Ontem
tivemos eleições municipais no país de norte a sul. Muitas capitais ainda terão
segundo turno. As esperanças foram renovadas. O julgamento dos mensaleiros, a
criação da ficha limpa e uma maior conscientização dos eleitores tiveram até
agora sua repercussão e sentimos que muitos anseiam por um novo panorama, uma
nova ética na política, um maior respeito pela nação.
É
no município, nas cidades, que vivem as pessoas e é aí que ocorrem as principais decisões que afetam a
cada um. Daí a expectativa de que o quadro político ao se renovar seja
constituído por cidadãos de ‘mãos limpas’ – uma cara nova com cidadãos de bem,
com capacidade administrativa, especialmente nas grandes capitais.
Há
muito por fazer. Desde tapar buracos que já aniversariaram mais de uma vez, até
a reorganização do espaço urbano atendendo às realidades meso-climáticas e ambientais. Discurso não realiza obras. A
lengalenga de politiqueiros menosprezando e agredindo o adversário ainda foi
usado de forma vexatória por quem não tem propostas.
A
tal luta de classes que só existe na cabeça de alguns, na verdade não passa de
fala de papagaio que quer milho. Não se governa incitando desavenças. A insistência,
por exemplo, do uso de cotas raciais já no próximo ano letivo nas Universidades
e a criação pelo Ministério da Cultura de cotas exclusivas para criadores e
produtores negros, segue uma linha perigosa e pode ter exatamente o efeito
contrário. Pelo andar da carruagem, as políticas adotadas no sentido de
minimizar certas diferenças ‘raciais’, podem desembocar numa espécie de
apartheid nacional. Devem estar lembrados de como era na República da África do
Sul:- lá havia ônibus, praias, hospitais, casas e até calçadas para negros e
não brancos. Cuidado para não cair no erro de, para defender os direitos de
uns, desrespeitar os direitos dos outros. Aliás, nossa Constituição proíbe toda
e qualquer forma de discriminação. Cada um deve procurar seu espaço por mérito
e não por imposições que geram constrangimentos.
Cabe
aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário – Federal, Estadual, Municipal –
fazer cumprir as Leis e aperfeiçoá-las se necessário, respeitando todos os
cidadãos em seus direitos. Eles estão a serviço da Nação para a manutenção da
Ordem, do Progresso e da Paz social.
Lembrete
do dia; ‘Só alianças verdadeiras, desprovidas de egoísmos é que promoverão o
bem estar coletivo. É hora de fazer um balanço e aceitar os desafios para se criar um equilíbrio em beneficio da
coletividade.’