Aumentou
a violência e a sociedade vive a beira do caos sem saber como lidar com uma
juventude cada vez mais envolvida com o crime. O cenário cultural brasileiro
espelha a deformação do verdadeiro conceito de educação que foi substituído pela
doutrinação ideológica marxista. Estão roubando dos jovens o tempo para sonhar
e idealizar seu futuro, o que só se consegue de forma saudável através de conceitos
elaborados no seu imaginário.
Acompanhamos
a evolução do comportamento das novas gerações, em especial após a invasão dos
lares pela TV a partir da década dos anos 60/70. Antes, as crianças e os jovens
tanto no lar, como na escola, na sociedade e nas Igrejas, tinham a oportunidade
de uma vivencia num mundo mais ponderado e de acordo com regras estáveis. A figura
dos pais, dos avôs, tios e padrinhos de batismo serviam de referencia às
crianças e jovens. A desestruturação da família tende a anular essas figuras
que os acompanhavam até a vida adulta.
No
cinema, os filmes obedeciam uma grade de
acordo com a idade e capacidade de compreensão de cada faixa etária. Hoje,
qualquer criança, ao ligar um aparelho de TV é bombardeada com cenas de filmes,
seriados, novelas, etc., repulsivas,
anti éticas, imorais.
As
crianças e os jovens não tem mais tempo
para poder processar informações novas
vivendo em famílias desestruturadas, que no passado eram ponto de referencia. A egregora familiar se
constituía numa fortaleza segura. Isso não quer dizer que um ou outro jovem se
distanciasse dos pais em busca de um apoio psicológico onde se sentisse mais
valorizado. Avós e tios supriam essas necessidades.
O
otimismo era transmitido através de lições de moral, contos religiosos,
populares, fábulas, lendas e os contos de fadas – as estórias da carochinha...,
falando à mente a linguagem que ela entende e necessita para um desenvolvimento
equilibrado. A literatura moderna além de
não oferecer a fantasia de que a criança e o jovem necessitam, atira o pequeno
leitor à realidade sem tempo para processar a informação. Há estórias modernas
onde a criança é apresentada como mais capaz e mais inteligente que os pais,
não na terra da fantasia, mas na realidade quotidiana. A criança aprecia a
estória, mas as consequências geram descrenças uma vez que terão que continuar
por muito tempo dependentes dos pais. Este tipo de literatura não beneficia a
criança a não ser momentaneamente. Por outro lado o conto de fadas enriquece a
fantasia e a ajuda a lidar com seus desejos sem cair na desilusão.
Já
foi constatado que quando uma criança, por qualquer razão é incapaz de imaginar
seu futuro de modo otimista, estabelece-se uma parada no seu desenvolvimento. O
‘autismo’, por exemplo, pode ser uma fuga de uma realidade onde a criança não
vê saída e se isola em seu mundo.
A
criança espera que seus pais, de forma positiva instilem esperanças. Embora a
fantasia seja irreal, os bons sentimentos reais ajudam a sustentar as
esperanças por uma mudança para melhor. Nenhum pai pode promover ao filho uma
bem-aventurança perfeita e duradoura. Mas ao contar estórias de fadas aos
filhos, o pai estará encorajando-o a tomar emprestado, para uso pessoal, um
número de esperanças fantásticas quanto ao futuro. É através da fantasia que a
criança trabalha seus medos, inseguranças, desejos. Uma literatura realista, ao
contrário, cria ilusões que acabam em frustrações. Como na mente infantil as
dificuldades parecem maiores, ela necessita do encorajamento de fantasias do herói,
com o qual pode se identificar para encontrar seu caminho ao enfrentar
situações reais difíceis. O herói, o rei, a rainha são símbolos que reforçam a certeza de que eles também
serão vencedores, que serão felizes, não importando saber o que um rei ou
rainha faça.
Para
que a ordem certa do mundo seja restabelecida, o malfeitor tem que ser castigado.
A degradação física e moral do ‘herói’
nas estórias do faz de conta, faz parte do crescimento e do
amadurecimento individual pela experiência adquirida ao enfrentar as
dificuldades da vida. É isso que está a dizer a lógica da filosofia, da ética e
da moral. Porém, na vida real, pratica-se o abuso do direito de ser uma nota
dissonante no cenário; é a prática de
muitos descompromissados com a ordem e o respeito pelo próximo, e que merece a repulsa da sociedade.