sexta-feira, 19 de outubro de 2012

AS CARMINHAS DA VIDA E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Graças às novas tecnologias nos informamos a cada segundo, e também o esquecemos imediatamente, pois se há liberdade de expressão, não significa que devamos ter que pensar sobre o que acabamos de ouvir. O jogo de palavras é o que mais importa.
Assim são as ‘Carminhas’ da vida fora das telas. Há muitas... Desde a pobre vítima do meio em que vive às loucas de conveniência provocando transtornos de toda espécie. O tema da novela global que tem dominado as atenções de muitos e provocado comentários do público, dá a medida clara de que as pessoas sentem necessidade de emoções fortes negativas para se entreter e canalizar suas frustrações. Muitas, certamente se identificam com diferentes personagens, ou vêem nos personagens  pessoas da própria família ou vizinhos e conhecidos. São pessoas comuns da vida real. E quando falo em ‘Carminhas’ não estou me referindo apenas ao sexo feminino. Tem muito barbado que se inclui no estereótipo.
Até que ponto isso importa? Dizer que toda realidade é simbólica e que é difícil ver o que vemos como realmente é? Que tudo não passa  de encenação?
A linguagem corporal é explorada ao máximo na profissão de ator/atriz. Faz parte da profissão. Hoje até os políticos e no mundo empresarial ela é usada para criar uma imagem perante o público. As distorções na percepção do real tornam-se evidentes pelo acúmulo de informações apresentadas, o que dificulta a percepção da realidade. Um dia as máscaras tendem a cair.
A Carminha da novela existe na vida real. Ela é uma verdadeira artista fora das telas. Há as de conveniência capazes de representar com maestria o papel mais favorável aos seus projetos de vida. É freqüente ouvir referências a essas ‘artistas’: ‘essa aí é esperta; ela sabe viver’; ‘fulana é uma oportunista’; ‘ela é que é inteligente’; ‘é uma safada’... Ou ainda: ‘é uma coitada... sofreu muito na infância’, etc. Com isso, as ‘Carminhas’ da vida vão apelando até para a loucura, a chantagem emocional  e  levando vantagem conforme os ventos sopram. Sua forma de se expressar enganadora está a merecer um tratamento de choque. Urgente! Todos têm o direito de se expressar. Usar de artimanhas para se sair bem, já é safadeza pura.
Seja qual for o fim da Carminha e dos Tufões é preciso refletir sobre as formas de comunicação utilizadas. Comunicar não deve ser apenas falar, mas é necessário saber o que se quer dizer, ou não.