No Brasil, os descendentes de imigrantes do passado, assistem a chegada de levas de pessoas em busca de uma oportunidade de vida melhor. Fogem do mundo em conflito, da pobreza, do descaso das autoridades em seus países de origem e da imaturidade e descompromisso com que cuidam de seus cidadãos.
O Brasil passa por um momento de chegada de refugiados: – haitianos, nigerianos, sírios... uns entrando legalmente outros após aumentarem os rendimentos de coiotes entram ilegalmente no país aproveitando as fronteiras abertas... O país os recebe de braços abertos – nada de xenofobia. Porém, uma vez aqui, enfrentam uma vida nada fácil; eles estão a depender da caridade de Igrejas que suprem a deficiência do Estado omisso e incompetente. Cabe ao governo central definir uma política de acolhimento a esses cidadãos em vez de se omitir esperando que governos Estaduais e a sociedade arquem com a responsabilidade do grave problema social que representa a presença de pessoas no território nacional.
No entanto fica a pergunta: - Quantos e quais deles realmente necessitam desse apoio?
Vive-se um tempo de caos migratório em várias partes do mundo. Na Europa chegam refugiados fugitivos de guerras e conflitos étnicos e religiosos na África e no oriente médio. Todo dia noticias dão números expressivos – 2mil, 3,5 mil, 4 mil - de pessoas são resgatadas a deriva no mar Mediterrâneo. Os países apanhados pela onda migratória discutem cotas. O resgate de fugitivos tornou-se um caso humanitário no Mediterrâneo e no sudeste asiático. Refugiados da guerra na Síria vivem em desertos cercados por guerras e conflitos. Outros não passam de prisioneiros nos países onde se refugiaram.
Brigam por quê? Terras, água, comida, diferenças étnicas, ideologias radicais e crenças religiões – não importa. Inventaram um mundo de confrontos, de desconforto e de insegurança.
Os grandes brigam, sofrem os povos. Sempre foi assim.
O passado migratório para o Brasil contava com uma infra-estrutura que atendia aos que chegavam. Hoje não há mais esse suporte. Havia a Casa do Imigrante; isso lá no começo do século passado – 1900 – até meados do século oferecia suporte aos que chegavam com suas famílias. Durante a segunda guerra mundial, por exemplo, os colonos japoneses e famílias deveriam ocupar espaços determinados pelo governo, por dois anos, sendo assim monitorados até serem considerados integrados no país, e evitar a criação de ‘quistos raciais’. Após esse período cada um podia se estabelecer onde desejasse.
A CASA DO IMIGRANTE – Hoje museu - foi inaugurada em 1885 no bairro do Brás, com capacidade para 1200 imigrantes.