O
ser humano transformou-se num grande produtor de lixo.
Lixo!
O problema é antigo... Tão antigo como a humanidade – lá dos tempos dos deuses
em luta contra os gigantes - quando foi criado um local que ardia
constantemente para queimar tudo o que era abominável, conhecido como Geena.
Estamos
em princípios do século XXI. Lixões se espalham por toda parte. Alguns ardem,
outros criam ratos, insetos, espalham mau cheiro, doenças, contaminação do
solo... E o homem continua produzindo lixo. Chama a isso de progresso.
Nas
cidades, devido ao grande aglomerado humano, às precárias condições de
saneamento e à falta de educação das pessoas, proliferam ratos, cupins,
baratas, escorpiões, aranhas, mosquitos, etc. E os homens, indiferentes, correm
de cá para lá poluindo, muito ocupados falando ao celular vão deixando atrás de
si um rastro de lixo. Culpam depois os governantes por não darem conta do
recado de manter as cidades limpas, floridas, funcionando de forma bem
organizada conforme o ideal utópico de cada um. Os desequilíbrios se acentuam à
medida que as cidades cada dia se tornam maiores e as pessoas mais indiferentes
com suas próprias responsabilidades em relação ao coletivo. O ontem e o hoje
têm respostas explicando como foi produzido esse desequilíbrio.
Não
guardei estatísticas, mas há milhões de gatos vivendo nas cidades. Mimados,
tratados como pessoas, não caçam mais. Os ratos estão felizes!
Galinhas
eram criadas soltas nos terreiros e quintais, ao redor das casas. Elas
ciscavam, desentocavam e caçavam escorpiões, baratas, aranhas, insetos, além de
minhocas. Também serviam para botar ovos amarelinhos e criar pintainhos. E hoje,onde estão?
Os
pássaros insetívoros moravam nos beirais das casas que hoje nem beirais tem. Os
cupins invadiram as cidades. Comem até cimento! Uma calamidade. Centenas de milhares
de casas com estruturas comprometidas; e árvores carcomidas pelo voraz cupim
desabam com as ventanias tropicais.
Dizem
que a culpa é do aquecimento global. Na verdade o problema está na ruptura do equilíbrio
ecológico, pois as tais pragas sempre existiram. Está na hora da teoria
ecológica sair do papel e da imaginação dos ecologistas e fazer algo novo em relação
ao meio ambiente citadino. Que tal deixar que os ‘predadores’ naturais façam
sua parte na cadeia que a Natureza criou? O ser humano tem que entender que
tudo na Natureza tem uma função cósmica. Interferir nessa ordem gera
naturalmente os desequilíbrios a que estamos assistindo.
Ousar
é preciso. Libertem os gatinhos, chamem o tamanduá e o tatu, criem galinhas... Desaposentem
o chinelo, a vassoura e a água fervente na hora da faxina e usem menos
inseticidas poluentes.