Tenho usado a palavra 'politiqueiro' para definir o líder politico de comportamento hipócrita, dissimulado, amoral que insiste em ressaltar a imagem idealizada (por ele) - seja para ressaltar um bem seu ou um mal dos outros - ambos (bem e mal) imaginários. A mente humana realmente é fantástica!
No velho coronelismo predominava a figura do mandachuva, em geral um abastado fazendeiro envolvido nas decisões políticas regionais e nacionais.
Já o populismo centrava no cargo o poder de mandachuva para beneficiar correligionários e adotar medidas que permitiam conquistas sociais para o povo, através do trabalho e de seus direitos a ex. do governo de Getúlio Vargas.
Os tempos atuais fizeram surgir novas figuras - os politiqueiros - sem lastro consistente e duradouro para exercer funções governamentais. Eles se deslumbraram com as facilidades que o poder lhes proporcionou. Aqui cabe aquela frase: 'quem nunca comeu mel,quando come se lambuza'... Transformaram-se numa espécie de 'mitos modernos'; porém não resistem as luzes da verdade.
O dinheiro, para eles, compraria tudo. Não. Não compra dignidade. Essa vem do berço, mesmo que esse berço tenha sido humilde. Pobreza material não dá o direito de cometer pecadilhos a torto e a direito como se estivessem fazendo a sua justiça social em benefício próprio usando os cofres públicos. Ao tentar burlar a sociedade, esses politiqueiros perderam a oportunidade de escrever uma história digna de se perpetuar na lembrança da Nação. Escolheram o caminho errado ao transigir com a corrupção, com a roubalheira, com a mentira, com os esquemas de negociatas e o envolvimento com elementos nocivos aos interesses nacionais. Os envolvidos no que se convencionou chamar de mensalão, gastaram tanta criatividade para lavar os dinheiros subtraídos dos cofres públicos, que sujaram as mãos, a cara e a alma... Muito mais ainda deverá vir a público.
Cara e mãos limpas, senhores politiqueiros, é muito mais digno e popular!