A semana da Pátria se encerrou com um saldo,digamos,
positivo. Permitiu uma avaliação do panorama nacional. Pelo menos é o que deu
para perceber numa avaliação do conjunto dos acontecimentos. Agrupamos em três
tempos;
- 1- Brasília – um desfile certinho, cumprindo o protocolo
oficial. Uma avaliação dá como certos os
seguintes números: 5 mil cidadãos acompanharam à distancia a cerimônia oficial;
8 mil agentes de segurança garantiram que os manifestantes não atrapalhassem o
percurso do desfile reduzido em seu tempo para apenas uma hora.
- 2 – Rio de Janeiro – A cidade se tem destacado pela violência
nas manifestações desde o início. No dia da Pátria não foi diferente: - Confusão. Invasão do desfile por
manifestantes mascarados e quebra-quebra. Eles não aprenderam civilidade e respeito
pela Nação e seus valores. A interpretação apressada e distorcida do que seja
liberdade leva a comportamentos que, digamos, ‘merecem responso y palos’ como diria
meu avô.
- 3 – Demais Capitais e cidades pelo país. O dever e o
direito cívico de festejar importante data de nossa história – a Independência –
foram empanados por expressões de pouco ou nenhum patriotismo e muita confusão.
Liberdade de manifestação como vem sendo praticada nada tem a ver com
Patriotismo.
O Patriotismo é uma poderosa arma contra a tirania.
Porém, os ideais do verdadeiro patriotismo estão sendo transformados
em meros conceitos demagógicos de exploração da ingenuidade do povo. Uma Nação não
pode ficar refém de demagogos, os tais ‘pais e mães’ do povo, prontos para
tiranizar, tolher liberdades individuais, desestruturar o que pode haver de
mais nobre em um ser humano, sua individualidade. Esses demagogos nada tem de Estadistas.
- “Sem
liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode
haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver
brio, força e poder entre as Nações.” (José Bonifácio de Andrada e Silva – o Patriarca
da Independência).
Comentários infelizes sobre o ensino de Educação Moral e
Cívica abolido em 1996 – governo de FHC – demonstram o quanto já avançou a
desestruturação da sociedade. Deixar que cada escola decida o que ensinar em
termos de civismo, moral, e ética é assinar um cheque em branco. Os resultados
negativos estão aí. O que está a acontecer no Brasil não é apenas uma imitação
do que vai pelo mundo.
Civismo se aprende em casa, na Igreja, na Escola, na
Sociedade. E necessita de um norte seguro, respeitoso que traduza os ideais de uma
Pátria Livre.