segunda-feira, 16 de setembro de 2013

PENSAR A OCUPAÇÃO DO SOLO, PENSAR O FUTURO, PENSAR O PLANETA... E O VALORES, ESSES VÃO PARA O ESPAÇO!

Em ‘A Geografia serve, de início, para fazer a Guerra’ (Yves Lacosta – 1976), após ter feito uma revisão das posições da geografia clássica francesa, apresenta uma nova conceituação de espaços; desenvolve o tema de interesse geográfico para possibilitar às pessoas “saber pensar o espaço”, para nele “saberem se organizar, para combater”, na defesa de seus interesses quanto ao espaço social. David Harvey (1973) se ocupa sobre a natureza da teoria, a do espaço, a justiça social e o urbanismo além de apresentar uma avaliação sobre os modos de produção, valor de uso, valor de troca, com base na teoria conceitual do pensamento marxista.
Ainda hoje, a geografia humana baseada na ideologia marxista desenvolvida por geógrafos na década de 50 e seguintes, encontra adeptos e praticantes radicais da ‘ocupação de espaços’ como forma de fazer justiça social, cuidar dos pobres, lutar contra a opressão dos ricos. Seus representantes na ativa são o MST, os Movimentos de Sem Teto, os defensores da demarcação de terras indígenas – ONGs – e inúmeras organizações internacionais que agem nos países de terceiro mundo, como a CMI, os Ambientalistas, os defensores dos animais, os abortistas, etc.,  com o lema de ‘preservar o planeta para o futuro’ !!!
As novas gerações que foram capturadas pelo pensamento desses geógrafos ‘humanista’ saem por aí a desfiar teorias como o que vimos recentemente em declarações do grupo ‘Fora do Eixo’ = ‘O lugar genérico ou específico, não tem o significado de uma coleção de objetos ou eventos empiricamente observáveis, mas é um repositório de significado que encarna a experiência e as aspirações das pessoas’(sic). E, ‘movimento, obras de arte, edifícios e cidades são lugares (geográficos) porque podem organizar o espaço como centros de significado’ – eles seguem o conceito de uma geografia fenomenológica, uma ciência social – humanista que utiliza as categorias da ‘intuição’ e da ‘intencionalidade’ das ações humanas às quais se devem acrescentar as de evidencia e do mundo-da-vida como experiência imediata. Isso leva à critica das abstrações da ciência quando estiverem baseadas em dados da consciência sem um significado claro, e sem a fundamentação da experiência.
É esse o tom do discurso que vem sendo martelado na formação das novas gerações que se distanciam do mundo real dos fenômenos naturais e se deixam iludir por utopias de um mundo justo, bom, onde todos são iguais. Esquecem que toda a beleza do universo está exatamente na sua diversidade infinita. Que o quadro  Natural  físico do planeta em que vivem faz parte da fenomenológica da qual estão sendo alienados  enquanto ‘pensam’ o mundo que desejam.
Em síntese. A repartição do homem sobre a terra, os estabelecimentos humanos, os recursos terrestres, o produto do trabalho, dos valores econômicos, da circulação e dos centros urbanos estão todos intimamente relacionados com a Natureza – o meio natural. O que vale para uma região não vale para outra. Os dados naturais: relevo, tipo de solos, geologia, climas, flora e fauna, hidrografia, recursos minerais, tipos de sociedades humanas, etc. formam grandes paisagens ou regiões, e, o que vale para uma região, não vale para outra. Os homens com sua capacidade de adaptação podem e devem se adaptar ao meio, em vez de querer transformar esse meio ao seu gosto. A Natureza tem suas leis próprias. O homem tem valores que estão sendo negligenciados e descartados, e a própria vida destruída e a inteligência desestruturada.

A guerra contra o ser humano que ocupa  espaços que interessam a grupos que se escondem sob a capa da justiça social, está declarada. O avanço das teorias de uma geografia humana humanista de inspiração em ideais marxistas é uma realidade. Os jovens são as primeiras vítimas.  Pensar é preciso. Só pensar não resolve. As ações devem ser coerentes com o planeta em que vivemos e com os valores que dão dignidade ao ser humano.