Liberdade de imprensa é um direito que você, eu, todos
nós temos de saber o que está acontecendo. Diariamente somos supridos com uma
avalanche de notícias onde normalmente tem predominado o tema da violência.
Recentemente quando da desocupação da cracolândia na cidade de São Paulo, a
imprensa se esmerou em mostrar o lado ‘desumano’ da ação do governo
paulistano; toda sorte de acusações
contra as autoridades e a favor dos drogados foram feitas; foi ignorado o
trabalho em prol dos trapos humanos que se seguiu ao ato. Era natural que um
viciado que já não tem domínio sobre sua conduta se esgueirasse em busca de um
novo ponto para continuar a prática do consumo de drogas do qual está dependente.
A imprensa chegou a repudiar o internamento compulsório do drogado em nome dos
direitos humanos. Uma verdadeira falta de senso crítico e de visão da realidade
humana. Há uma semana, com a instalação de mais uma UPP num morro do Rio de
Janeiro onde, segundo informações, se concentrava a maior cracolândia do país,
os viciados também entraram em debandada em busca de novos pontos confortáveis
para continuar a consumir a droga. Desta vez até o governador do Rio deu
entrevista coletiva aprovando o internamento compulsório dos drogados – e, tudo
foi divulgado como a coisa mais natural do mundo, sem nenhuma crítica. De nossa
parte, nada contra. Apenas questionamos:
- Porque os noticiários agiram de forma diferente? Naturalmente
é um jornalismo a serviço de grupos, onde uma censura prévia diz o que o
jornalista deve ou não divulgar.
É a nova forma de censura, mais sofisticada em
curso, onde os grandes conglomerados da mídia são controlados por empresas que nada tem a ver com o verdadeiro jornalismo.
Na velha censura os veículos de comunicação recebiam ordens para não publicar
determinada notícia e os veículos de comunicação não publicavam. Hoje dizem o
que lhes é determinado dizer, e eles cumprem a ordem.
Há todo um esquema que caracteriza esta estrutura
oficializada com a aprovação pelos parlamentares de leis destinadas a domesticar
os jornalistas. Há as concessões de canais de TV e rádios, dadas pelo governo a
grupos políticos. Há a manipulação de notícias. Há também o emprego de grande
número de profissionais – jornalistas – por parte do governo e de empresas a
serviço do estado. E, as notícias custam nada aos meios de comunicação que,
simplesmente, tem o trabalho de colocá-las no ar.
Esta notícia é de seu interesse: - ‘Você que dá um
duro danado a semana toda para no fim do mês receber um salário mínimo, fique
feliz! Ao menos seu representante lá na Câmara dos Deputados vai trabalhar
apenas três dias/semana com um polpudo salário...”
Como vemos, toda notícia tem dois lados. O enfoque
é que faz a diferença.
“Não fazer nada é o trabalho mais cansativo do mundo. Você não
pode se demitir, parar para descansar, ou tirar férias. (Thomas Paiva).