quinta-feira, 19 de setembro de 2013

JUSTIÇA NO BRASIL - QUANDO A DECEPÇÃO É POR UM ‘SIM’.

Ontem escrevi: - ‘Hoje será um dia muito importante para a Justiça. Não quero ver enterrada a esperança de milhões de brasileiros, que estão a espera de soluções de processos que dormem nas gavetas há décadas...’  
À tarde de ontem veio a decepção: - “A decisão errada e imprudente de um virtuoso torna céticos os decentes e ainda mais cínicos os viciosos. A Justiça vai a pique pelas mãos de seu mais ilustre e experiente timoneiro”. (Reinaldo Azevedo – Blog – 18-09-2013).
É isso aí. Ao dar um “Sim’ aos embargos infringentes o Ministro Celso de Mello acabou de enterrar nossas esperanças pela solução de processos que jazem esquecidos a espera de uma solução. Essa atitude favorece a lentidão de todos os processos que ‘correm’ na justiça; a falta de soluções definitivas favorece os réus, não só os mensaleiros em questão, como todos os outros que se beneficiam da lentidão e indefinição da Justiça, enquanto castigam as vítimas. Falo por experiência própria. Lá se vão 17 anos a espera da conclusão de um processo ganho apesar da orientação do Ministro Gilmar Mendes do STF de que todos os processos anteriores a 2006 deveriam ser finalizados.
EM RESUMO: - Você tem direito. Entre na Justiça pode ser que sim, pode ser que não, ou, melhor dizendo, talvez, um dia, seu processo seja concluído.
Fala-se em globalização, um governo mundial que teria por base a educação para todos com o nivelamento pelo pior com a imbecilização do coletivo. O ‘sim’ aos embargos infringentes soa como um dos efeitos do avanço da dominação do individuo enquanto ‘massa’, pelo Estado, e os mensaleiros não fazem parte da ‘massa’ das ruas.
Uma tristeza! Esperar mais o que de uma Justiça que funciona ao avesso? É preciso ser mais realista do que o rei. Mas está difícil.