Isto é Brasil. Lastimável! Mas poderia ser diferente.
Governos gastam rios de dinheiro em obras que nada resolvem; o desperdício de tempo e de recursos chega a ser irracional.
A criatividade aplicada à região tem-se limitado a coleta de água das chuvas em reservatórios individuais ou em grandes açudes exposto a evaporação. É um reaproveitamento irrisório diante das condições adversas do clima, pelo qual o habitante da região não tem controle e pelo tipo de solos que podem ser trabalhados.
Criar oásis é possível. Reorganizar os espaços é necessário. Trabalhar novos conceitos de ocupação e uso do solo pode e devem ser testados. Nova organização de convivência social e econômica na região é viável. Adaptar-se e humano e racional.
Países que tem invernos rigorosos aprenderam a ter currais climatizados para seus animais.
Governos gastam fortunas testando estufas que simulam ambientes de outros planetas para possíveis missões espaciais. Países como Israel, por exemplo, foi construído sobre um território totalmente adverso e hoje produz desde flores a alimentos.
Projetos são elaborados para construir fazendas urbanas verticais o que facilitaria pela proximidade do consumidor e melhor aproveitamento dos recursos hídricos para irrigação, etc. Japão e Coréia do Sul já estão fazendo testes.
Já tinha visto uma reportagem sobre um projeto de 2000, onde a Amazônia fora recriada pelos Britânicos, na Cornualha. E, hoje, novamente, nova reportagem sobre ela me chamou a atenção:
"BRITÂNICOS RECRIAM A AMAZÔNIA NA CORNUALHA" –
Aproveitando uma antiga mina, onde nada que se plantava crescia, construíram Cúpulas gigantescas, climatizadas, onde foram plantadas espécies da Amazônia recriando o ambiente, numa experiência única no planeta. É a maior estufa do planeta. Remete aos filmes de ficção científica. São bolhas gigantes que se projetam do solo para proteger as árvores e plantas tropicais do ambiente hostil da Cornualha.
Está lá para quem quiser fazer turismo...
Bem, voltemos ao problema das secas Nordestinas. Elas ocorrem desde antes do Brasil ser descoberto. O local é inóspito. Mas, quando há água tudo floresce.
Ao ver um projeto como o da Cornualha, e, saber dos rios de dinheiro que já foram desperdiçados no semiárido nordestino, uma idéia me dominou: - Construção de estufas amplas, em locais estratégicos, onde grupos comunitários possam produzir o que necessitam! Por que não?
Nada impede que projetos desse quilate venham a ser realizados.
Criar oásis é possível! Reorganizar espaços é necessário. É humano. É racional. E é politicamente correto! É possível mudar a triste realidade nordestina.
Rio + vinte vem aí. Será uma ótima oportunidade para ventilar o assunto. Adote esta idéia. Creio que merece ser estudada e posta em prática.
