A
educação está em pauta nos noticiários, especialmente agora por conta do
momento político onde, os candidatos a Prefeitos em cidades de todo o país, se
digladiam para ocupar o cargo que lhes proporciona o manejo de milhões em
verbas destinadas ao ensino público.
Os
candidatos têm no bolso do colete a resposta pronta do que pretendem fazer e
resolver. Os debates ganham espaço nas TVs onde se discute a situação da
precariedade do aprendizado nas escolas públicas e as medidas que estão sendo
adotadas para sanar o problema, inclusive as cotas universitárias.
Todos
se esquecem que cada pessoa é uma pessoa; cada um traça seu próprio destino; ele o escolhe e o segue. Não é a riqueza nem
a educação, por si próprias que curam o mal da violência nem a desonestidade,
por exemplo. Os pobres sabem ser
pacíficos, honrados, responsáveis; eles também são estudiosos, pois tem
inteligência muitas vezes superior às dos bem nascidos. Daí a importância de um
ensino básico de qualidade para todos – tão prometido e nunca cumprido.
Os
corruptos que tem títulos universitários e vivem confortavelmente em mansões
com seguranças, são corruptos por opção. Não são os títulos e cargos que conferem
ética e moralidade, mas a formação que se recebeu; se houve falta de limites que deveria ter sido imposta
pela família, a índole de conduta incorreta predominou e teve acolhida por sua
parte – fez a opção.
Um
debate que precisa ser levado em conta é o das diferenças individuais, quando
se fala em educação. Crianças de uma mesma família com as mesmas oportunidades –
ou falta delas – têm aproveitamento escolar muito diferenciado; umas se destacam
pela maior facilidade no aprendizado, enquanto que outras têm mais
dificuldades. Acompanhei vários casos em escolas públicas onde trabalhei. Os
que demonstravam menor capacidade no aprendizado de conteúdos sabiam de suas
dificuldades e em geral demonstravam tendência a ocupações que não exigissem o conhecimento
dos currículos escolares. Julgamos um desrespeito às diferenças individuais
essa imposição de cotas, pois soa como uma intimidação.