domingo, 14 de outubro de 2012

EM PAUTA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO NAS CIDADES


 O ser humano transformou-se num grande produtor de lixo.
Lixo! O problema é antigo... Tão antigo como a humanidade – lá dos tempos dos deuses em luta contra os gigantes - quando foi criado um local que ardia constantemente para queimar tudo o que era abominável, conhecido como Geena.
Estamos em princípios do século XXI. Lixões se espalham por toda parte. Alguns ardem, outros criam ratos, insetos, espalham mau cheiro, doenças, contaminação do solo... E o homem continua produzindo lixo. Chama a isso de progresso.
Nas cidades, devido ao grande aglomerado humano, às precárias condições de saneamento e à falta de educação das pessoas, proliferam ratos, cupins, baratas, escorpiões, aranhas, mosquitos, etc. E os homens, indiferentes, correm de cá para lá poluindo, muito ocupados falando ao celular vão deixando atrás de si um rastro de lixo. Culpam depois os governantes por não darem conta do recado de manter as cidades limpas, floridas, funcionando de forma bem organizada conforme o ideal utópico de cada um. Os desequilíbrios se acentuam à medida que as cidades cada dia se tornam maiores e as pessoas mais indiferentes com suas próprias responsabilidades em relação ao coletivo. O ontem e o hoje têm respostas explicando como foi produzido esse desequilíbrio.
Não guardei estatísticas, mas há milhões de gatos vivendo nas cidades. Mimados, tratados como pessoas, não caçam mais. Os ratos estão felizes!
Galinhas eram criadas soltas nos terreiros e quintais, ao redor das casas. Elas ciscavam, desentocavam e caçavam escorpiões, baratas, aranhas, insetos, além de minhocas. Também serviam para botar ovos amarelinhos e criar pintainhos. E hoje,onde estão?
Os pássaros insetívoros moravam nos beirais das casas que hoje nem beirais tem. Os cupins invadiram as cidades. Comem até cimento! Uma calamidade. Centenas de milhares de casas com estruturas comprometidas; e árvores carcomidas pelo voraz cupim desabam com as ventanias tropicais.
Dizem que a culpa é do aquecimento global. Na verdade o problema está na ruptura do equilíbrio ecológico, pois as tais pragas sempre existiram. Está na hora da teoria ecológica sair do papel e da imaginação dos ecologistas e fazer algo novo em relação ao meio ambiente citadino. Que tal deixar que os ‘predadores’ naturais façam sua parte na cadeia que a Natureza criou? O ser humano tem que entender que tudo na Natureza tem uma função cósmica. Interferir nessa ordem gera naturalmente os desequilíbrios a que estamos assistindo.
Ousar é preciso. Libertem os gatinhos, chamem o tamanduá e o tatu, criem galinhas... Desaposentem o chinelo, a vassoura e a água fervente na hora da faxina e usem menos inseticidas poluentes.