quarta-feira, 24 de outubro de 2012

CENSURA - AS DIFERENTES CARAS DA NOTÍCIA


Liberdade de imprensa é um direito que você, eu, todos nós temos de saber o que está acontecendo. Diariamente somos supridos com uma avalanche de notícias onde normalmente tem predominado o tema da violência. Recentemente quando da desocupação da cracolândia na cidade de São Paulo, a imprensa se esmerou em mostrar o lado ‘desumano’ da ação do governo paulistano;  toda sorte de acusações contra as autoridades e a favor dos drogados foram feitas; foi ignorado o trabalho em prol dos trapos humanos que se seguiu ao ato. Era natural que um viciado que já não tem domínio sobre sua conduta se esgueirasse em busca de um novo ponto para continuar a prática do consumo de drogas do qual está dependente. A imprensa chegou a repudiar o internamento compulsório do drogado em nome dos direitos humanos. Uma verdadeira falta de senso crítico e de visão da realidade humana. Há uma semana, com a instalação de mais uma UPP num morro do Rio de Janeiro onde, segundo informações, se concentrava a maior cracolândia do país, os viciados também entraram em debandada em busca de novos pontos confortáveis para continuar a consumir a droga. Desta vez até o governador do Rio deu entrevista coletiva aprovando o internamento compulsório dos drogados – e, tudo foi divulgado como a coisa mais natural do mundo, sem nenhuma crítica. De nossa parte, nada contra. Apenas questionamos:
- Porque os noticiários agiram de forma diferente? Naturalmente é um jornalismo a serviço de grupos, onde uma censura prévia diz o que o jornalista deve ou não divulgar.
É a nova forma de censura, mais sofisticada em curso, onde os grandes conglomerados da mídia são controlados por empresas  que nada tem a ver com o verdadeiro jornalismo. Na velha censura os veículos de comunicação recebiam ordens para não publicar determinada notícia e os veículos de comunicação não publicavam. Hoje dizem o que lhes é determinado dizer, e eles cumprem a ordem.
Há todo um esquema que caracteriza esta estrutura oficializada com a aprovação pelos parlamentares de leis destinadas a domesticar os jornalistas. Há as concessões de canais de TV e rádios, dadas pelo governo a grupos políticos. Há a manipulação de notícias. Há também o emprego de grande número de profissionais – jornalistas – por parte do governo e de empresas a serviço do estado. E, as notícias custam nada aos meios de comunicação que, simplesmente, tem o trabalho de colocá-las no ar.
Esta notícia é de seu interesse: - ‘Você que dá um duro danado a semana toda para no fim do mês receber um salário mínimo, fique feliz! Ao menos seu representante lá na Câmara dos Deputados vai trabalhar apenas três dias/semana com um polpudo salário...”
Como vemos, toda notícia tem dois lados. O enfoque é que faz a diferença.
“Não fazer nada é o trabalho mais cansativo do mundo. Você não pode se demitir, parar para descansar, ou tirar férias. (Thomas Paiva).