dos políticos é a do mar de lama, com muito lixo, e de maré revolta numa eterna ressaca movida a fraudes, pedaladas fiscais, corrupção e mentiras. Para eles vale o ‘Parte e reparte quem não ficar com a melhor parte é tolo ou não tem arte... ’ Haja Lava-Jato!

Trava língua > ‘O rato roeu a roupa do Rei de Roma’.
 Releitura: - ‘Os ratos reinantes roubam as riquezas nos recônditos recantos da República (Brasil)’.

Pátria Educadora > O que vem por aí? 
– Como seres humanos, nossa principal tarefa é de nos aperfeiçoar, burilar nossa personalidade, nossa inteligência, nossa mente, nossa alma, nosso espírito. As tentações estão por todos os lados para testar nossa persistência em nos melhorar. Temos livre arbítrio - individual e intransferível - e o dever de respeitar nossos semelhantes. Isso passa pela Família, pela Igreja/religião, pela Sociedade e pela Educação: - Não a que impõe a alfabetização ‘sócio construtiva*’ que transforma crianças em servos dóceis aos interesses do Estado desprezando o real desenvolvimento de suas capacidades. Tudo faz parte de um programa estratégico para usurpar os direitos da família sobre os filhos afastadas dos pais e da família cada vez mais cedo.
O que já está ruim poderá ficar pior. A possível nomeação do novo Ministro para o STF – Fachim – diretor do Instituto Brasileiro do Direito da Família poderá agravar o problema, pois os pais perderão ainda mais seus direitos perante a família. Propostas de autoria do candidato a Ministro, já foram  introduzidas na PLS 470/2013 que institui o Estatuto da Família e está em debate no Senado, são uma aberração.

Antes da desestruturação familiar e educacional a criança ia para a escola a partir do 8 anos; normalmente já estava alfabetizada. A criança tinha uma larga convivência com familiares participando de todas as atividades doméstica, religiosas, sociais e culturais. Hoje, mães ciosas de que ‘precisam’ trabalhar abdicam do direito de serem mães. Muitas se tornaram escravas da própria carreira sem tempo para os filhos que acabam terceirizados.  E o Estado avança usurpando direitos e deveres familiares intransferíveis.

*Alfabetização ‘sócio construtiva’ – Foi criado por estrategistas comunistas entre eles Paulo Freire. O sistema destrói a inteligência chegando a produzir lesões cerebrais. O desastre da educação no país tem nome e endereço.


Os ocupantes dos cargos majoritários ora no poder, não são os mais indicados para definir os rumos da Nação Brasileira. Cabe ao povo de forma individual e coletiva modificar e aprimorar as instituições. 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

“MONTEIRO LOBATO DAS CRIANÇAS”: PARTILHANDO LEITURAS


Abril, um mês de muitas homenagens, fatos históricos a rememorar, e mais o Dia do Livro, Dia da Biblioteca, Dia do Escritor, Dia de Monteiro Lobato, Dia da Leitura... – muito bom que haja um incentivo à leitura para que o cidadão tenha oportunidade de mergulhar nesse mundo encantado da palavra guardada nas páginas de um livro. Muitos dizem que não viajam sem levar um livro para ler; pessoalmente prefiro ‘ler’ os lugares que visito, e, normalmente volto  com algum livro novo para ler tranquilamente em casa!
Partilhando leituras: - Dediquei este mês à publicação de resumos de leituras que fizeram parte da nossa página no Shvoong.com até setembro/2014. Para encerrar o ciclo de leituras selecionadas para o período,  segue abaixo um resumo (que mereceu 2993 visitas e 18 avaliações) - do livro “Monteiro Lobato das Crianças” do goiano Alaor Barbosa  um admirador e estudioso da obra de Lobato onde fala da vida e obra de um dos principais autores nacionais do inicio do século passado.

 “MONTEIRO LOBATO DAS CRIANÇAS” (Alaor Barbosa )
Utilizando o recurso do diálogo, o autor vai satisfazendo a curiosidade de "Tide" sobre o significado das palavras, fatos históricos do país, curiosidades das cidades brasileiras, literatura, autores, etc., . Traça o perfil biográfico de Lobato, desde a infância quando conheceu o Imperador D.Pedro II, que ao passar pela Província de S.Paulo, se hospedou na casa do seu avô o Visconde de Tremembé.
Fala sobre a vida de  Monteiro Lobato, ou o Juca como era conhecido, destacando que ele gostava de pintar mais para se satisfazer; lia muito na biblioteca do avô Visconde, especialmente "Robinson Crosué" - pois na época não havia literatura nacional para crianças. Sem as modernidades de hoje, como brinquedo ganhou dois cavalinhos; um de circo, ensinado e outro o "piquira", que faziam a alegria das crianças da rua onde morava. Estudou no Colégio Americano de Taubaté. Seu verdadeiro nome de batismo era José Renato Monteiro Lobato. Encantou-se com a bengala de ouro de seu pai que tinha gravadas as iniciais J.B.M.L  às quais não coincidiam com as de seu nome (J.R.M.L); como iria no futuro usar a bengala? - com a autorização dos pais trocou o nome de Renato, por Bento. Quanto a bengala...,  não se tem notícias de que a tenha usado.
Ainda no Colégio de Taubaté, criou um jornal, o menor do mundo: H2O = "Agá Vinte", com tiragem de um só exemplar e uma única página; era lido por ele e servia para mexer com os colegas, o que nem sempre agradava. Estudioso, lia o Dicionário (Caldas Aulete) para aprender o significado das palavras e saber usá-las corretamente. Apesar de tanto estudo, em 1895 quando foi estudar em São Paulo, foi reprovado em português, fato que o deixou muito aborrecido.
 Seu avô queria que ele estudasse Direito, mas ele queria cursar a Escola de Belas Artes. Acabou seguindo os conselhos do avô, formando-se em Direito na Faculdade do Largo de São Francisco.
Seus primeiros livros foram escritos com pseudônimos - (JOSBEM, Gustavo Lannes, Matinhos Dias,Olga de Lima, Nero de Tal, She, Lobatoyewsky, etc); seu primeiro artigo foi publicado no jornal "O Guarani"- do colégio; publicou muitos contos, crônicas, etc.
Em tempos de estudante em São Paulo morou com um grupo de amigos num chalé do Brás que recebeu o nome de Minarete e se tornou ponto de encontro de estudantes. Entre os amigos estava o estudante Godofredo de Moura Rangel e Ricardo, repórter do "Correio Paulistano". As primeiras publicações dos moradores do Minarete foram feitas num jornal de Pindamonhangaba (S.P), fundado por Benjamim Pinheiro, ex-colega. Monteiro Lobato chegou a publicar um romance em tom de brincadeira "Lambeferas".
Como advogado, foi nomeado Promotor de Justiça de Areias - Ficou 4 anos (1911) onde escreveu "Cidades Mortas". A correspondência mantida durante 40 anos com Rangel que voltara para Minas, foi publicada com o nome de "Barca de Gleyre".
Com a morte do avô Visconde de Tremembé, Lobato recebeu de herança a fazenda de "Buquira". Os contos dessa época estão publicados em "Urupês"(1918). Nessa época cria seu personagem "Jeca Tatu", retratando o caboclo brasileiro; o personagem vai aparecer em vários de seus contos, como em "A Vingança da Peroba" e "Bucólica". Esse personagem foi motivo de muita polêmica. Fez a versão infantil com o "Jeca Tatuzinho". Lobato admitiu - o problema do roceiro era pobreza e falta de saúde.
Não existiam quase editoras no Brasil, provocando falta de livros. Alguns escritores brasileiros como Joaquim Nabuco, Guilherme de Almeida e Osvaldo de Andrade escreviam em francês... Aliás, era moda falar em francês nas reuniões sociais em São Paulo e Rio de Janeiro. Monteiro Lobato não concordava com essa situação. Ele trabalhava na "Revista do Brasil". Tornou-se o diretor e passou a publicar livros dele e de outros escritores, como Olavo Setúbal, Lima Barreto, Gustavo Barroso, Hugo de Carvalho Ramos, etc. Em pouco tempo, de trinta livrarias passou para mais de mil estabelecimentos comerciais vendendo livros inclusive em farmácias. O seu trabalho editorial foi interrompido com a revolução de 1924 - Lobato faliu. Tempos depois fundou a Cia Editora Nacional.
Seu trabalho com livros infantis teve início a partir de uma história que um amigo lhe contou: "História de um peixinho que morreu afogado". Adaptou o tema e publicou "Lúcia, ou a Menina de Nariz Arrebitado", e finalmente com o título de "Reinações de Narizinho". Dos tempos de infância foi resgatando lembranças, escrevendo, criando novos personagens: “O Saci”, ‘Dona Benta’, “Tia Nastácia”, “O Visconde de Sabugosa”, etc.
Entre 1927 e 1931 Monteiro Lobato foi adido comercial da Embaixada do Brasil nos EEUU. Aproveitou para conhecer o país e o progresso. Em 1926 escreveu um livro de ficção científica: "O Presidente Negro", ou "Choque de Raças" (ano de 2228). Escreveu também "América" - livro voltado para os problemas sociais e econômicos, o petróleo, o aço, etc.
Voltou ao Brasil preocupado com o desenvolvimento do país. Escreveu alguns artigos como "Problema Vital", "Ferro", "O Escândalo do Petróleo", procurando demonstrar que havia petróleo no Brasil. Em 1931 foi preso por ter escrito uma carta ao então presidente Getúlio Vargas, defendendo a exploração do petróleo brasileiro. A carta foi considerada ofensiva. Posteriormente escreveu outra carta que fez com que o ditador Getúlio Vargas mandasse soltá-lo. Mais tarde o petróleo que tanto Lobato defendia apareceu em Lobato na Bahia, conforme previsão feita por ele no livro "O Poço do Visconde" (1937).

 Monteiro Lobato além de escritor foi um homem de lutas, campanhas, industrial, empresário que acreditava naquilo que defendia: - as riquezas que o Brasil possuía se bem exploradas e utilizadas transformariam o país.

terça-feira, 28 de abril de 2015

OS DESAFIOS POR UM MUNDO MELHOR > PRÊMIOS NOBEL RECOMENDAM 19 METAS INTELIGENTES ABRANGENTES: POPULAÇÃO – MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO


Soluções para ontem serão discutidas pelos dirigentes do mundo civilizado... O tema abrange temas globais que vão desde o drama das levas de migrantes subsaarianos tentando chegar ao continente europeu a um controle de natalidade. Este é apenas um aspecto dos problemas mundiais no momento.

África não é um país. África é um continente riquíssimo que já foi objeto de colonização européia. As Nações construídas artificialmente pelos colonizadores italianos, alemães, belgas, franceses, espanhóis, portugueses, etc. e que não respeitaram as diferenças étnicas tribais é um dos motivos de tantos conflitos atuais no continente em crise étnico-cultural, onde o racismo e o preconceito ditam as regras. A fuga das populações oprimidas é inevitável a não ser que sejam adotadas medidas locais para sanar o problema político, o social e o econômico.

A intolerância onde o racismo, as perseguições religiosas, os interesses econômicos de ditadores sanguinários fazem das noticias que nos chegam diariamente do continente africano e do Oriente Médio uma réplica da história  da humanidade; só mudaram a data do calendário, pois o endereço e a forma de conflitos continuam na mesma.

A fuga de milhares migrantes para a Europa  passou a ser uma saída programada por oportunistas que ganham à custa da desgraça alheia. Tal qual ocorreu no passado escravagista com a venda (exportação) de milhões de indivíduos transformados em mão de obra valiosa, não só na América, mas também no oriente.

O tráfico humano é a principal motivação desses grupos agindo no norte da África e no Mediterrâneo. – ‘É uma questão de mercado, se houver demanda, você faz o que quiser.’(sic) – palavras de um profissional do tráfico humano na região. Só em 2015 já fizeram a travessia mais de 35 mil e mais de mil pessoas morreram em naufrágios. Diante da gravidade do problema humanitário a União Européia apresentou uma série de medidas que incluem a captura de embarcações usadas, proibição de venda de barcos, repatriação de pessoas que estão em busca de trabalho na Europa, combate aos agenciadores de tráfico humano, etc. O drama  está distante de uma solução.

Enquanto isso o mundo planeja encontros para discutir os problemas que afligem o chamado terceiro mundo; são promessas para resolver problemas que já deveriam ter sido resolvidos ONTEM! - 193 países deverão se reunir na ONU em setembro próximo para propor medidas ‘inteligentes’ para o desenvolvimento com vistas em 2030.

A atual proposta da ONU apresenta 169 objetivos ambiciosos como erradicação da fome e da pobreza, melhoria na forma de governar, aumentar o numero de postos de trabalho, acabar com o casamento infantil e educar todas as crianças do planeta, pelo menos até o nível primário.

 - ‘Muita promessa é como não ter nenhuma, diz B. Lomborg. A organização que ele lidera reuniu um grupo de debate incluindo os prêmios Nobel (Fynn Kidland e Thomas Schelling) que elaborou uma lista de 19 metas alternativas inteligentes.             O último boletim informativo do ‘Copenhague Consensus Center’ destaca como  prioridades: ações sanitárias (reduzir a malária, a tuberculose e o HIV), iniciativas educacionais e ambientais.

Destaques: The Nobel Laureates' 19 targets to change the world:

 SAÚDE > combate à desnutrição crônica infantil com uma redução em 40% e as mortes por tuberculose com redução em 90% e evitar 1,1 bilhões de infecções pelo HIV pela circuncisão; reduzir à metade a infecção pela malária e as mortes prematuras por doenças crônicas, aumentar a imunização em 25% para reduzir a mortalidade infantil; inclui também o planejamento familiar e fim da violência contra a mulher e as crianças.
MEIO AMBIENTE > eliminar subsídios a combustíveis fósseis, proteção aos corais, etc.
OUTRAS MEDIDAS> reduzir barreiras comerciais alfandegárias; igualdade de gêneros na propriedade e na política; aumentar o rendimento agrícola (40%); educação – aumentar em dois anos o tempo de escola para as meninas, com destaque para a África Subsaariana, triplicando a assistência à educação pré-escolar na região.


O texto conclui que se a ONU concentrar em 19 objetivos fundamentais como estes citados, a cada U$ investido seriam economizados de 20 a 40 U$. – ‘Comportar-se de forma inteligente em relação aos gastos poderia ser melhor que duplicar ou até quadruplicar o que se projeta de ajuda’. (Bjorn Lomborg) - ‘Prioritizing 19 global targets instead of the UN’s 169 is equivalent to doubling or quadrupling foreign aid’.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

AS TRAGÉDIAS NATURAIS: A TERRA TREME - MONTANHAS VEM ABAIXO – O CUME DO VULCÃO INCENDEIA HORIZONTES - VENTOS EM FÚRIA ... MAS SEMPRE HAVERÁ UM AMANHÃ...


Os momentos que antecedem tragédias causadas pela natureza sempre são precedidos por uma calmaria. Os animais, com um sentido mais apurado que o humano, são os primeiros a perceber.

Recente foto do planeta Terra feita pela NASA mostrava uma calmaria incomum dominando a atmosfera terrestre – as nuvens amontoadas sobre as áreas ciclonais não davam sinal de qualquer tipo de movimentação. Um fenômeno ainda não observado pela ciência. Dias depois o sul do Brasil teve a presença de ventos superiores a 200 km/h devastando Xanxerê e outras regiões do estado de Santa Catarina. O que se sabe realmente sobre o mecanismo das massas de ar?

Quando a terra treme devastando regiões – no momento o Nepal é a principal vítima – vulcões lançam cinzas e fogo ao espaço (Cubalco no Chile); uma avalanche desce as encostas de um Everest, nada resta a fazer ao homem, a não ser se proteger e contabilizar vitimas e  prejuízos.

Portas se fecham; outras se abrem. É o ciclo da vida, da morte e do renascer sob o comando dos elementos: Ar, Água, Fogo, Terra.

O Sol brilha para todos. A brisa gélida dará lugar ao calor aconchegante de novas oportunidades, novos caminhos, novos aprendizados. Restarão escombros, cinzas, lama junto com as lembranças do que se foi.

A mente humana lança um olhar para o imaginário, diante da impotência para enfrentar os deuses irados: – Terão sido Vulcano (?), Eolo (?) os autores de tanta destruição; ou serão as Moiras que estão a realizar seu trabalho traçando os destinos de cada um: Cleto > a fiandeira puxa o fio da vida de um fuso que segura; Láquesis > enrola o fio da vida e sorteia aqueles que devem morrer; Átropos > corta o fio da Vida.  Enquanto Horas (Eunômia = Disciplina, Dique = Justiça  e Irene = Paz) anotam no registro cósmico o resultado do trabalho.

Nada disto vai reconfortar das perdas que cada um sofreu nestas recentes tragédias. Há vidas, centenas, milhares de vidas em suspense. Será o fim dos sonhos para muitos neste mundo de ilusões.

Resta a certeza de que sempre haverá um amanhã.  Quando portas se fecham, janelas se abrem no limiar da caminhada. O eterno aprendizado prossegue.  Que Léthe nos ajude a todos a esquecer o sofrimento para renovar as forças e poder prosseguir na jornada sob o signo da sorte (Moros).


É tempo de oração e de meditação sobre a brevidade da vida e sobre a fragilidade do ser humano. Muita paz a todos os aflitos do momento.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

MONTEIRO LOBATO > A CRIAÇÃO LITERÁRIA INFANTIL


Introdução: - No "Dicionário Crítico da Literatura Infantil/Juvenil Brasileira - 1882-1982", a autora Nelly Novaes Coelho faz uma análise da literatura produzida no Brasil, por brasileiros, destinada às crianças e jovens; nesse trabalho organizado em forma de dicionário, por autor, ela tem como objetivo organizar um século de sua existência. Entre eles, Monteiro Lobato é o marco histórico do nascimento  do gênero infantil na Literatura Brasileira. Abordamos aqui o verbete do referido autor com destaque para as características da sua obra.
José Bento Monteiro Lobato (1882/1948) foi uma das figuras que marcou a realidade sócio econômica e cultural do seu tempo através da nova Literatura Infantil /Juvenil verdadeiramente nacional, libertando-a do esquema literário importado do Velho Mundo.
 Em carta a Godofredo Rangel, ele expressou ao amigo suas idéias a respeito da criação de um "fabulário nosso". Entre 1918 e 1944, Monteiro Lobato desenvolveu farta obra  (infantil e para adultos) onde são ressaltadas as ambiguidades da realidade nacional na primeira metade do século. Irreverente, ele narra o retrato do país que conhece: - nasceu no fim do Império, assistiu ao fim da escravidão no país, a implantação da República, o movimento Modernista (1922), fim da República Velha, a Revolução de 1930, queda do Estado Novo (1945), redemocratização do país (1946); a nível internacional: - a 1ª Guerra Mundial (1914/18), a Revolução Russa (1917), crack da Bolsa de Nova York (1929), Guerra na Espanha (1936/39), 2ª Guerra Mundial (1939-45), a explosão das bombas atômicas no Japão, início da Guerra Fria, Comunismo, etc. ..
Sua vida e obra são influenciadas  pela educação positivista progressista que recebeu - o Super Homem, o Domínio da Vontade o afastaram de outras correntes de pensamento. De um lado domina o impulso individualista (romântico-liberal), de outro o pragmatismo norte americano (a sociedade tecnológica progressista), e, finalmente, a consciência crítica num alerta para os equívocos, hipocrisias e injustiças vigentes, além das propostas socialistas às quais não aderiu, e que o Comunismo vinha propondo e realizando desde a Revolução Russa de 1917. Daí muitas das acusações de "preconceituoso" que lhe foram atribuídas.
Seu estilo se caracteriza pela fusão entre o Real e Maravilhoso anulando as fronteiras entre os dois mundos. Suas estórias são baseadas no mundo cotidiano familiar do dia a dia das crianças, ao mesmo tempo que evolui de acordo com as leis do imaginário/maravilhoso. Trata-se de uma evolução lenta que ocorre à medida que reescreve sua primeira criação "A Menina do Narizinho Arrebitado". O humor, outro traço de sua literatura infantil, oferece uma nova dinâmica aos seus contos, que de forma gaiata e irônica, ou de certa familiaridade no trato, cativa as crianças que mergulham no universo de ficção criado por ele.
Quanto à linguagem literária, deve-se considerar a época em que Lobato viveu e a cultura dominante orientada pelo pensamento racionalista do século XIX. Temos a fronteira bem nítida  entre a linguagem culta e a popular, a escrita e a falada, distinguindo a expressão disciplinada de fala e a fala espontânea. Nesse ponto ele é um modernista. Seu objetivo passou a ser o de cortar o supérfluo e dar ênfase ao trama através da inovação da linguagem com a criação de neologismos, uso da fala coloquial, da onomatopéia, etc.
Sua personagem Emília, modelo de rebeldia e individualismo, é a única personagem que evolui dentro do "Sítio do Pica-pau Amarelo"- chave do universo literário infantil lobatiano. Os demais personagens permanecem símbolos: Dona Benta, a avó ideal; Tia Nastácia - a serviçal eficiente, afetuosa, humilde, mas querida e respeitada. Dentro do universo por ele retratado não há nenhum preconceito racial. Ali está retratada uma realidade do momento. Emília é típico personagem (mandona) semelhante aos poderosos que manipulam milhões - uma sátira ao sistema econômico explorador. O Visconde de Sabugosa, Marquês de Rabicó, o rinoceronte Quindim são arquétipos.
A acusação de que Lobato seria preconceituoso parte muitas vezes por uma visão distorcida; a leitura rápida de seu a obra infantil pode suscitar dúvidas, uma vez que a concentração e o silêncio exigidos para a leitura, nos últimos tempos inexiste. E, nem todos tem paciência para ler um livro volumoso.
Hoje já não se justifica a tônica libertária, individualista que visava romper com conceitos da época. Hoje o importante é a liberdade responsável integrada a um projeto de vida. Não é nos conceitos literários que as crianças precisam romper barreiras, e sim, no desequilíbrio econômico e social vigentes. Lobato refletiu a sociedade e o tempo em que viveu e se opôs ao Sistema. Sua obra é válida como uma mediadora de um Sistema preconceituoso que deve ser eliminado, superado. Seu acentuado "aristocratismo" provém dos generosos ideais liberais que entregavam às minorias esclarecidas a responsabilidade de promover o progresso social e solucionar os problemas da humanidade.

Monteiro Lobato fez uma transição do antigo modelo literário para o novo. Sua obra exige uma análise crítica que estabeleça a sua dimensão dentro de um contexto histórico. Não se apaga a história.
Mais detalhes na obra citada.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

ANDARILHOS DA CLARIDADE – OS PRIMEIROS HABITANTES DO CERRADO


- Como teria sido feito o povoamento do Continente Sul Americano?
- Este é o enfoque do trabalho de pesquisa realizada entre 1989/90, pelo professor e pesquisador Altair Sales Barbosa, e que foi  publicado em 2002 pela Universidade Católica de GO - A maior parte da pesquisa, apresentada como tese de doutorado, foi realizada no Smithsonian Institute – USA.  Conta com o prefácio de PhD Betty Meggers e do Prof. Dr. Pedro Ignácio Schmitz  da Unisinos – RS.Tem como fundamento a biogeografia baseada em trabalhos especializados como do professor Aziz N. Ab'Saber, com destaque para o cerrado do Brasil Central e outros autores citados em ampla bibliografia especializada.
O trabalho de amostragem foi feito em diversas áreas tendo como núcleos principais Caiapônia, Serranópolis e Parque Nacional das Emas (GO), em Monte do Carmo (TO) e no município de Correntina (BA), envolvendo vários pesquisadores do Programa Arqueológico de Goiás.
O estudo abrange áreas diversificadas do ambiente do cerrado no período do Pleistoceno Superior. As datações de 11.000 e 8.500 anos AP (antes do presente), podem recuar a 12.000 anos AP – a região aberta, "Tradição Itaparica", com características morfoclimáticas e fitogeográficas próprias é considerado como o local ideal para a presença de povos migrantes vindos do norte e da região andina. Ela é uma região de tradição lítica com vestígios de ocupação por povos antigos.
O autor utiliza o "Modelo Biogeográfico" proposto por Betty J. Meggers (1977) para estudar a adaptação cultural pré-histórica na Amazônia, por povos agricultores quando a região era mais aberta. A posterior mudança ambiental (clima mais seco, flora e fauna diferentes das atuais) ocorridas durante o Quaternário (10 mil e 2 mil anos atrás) promoveu a fragmentação da floresta, e a reduziu a "refúgios" separados por espaços abertos. Essas áreas de "refúgios" marcam épocas de clímax das situações de adaptação. A esse modelo fisiográfico os antropólogos acrescentam dados linguísticos, arqueológicos e etnográficos para reconstruir o passado.
A tese defendida é que a diversidade cultural observada esteja realmente relacionada com os dados biogeográficos observados na região provocando o isolamento de alguns grupos "primitivos" enquanto outros tinham oportunidade de aculturação pela facilidade de comunicação e progresso tecnológico.
As oscilações climáticas que influíram gradativamente na expansão ou redução das áreas florestais influiriam nas mudanças de atividades ora predominando a agricultura, ora a caça e coleta. Práticas culturais com a cerâmica, vestimentas ornamentais e plumária, na Amazônia, seriam hábitos mais recentes. Baseado nesse modelo de Meggers, o autor  apresenta o estudo da região "Tradição Itaparica" - como um complexo industrial lítico mais antigo e homogêneo do Planalto Central Brasileiro. Consta de raspadores plano-convexos unifaciais, com retoques unifaciais nas bordas; são lesmas, 'facas' e lâminas - em sílex, jaspe, calcedônia, granito, quartzo, etc. Esta fase vai de 11 mil a 9 mil anos AP, quando é substituído.
O estudo leva em conta também restos fósseis de animais e plantas, forma de subsistência e as relações com o meio ambiente.
Dentro da América do Sul destaca o Sistema Biogeográfico do Cerrado onde o clima é mais estável o que levou a uma ocupação mais duradoura. A presença de flora e fauna próprias variadas permitia a sobrevivência dos grupos; o texto nos brinda com   capítulos especiais detalhando a variedade de espécies vegetais e animais do imenso cerrado brasileiro.
Destaca o Domínio Paleoíndio na América do Sul e sua organização para o entendimento da ocupação e os mecanismos de povoamento da região. No estudo do Paleoíndio no Sistema Biogeográfico dos Cerrados mais uma vez detalha suas divisões, apresentando as características e recursos naturais regionais. Sobre o povoamento e seus processos faz uma síntese em busca de respostas para o modelo adotado.
Acompanham fato material ilustrativo com mapas relacionados aos diferentes temas: vegetação - floresta úmida de Amazônia e sua relação com os "refúgios", postulado sobre a base das distribuições das espécies modernas de aves e répteis; distribuição dos diferentes troncos linguísticos (Gê-Pano-Caribe); a tradição arqueológica Tupi-Guarani, etc.
Uma série de gráficos e quadros  ilustram as variações de temperatura e umidade no Pleistoceno/Holoceno em diversas áreas da América do Sul.
Nas conclusões supõe que tomando como base a proposta de Greenberg (1960) os grupos atuais tiveram origem no tronco linguístico ancestral Gê-Pano-Caribe.
Associados aos refúgios, às rotas de difusão da fauna para áreas mais abertas para o sul, o autor demonstra que o grupo macro-gê (10 mil anos AP) viveu na região. Eles se dedicavam à coleta e caça, sem ainda apresentar concentrações mais homogêneas. 
Cada área, núcleo ou "horizonte" tem suas características conforme o ambiente natural, ora com abrigos e paredões com pinturas, ora apresentando espaços abertos.
Houve um "horizonte" cultural que agia nas savanas e outras formações aberta, localizados a leste dos Andes (15mil e 12 mil anos AP) que se dedicavam à caça de animais de porte atualmente extintos. Ocorreram  migrações a partir das savanas Colombianas. Com as modificações climáticas, de vegetação e fauna que variaram de região para região, criaram-se mosaicos naturais, ao invés de áreas contínuas. O impacto dessas alterações agiu diretamente sobre os povos da região que migraram em busca de alternativas nos cerrados dos chapadões centrais do Brasil. Informa que os achados arqueológicos de Raimundo Nonato e Lagoa Santa ainda não estão vinculados a estes grupos por ele estudados.

-“Sempre acreditei que a organização de uma obra cientifica fosse o coroamento da vida acadêmica dedicada à pesquisa. Hoje sei que também pode ser o início”. (prof. Altair S. Barbosa)

"XINGU - TERRITÓRIO TRIBAL


Nota introdutória: - Nesta semana de comemoração do dia do Índio aproveitamos para postar textos  que  despertaram o interesse dos leitores do Shvoong.  Inicialmente planejamos  postar os resumos dos livros : ‘TUPI – LÍNGUA ASIÁTICA’ (Luiz Caldas Tibiriçá);  NHEENGATU – (Vocabulário Nheengatu – Vernaculizado pelo português falado em São Paulo – Língua Tupi Guarani - Afonso A. de Freitas  - 1976) e ‘ETNIAS – O INDÍGENA BRASILEIRO’. 

Na sequencia temos mais dois textos – resumo sobre os  indígenas:  - ‘XINGU – TERRITÓRIO TRIBAL’(Orlando e Cláudio Villas Boas) e – “Andarilhos DA CLARIDADE - Os Primeiros Habitantes do Cerrado” – (autor Altair Sales Barbosa – prof. e pesquisador da UCG).

"XINGU - TERRITÓRIO TRIBAL" é a visão do que é o Parque do Xingu e como é o índio da região, suas crenças, mitos, estilo de vida, segundo os indianistas Orlando e Cláudio Villas Boas:
 - O Parque possui 26 mil km², onde o índio em seu caráter nômade convive com uma fauna e flora intocada, localizada entre o cerrado, campos de várzeas do Brasil central e as florestas que marcam o início da "Hiléia Brasileira". A região tem dois tempos climáticos: o inverno (chuvas) e o verão (seca), funcionando com a regularidade de um relógio; porém o tempo cronológico não existe para o morador local - para o índio há o dia, a noite, a Lua; a contagem do tempo não interessa para nada. O rio mostra-se exuberante; caudaloso nas cheias; na vazante, amplamente povoado pelas aves migratórias (garças, jaburus, colheireiros) e nas praias há ainda os monjolinhos e gaivotas. Estas são intocáveis, pois tem alma de pajé.
Os nativos ali aldeados mantém o Totem como uma lembrança do passado.
O comportamento tribal - o índio é livre no seio da comunidade; ninguém manda em ninguém. O pajé é apenas um elo de ligação com o mundo do sobrenatural que rege a vida na aldeia. O Chefe da tribo é bom, compreensivo, conselheiro - nunca dá ordens. Há o respeito mútuo. O equilíbrio é regido pelo seu mundo mítico e mágico.
Sua arte é feita com capricho, demandando o tempo que for necessário, sem pressa. Não é preguiçoso; tem grande poder de concentração realizando as tarefas sem preocupação com o tempo.
É um observador; não um pesquisador; não é ambicioso e portanto não acumula mais do que tem para uso; dá ensinamentos profundos especialmente quanto ao comportamento dentro da sociedade.
Todo índio é auto-suficiente e sabe produzir tudo o que necessita, desde o arco e flecha, a rede, objetos de cerâmica, até a casa para morar; há uma distinção entre trabalho do homem (ex. acender o fogo, assar o peixe) e da mulher (cozinhar o peixe).
A educação das crianças da tribo é feita pelo pai - ele é a escola, não o mestre. A criança aprende vendo e colhendo a experiência do pai.
No processo de aculturação sempre demonstra mais interesse por coisas que tem a ver com sua cultura; só demonstra entusiasmo quando vê algum objeto de fabricação de outra tribo. Ele passa a se interessar e utilizar traços de outra cultura através de contatos amistosos.
Um hábito praticado diariamente até quatro vezes é o do banho; sempre que passa perto de um rio, lagoa ou fonte ele entra para se banhar.
Tradições e Valores - só o convívio para entender os valores e as tradições que repousam no mundo mágico, mítico e religioso da comunidade nativa. O pajé e o feiticeiro ou bruxo são respeitados pelo seu conhecimento do sobrenatural.
O índio é supersticioso. Acredita em um mundo eterno (Ivát), para onde vão as almas dos mortos. O Ivát é o reflexo da realidade. Quando um índio morre é enterrado com seus pertences; o arco e a flecha são colocados sobre a sepultura, pois eles servem para o morto se defender dos espíritos malignos na travessia até o paraíso. As entidades e grandes espíritos moram no Morená; destacam-se Maivotsinim (O Grande Criador) e Wakuarratáp (a Energia Suprema).
Segundo sua cultura os índios nascem com três almas. A primeira e a segunda, concebidas pelo homem e pela mulher, morrem com o homem. A terceira alma, a Yankatú é a pura essência. De tempos em tempos ocorrem batalhas entre as almas que vão para a terrível Aldeia dos Pássaros e o Falcão, Senhor da Terra. As almas derrotadas são devoradas; se vencerem transformam-se em estrela dos céus da aldeia.


Nota final: aproveito para registrar a visita do filho de um chefe de tribo à Imery Publicações (meados dos anos 80). Ele queria o livro ‘Mensagem Eterna dos Mestres’ (H’Sui Ramacheng) para presentear o filho. Disse: ‘Aqui neste livro tem todo o ensinamento de nosso povo. Padre fala, fala... mas não explica nada’. Para quem não conhece, o pequeno livro é a síntese da mais alta filosofia espiritual da humanidade!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

TUPI - LÍNGUA ASIÁTICA - ESTUDOS COMPARATIVOS


Resumo do livro “Tupi – Língua Asiática – Estudos comparativos’ > estudo linguístico comparativo do Tupi e línguas do Oriente antigo de autoria do estudioso e pesquisador Luiz Calda Tibiriçá membro vitalício do Conselho Técnico do Instituto Paulista de Arqueologia.

O Prefácio apresenta o autor e seu trabalho na área de pesquisa minuciosa para demonstrar a antiguidade e a origem asiática da Língua Tupi. Ele estudou cerca de 75 idiomas das Américas permitindo a anexação ao contexto das línguas nativas; conviveu com os índios Terena, Guaicuru e Chiriguana, e a partir de 1960 passou a realizar a pesquisa detalhada sobre as línguas nativas da América.

Na Introdução fala sobre a extensão da região ocupada pelos Tupis - encontrando-se tribos pertencentes a esta família linguística desde o Suriname, passando pelo Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru e Equador.
Antigamente também influenciou a região do Caribe e Sudeste dos Estados Unidos.

O Tupi é uma língua que persiste há séculos. No Brasil foi assimilado, mas legou ao europeu toda riqueza de seu vocabulário em uma variedade de nomes da flora e fauna, instrumentos de caça e pesca, pratos típicos, utensílios, além do linguajar cotidiano.
 O Tupi-Sumeriano se deu na Mesopotâmia e Vale do Indo há milhares de anos. Supõe que esse povo tenha migrado para a América sem ter alterado a linguagem, mas enriquecendo-a com os contatos com o antigo Maia ou proto-sino e aculturado levemente com o chinês e o japonês.

A explicação que ele dá aos estudiosos quanto aos estágios primitivos das tribos Tupis é que apesar de sua origem Sumeriana, eles regrediram ao se instalar num mundo novo exuberante onde a subsistência se tornou mais fácil e a agricultura perdeu importância. Viviam em grupos de até 100 indivíduos com hábitos nômades, ficando em torno de seis anos num mesmo local. A observação e uso dos recursos naturais tornou-se mais importante para eles; pouco importavam construções mais sólidas ou fortificações. Criou fábulas para sua recreação e convívio pacífico com outros grupos. Deixou influências em todas as línguas da América do Sul e algumas da América do Norte ( Chiapanena, família Uto-asteca, a Hoka e o Catawba, dialeto Sioux da Carolina do Sul). Cita o "Lexique Sumérien-Français" de Hilaire de Brenton e o "Pequeno Vocabulário Tupi-Português" do Padre Lemos Barbosa para exemplificar similaridade entre o Sumeriano e o Tupi, citando 100 vocábulos idênticos ou quase idênticos nas duas línguas.
Através de consultas a várias bibliotecas em São Paulo, o autor catalogou cerca de 600 dialetos ameríndios, oceânicos, asiáticos, africanos além de antigas línguas européias como a celta, etrusca e o antigo norueguês, além da basca, da húngara, finlandesa, etc. Também coletou vocábulos da acádica-sumeriana, assíria, babilônica, hebraica, fenícia, hitita, etc. O autor aceita a hipótese de Hilari de Barenton de que o Sumeriano é a mãe de todas as línguas e, portanto do Tupi e de muitas outras da América indígena. Chama a atenção para a importância que os Tupis atribuíam à Astronomia, conhecendo e nomeando as estrelas de primeira grandeza, constelações, etc., concluindo que deveriam ter sido grandes navegadores.

O trabalho está dividido em duas partes:
I-Parte - Vocabulários Comparativos Sumeriano Tupi - Inicia demonstrando as correspondências fonéticas entre as duas línguas, e depois divide a pesquisa em:
a) Fenômenos e elementos da Natureza (36 vocábulos );
b) As partes do corpo ( de 37 a 74 vocábulos);
c) nomes de pessoas e parentes ( de 75 a 104) - lembrando que em Tupi todos os nomes de parentes são acompanhados do sufixo "yra" (diminutivo carinhoso) que corresponde as sufixo "erh" do chinês e provém do "ir" (pequeno) sumeriano; e "in" usado como vocativo;
 d) Partículas e elementos gramaticais ( 105 a 194);
e) Substantivos, Verbos, Adjetivos fundamentais das línguas Sumeriana e Tupi (195 a 392 itens) - lembra que alguns termos não constam do Vocabulário Sumeriano-Francês, mas constam nos idiomas assírios e hebraicos com raízes indo-europeias e no velho Sânscrito, em relações indiretas.
Considera a mescla de idiomas falados na Baixa Mesopotâmia (assírio, caldaico, hitita, médico, etc.) que teriam derivado a língua dos árias que transpuseram o Indo dando origem ao Tupi, Maia, Chinês, etc. Cita exemplos dessas influências (item 393 a 426 ).
II- Parte - Aculturações do Tupi com o Maia, Chinês e Japonês - A migração para leste se deu após a estruturação da língua herdada do acádico-sumeriano; nessa migração fez novos contatos com outros povos, aculturando-se com o Maia, o Chinês e principalmente com o Japonês.
Considera o Maia como uma língua do Velho Mundo por estar ligada: a) ao acádio-sumeriano; b) sul semítico; c) ao bato - sudanês, e dialetos indo-europeus, ao ugro-fino, dravídico, ao sino-tibetano e ao japonês. Apresenta uma relação de 96 vocábulos exemplificando sua conclusão sobre o Maia.
Encerra o assunto chamando a atenção para certas influências do japonês sobre o Tupi, no passado remoto, destacando vocábulos de nomes de animais da fauna americana; os Tupis teriam nomeado animais para eles desconhecidos com termos arcaicos de sua língua só conservados no nipônico. 
Exemplos Comparativos do Tupi e a Língua Sumeriana: (abrev. port. = português; sum. = sumeriano; t. = tupi ) >
- Aurora (port.,) = alala (sum.) = arara (t);
Chuva (port.) = am (sum.) = ama-ana (t);
Mão (port.) = mu (sum.) = mó/mbó (t.) ;
Corvo (port.) = aribu (sum.) = urubu (t.) ;
Rio (port.) = i (sum.) = y (t.);
Coisa pequena (port.) = mir-in (sum.) = mir-i (t.);
Mosca (port.) = ur (sum.) = uru (t.);
 Habitação (port.) = uk (sum.) = uca / óca (t.);
 Pai (port.) = pa (sum.) = pa-í (papai em tupi ) pa-i-é (pajé - idem).
Muralha (port.) = kal / kar (sum.) = o-caia (cercado em tupi) = car (celta);
terra (port.) = ibbi (sum.) = yby (t.)


Acompanha vasta bibliografia incluindo dicionários e gramáticas de diversos povos ( assírios, hebreus, sumérios, línguas africanas, europeus, asiáticas) e  estudos dos indígenas do continente americano realizados por pesquisadores desde os primeiros contatos com os nativos. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

NOSSO MUNDO COLORIDO >NA DANÇA DO TEMPO E DAS CORES > SIGNIFICADO DAS CORES

 

1-    Na Dança do Tempo e das Cores

Nas coordenadas do teodolito da vida

Gira a biruta ao sabor do Tempo.

É a dança livre da energia... Energia do tempo,

Na ressonância do Hoje.

Ontem & Hoje  brincam de esconde.

Em busca do ponto zero do Amanhã!

AS CORES: o primeiro caráter simbólico das cores é o da universalidade, abrangendo todas as interpretações. Nas cosmogonias aparecem no sentido cósmico intervindo como divindades. Para os diferentes povos, cada cor está impregnada de crenças e concepções religiosas, ou atribuem às qualidades e virtudes da vida humana. Os místicos vêem em cada tonalidade  um apelo ao crescimento espiritual e uma participação na Luz Eterna.

Para os hindus os 4 elementos comandam as cores: Branco > o Ar > verbo, criação, a música. Vermelho > Senhor do Fogo. Azul > as águas. Amarelo > (dourado) a Terra.

Para os Maias o Norte é branco; o Sul é amarelo; o Leste > vermelho; Oeste > preto.

2-  Nosso Mundo Colorido > Significado das Cores

BRANCO> Paz, pureza e limpeza; reflete todas as cores do espectro produzindo maior claridade. Significa a ausência ou a plenitude das cores. Todas as culturas usam o branco para representar a passagem simbólica nascimento x morte, ausência x presença ou seja, é o limite entre dois extremos. Simbolicamente sempre é considerada positiva > é o primeiro passo para uma conquista ou plena realização. É associada ao que é puro, espiritual, harmônico. Entre os celtas era a cor da classe sacerdotal; figura na bandeira do Vaticano como símbolo do reino eterno de Paz. Um ambiente branco transmite maior amplidão do espaço e a sensação de liberdade. Combina com qualquer cor. Para alguns povos o branco é associado à morte e ao luto.

Branco > soma de todas as cores > pureza / imortalidade. É o A-TEMPO fora da dança do tempo.

AZUL > vagas lembranças do passado / caminho do infinito que leva ao outro lado do espelho. Sugere eternidade. Simboliza a água e o céu. Cor calmante, indicada para ambientes infantis e de repouso ou escritórios; deve ser combinada com outros tons para evitar depressão ou frieza; cor da realeza (sangue azul) e da aristocracia.

VERMELHO > mundo inferior cor memória  da agressividade cor do fogo e do sangue ligado ao princípio da vida. No esoterismo é a cor da ciência interdita aos não iniciados. Na mitologia possui toda a força do segredo mágico. No cristianismo simboliza o Espírito Santo. Para o alquimista é a cor da pedra filosofal. Dependendo das diferentes culturas pode ter significado opostos. Para os irlandeses era a cor guerreira por excelência, por exemplo. Para os nativos africanos, pintar-se de vermelho com óleos adquiriam poderes vitalizantes. Era a cor das cortes européias que alimentou o ciclo do pau-brasil >  o contrabando da madeira que fornecia a tintura > o uso de mão de obra prisional em Amsterdã para raspar a madeira e obter a tinta corante (nativa do Brasil > Ibirapitanga, pau-tinta - ameaçada de extinção), uma capa de toureiro, uma bandeira e uma roupas.

AMARELO > Luz, Sol, calor, alegria; cor estimulante das atividades mentais e do raciocínio; indica a direção direita superior da espiritualidade; cor para ambientes de estudo. Também é associada à nobreza e à elegância.

PRETO > O Nada do nada. Mistura do vermelho, amarelo e azul indica ausência de luz, isolamento, morte, solidão, medo, etc. pode também significar elegância, luxo, sofisticação quando usado em roupas de gala; inspira seriedade, e luto. É a negação ou síntese das cores; opõe-se ao branco tendo também valor absoluto. É uma cor fria negativa, associada às trevas primordiais e à indiferenciação original > o caos. No Tarô é a cor da morte e prelúdio do verdadeiro nascimento. Para os povos do extremo oriente preto é sinônimo de noite, sombra e ignorância.

VERDE > cor intermediária entre o azul celeste e o vermelho infernal; representa a esperança, a saúde, a Natureza, o dinheiro, a juventude. Está associada ao crescimento e renovação.

É o mundo superior em transformação ativadora do chakra do coração; em várias tradições orientais está associada à juventude, à esperança e à longevidade (China).

LARANJA > olhos voltados para o futuro; cor quente (mistura do vermelho com amarelo) cria perspectiva de alegria, vitalidade, prosperidade, sucesso, liberdade. Própria para ambientes sociais. Em excesso pode provocar irritabilidade.

VIOLETA > Sinistro esquerda teórica. Simboliza humildade, espiritualidade num estimulo à busca  da purificação (corpo e mente); cor própria para ambientes de meditação; pode produzir depressão ou estados de melancolia.

ROSA romantismo, ternura, ingenuidade mundo feminino; traduz delicadeza, ternura, afeto, (tudo cor de rosa...)

 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

DIA NACIONAL DO ÍNDIO – OS ABORÍGENES DE PINDORAMA – “NHEENGATU – A LÍNGUA BOA’.


-‘Paranã guaçu Ra ça paju, (i)nderê pyapotá...’ – frase musical que permaneceu na memória e que fazia parte do repertório das aulas de canto orfeônico em tempos de ginásio. O conhecimento da língua dos nativos era restrito ao vocabulário anexado à língua portuguesa e pouco ou quase nada mudou depois que a língua ‘boa’ (Nheengatu) falada na colônia foi abolida. Na escola limitava-se a ensinar o significado de palavras de uso corrente ou nomes próprios: Jacy > Lua; Pará > rio;  Paraná> rio grande; Paranapanema > rio grande que não serve para navegação; Piraju > peixe dourado>  Pindorama> terra das palmeiras..
No currículo do curso de Geografia, além do estudo de Antropologia e a Etnografia Geral e do Brasil, também constava  a Língua Tupi Guarani. Mas, em um curso universitário o professor indica caminhos, orienta estudos; 90% do esforço para adquirir conhecimentos dependem do interesse e esforço individual do aluno.
À falta de livros, só alguns anos após o termino da faculdade  é que comecei a colher mais informações sobre os aborígenes e estudar algo mais de linguística; como os nativos não tinham uma escrita, o que nos chegou são estudos aproximados com o que os pesquisadores foram anotando – ora portugueses, ora franceses. 

Segue pequeno resumo de um desses estudos pós universidade do livro: 

 NHEENGATU – (Vocabulário Nheengatu – Vernaculizado pelo português falado em São Paulo – Língua Tupi Guarani - Afonso A. de Freitas  - 1976).

'No ano de 1500 as praias brasileiras estavam povoadas de norte a sul por vários grupos de gentios originários de um só tronco e que em suas subdivisões se nomeavam tupis, tupis-guaranis e guaranis'. No interior, no planalto mineiro, viviam os aimorés. Estes grupos seriam provenientes das regiões peruanas entre o rio Madeiras, o lago Titicaca e as nascentes do rio Beni, onde eram vizinhos dos quíchuas. Possivelmente remontariam aos Incas e uma vez migrados como um povo dividido em muitos grupos dispersara-se pelas terras de "Pindorama".
 As levas que seguiam os primeiros imigrantes foram seguidas por outros grupos. Os tamoios pressionaram para o sul até encontrar com os guaranis que migravam em direção contrária, na região central de São Paulo, norte do Paraná e Paraguai. Os guaranis que detiveram a marcha dos tamoios no litoral, teriam origens na cordilheira dos Andes e descido o rio Paraguai e o Pilcomayo, chegando a Assunción onde se dividiram; uns ocuparam a atual região de Corrientes na Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul e Santa Catarina até Cananéia no litoral.
Um segundo ramo partiu para leste do Paraguai e chegou ao mar pela baixada de Paranapiacaba, reencontrando os que vieram do sul. Estes grupos permaneceram com hábitos próprios não se misturando aos outros grupos. Foi este grupo o primeiro encontrado pelos jesuítas, com os quais aprenderam o guarani.
No Nordeste brasileiro foram diversos os grupos que ocuparam a região até o litoral.
O nomadismo é o principal fator de não termos melhores informações sobre os índios que viveram no Brasil na época. Pois, além de guerrearem entre si, não tinham como os outros povos da América (Incas, Maias, Astecas, etc.) uma base urbana estável, onde se processam trocas, se cultivam valores sócio-econômicos e servem de marco físico-histórico pelas suas construções.
A aversão à vida sedentária foi o maior entrave de convivência com o branco.
O Vocabulário apresentado pelo autor procurava à época (antes da reforma ortográfica de 1943), apresentar um estudo da origem de inúmeros vocábulos indígenas que haviam sido passados para o linguajar paulista.
 Em ordem alfabética apresenta exemplos que ocorrem na composição de palavras como: "á" = Abá (homem); Anhanguera (de Abá = gente + nh = correr + ang =alma/espírito + uera= solta/separada), ou seja em linguagem popular = "alma do outro mundo".
Analisa diversos vocábulos da mesma forma, como Anhembi, Aricanduva, Anhangabaú, etc. Introduz não só o conhecimento linguístico, mas também o geográfico, da flora e da fauna quando fala de espécies nativas como o babaçu (frutos grandes), araçá (fruta que tem olhos), o termo "Pindorama" (região das palmeiras); Aricanduva (canavial das araras) - que já seria uma palavra formada posteriormente pela influencia da introdução na região do elemento cana de açúcar antes desconhecido. Suçuarana (çôo= animal + suára = mordedor), ou ainda "suaçú" = veado + arana = parecido (animal parecido com veado) , etc.
No Apêndice apresenta uma visão das tribos indígenas pela ótica de cronistas e viajantes como Hans Staden sobre a antropofagia entre os aimorés. Destaca também o papel do colono, das bandeiras, a escravização do índio num contexto histórico de uma época como elemento para reforçar a idéia do "índio antropófago", que na verdade foi amistoso, e em muitas ocasiões contribuiu como guia, intérprete e defensor do território.

Foi instituído o ‘Dia do Índio’ em 1943. A data, dia 19 de abril corresponde à realização do primeiro Congresso Indigenista Interamericano realizado no México. As comemorações procuram dar destaque à cultura indígena.

No parecer de um chefe de tribo ‘cabeça de branco é muito complicada’. Não é só índio que tem o que aprender com o branco. Branco também tem muito a aprender com os nativos das terras de Pindorama.

sábado, 18 de abril de 2015

PANORAMA DA SEMANA > - “STAND BE” -


QUALQUER MOVIMENTO CÍVICO CONTRA O STATUS QUO ATUAL É UM ATO DE LEGITIMA DEFESA DO POVO CONTRA OS CRIMINOSOS NO PODER.

1-     Que coisa, né? – a noticia por si só já é uma constatação de que o tesoureiro do PT tem culpa no ‘cartório’ – ele antes de comparecer à CPI da Petrobrás, pediu um habeas corpus ao STF para não ser obrigado a assinar o termo de compromisso de dizer a verdade à comissão que investiga o escândalo de corrupção na estatal.

2-     Reeleição é prorrogação de mandato anterior  e a presidenta não se desincompatibilizou para concorrer ao pleito – aliás, até se serviu da máquina do Estado para a campanha.

3-     PEDALADA FISCAL – a fala do advogado geral da união – Luiz Inácio Adans : – ‘ vivemos uma situação de estresse fiscal maior, que obviamente, também estressou essas dinâmicas da sistemática de pagamento, mas essa sistemática existe há 14 anos’ (sic). -  14 anos! – inclui todo o tempo desde que o PT assumiu o poder. Crime de responsabilidade se pune com impeachment... E o TCU já concluiu que houve crime de responsabilidade.  Portanto...


4-     Bem lembrado: - ‘Dilma deve lamentar como nunca o malogro daquela sua lojinha de bugigangas. Poderia ser hoje uma próspera empresária. O negócio não deu certo. Virou presidente do Brasil’ (blog – Reinaldo Azevedo – 17/04/2015).

5-      Recado aos políticos: A) àqueles que fizeram da política seu meio de vida, que trapacearam para levar vantagem, voltem às suas origens e profissões. A festa acabou. B) aos políticos da oposição que ainda tem credibilidade, saiam da zona de conforto e enfrentem os problemas que não são poucos. A Nação não quer promessas. A Nação quer ações concretas, JÁ!

6-     Propaganda política do PT em uma das últimas vinhetas: ‘... pobre agora também viaja de avião...’ – Viaja! E paga a passagem! – Já os políticos que recebem altos salários dos cofres públicos, viajam de favor em jatinhos da FAB ou de ‘amigos’.  Sem esquecer o ‘Aerolula’ usado por Lula e trupe; foram 8 anos passeando pela Terra, abraçando e distribuindo agrados a ditadores, recebendo títulos de ‘Dr. Honoris Causa’, etc., enquanto o país foi deixado no piloto automático!

7-     A inflação está de volta.  Noticia de ontem: ‘A inflação afeta mais a terceira idade – aquela que vive de aposentadoria’. A reportagem se limitou a falar em aumento do preço dos alimentos e dos medicamentos. Esqueceu de dizer que os aposentados do INSS, aqueles que contribuíram durante anos para se aposentar estão com suas aposentadorias reduzidas à metade do que deveriam ser graças ao fator previdenciário. Quando vão corrigir essa distorção?

A democracia não pode continuar sendo relativa, mas plena!