Ontem escrevi: -
‘Hoje será um dia muito importante para a Justiça. Não quero ver enterrada a
esperança de milhões de brasileiros, que estão a espera de soluções de
processos que dormem nas gavetas há décadas...’
À tarde de ontem
veio a decepção: - “A decisão errada e
imprudente de um virtuoso torna céticos os decentes e ainda mais cínicos os
viciosos. A Justiça vai a pique pelas mãos de seu mais ilustre e experiente
timoneiro”. (Reinaldo Azevedo – Blog – 18-09-2013).
É isso aí. Ao dar
um “Sim’ aos embargos infringentes o Ministro Celso de Mello acabou de enterrar
nossas esperanças pela solução de processos que jazem esquecidos a espera de
uma solução. Essa atitude favorece a lentidão de todos os processos que
‘correm’ na justiça; a falta de soluções definitivas favorece os réus, não só
os mensaleiros em questão, como todos os outros que se beneficiam da lentidão e
indefinição da Justiça, enquanto castigam as vítimas. Falo por experiência
própria. Lá se vão 17 anos a espera da conclusão de um processo ganho apesar da
orientação do Ministro Gilmar Mendes do STF de que todos os processos
anteriores a 2006 deveriam ser finalizados.
EM RESUMO: - Você
tem direito. Entre na Justiça pode ser que sim, pode ser que não, ou, melhor
dizendo, talvez, um dia, seu processo seja concluído.
Fala-se em
globalização, um governo mundial que teria por base a educação para todos com o
nivelamento pelo pior com a imbecilização do coletivo. O ‘sim’ aos embargos infringentes
soa como um dos efeitos do avanço da dominação do individuo enquanto ‘massa’, pelo
Estado, e os mensaleiros não fazem parte da ‘massa’ das ruas.
Uma tristeza!
Esperar mais o que de uma Justiça que funciona ao avesso? É preciso ser mais
realista do que o rei. Mas está difícil.