Milhares de pessoas, em particular jovens, sofrem dessa obsessão de ser magra. Para conseguir aquela figura imaginária, esbelta, que persegue muitas jovens ainda em fase de crescimento, muitas delas vivem um pesadelo. Focam a imagem que idealizam e: - passam a fazer exercícios horas seguidas; recusam comida e seguem dietas absurdas, como por exemplo, comer apenas alface e peito de frango; e, às vezes, submetem o corpo a abusos alternando fome e ingestão de alimentos combinados com laxantes ou vomitórios. Muitas sentem vergonha da própria figura. Em geral sofrem de baixa autoestima.
Não existe uma fórmula milagrosa ou mágica para curar uma pessoa com transtorno alimentar. Ela precisa de ajuda, não só da família como de especialista em comportamento para mudar de foco.
Para detectar pacientes com o problema, é só observar os sinais de alerta:
- comportamento inquieto, hiperativo combinado à compulsão da prática de exercícios solitários, como a corrida.
- isolamento na hora das refeições ou nas reuniões familiares onde em geral são servidas refeições fartas.
- supressão regularmente do café da manhã, do almoço ou do jantar.
- retraimento e isolamento no trabalho evitando o convívio com amigos.
- perda de peso acentuada.
- fuga para o banheiro logo após a ingestão de alimentos.
Dietas alimentares há em quantidade, das mais exóticas às pouco inteligentes. A maioria causam mais estragos do que benefícios.
A educação alimentar deve ter início em casa desde a primeira infância e prosseguir na escola com merendas adequadas, além de valorizar a pessoa como ela é, procurando melhorá-la sem praticar o tão nefasto bulling.
O mais importante é aprender o valor dos alimentos e ter disciplina. Nada é proibido, mas nem tudo nos convém. Ser guloso/a pode ser tão grave quanto radicalizar em não comer. Aos gulosos lembramos que a "comida não vai fugir pela janela se não a engolir naquele momento".
A vida natural que tivemos nos levou a uma dieta variada, saborosa e nutritiva. Com o tempo, pelo convívio social, fomos incorporando hábitos que não nos favoreceram; aprendemos pela experiencia novas condutas alimentares, substituindo alimentos estimulantes da fome (como por ex., o açúcar branco refinado) por adoçante natural, puro - o mel - que também serve de alimento.
Outra dica é evitar a monotonia alimentar. E, principalmente evite neurotizar o problema; fórmulas como mensagens de: 'se outras pessoas conseguem, eu também posso', ou - 'estou realmente com fome ou estou nervosa?'; 'não se esqueça de seu objetivo...", etc., a nosso ver, são engodo sem resultado prático.
"A moda exige rituais. Às vezes são cansativos e inócuos. Eu não faço questão de estar na moda". (anônimo).