terça-feira, 5 de junho de 2012

JUBILEU DA RAINHA ELIZABETH - MUITO MAIS QUE UMA COMEMORAÇÃO

O Jubileu da Rainha Elizabeth II -  60 anos de reinado - representa algo mais do que uma comemoração e homenagem à uma figura mundialmente conhecida e respeitada.
A festa com toda pompa e circunstância acompanhada com manifestações de carinho e de civismo por parte de muitas pessoas que fazem parte da comunidade britânica, além de muitos  turistas de outros países, demonstra que as pessoas sentem prazer pelo que é belo e representa valores e ideias almejados por todos.
Creio que este deveria ser um momento de reflexão para nós brasileiros. 
Em 1963 houve um plebiscito no Brasil em que se propôs a mudança do regime de governo. Foi incluída a opção da volta da monarquia ao país. Eu votei a favor do regime monárquico representativo. Não pela simples vontade de ter de volta a figura de um rei e uma rainha, mas pelo que uma monarquia representa. Apesar da pouca ou quase nenhuma oportunidade do partido da monarquia apresentar suas propostas para que a população pudesse fazer sua escolha com conhecimento de causa, 10% dos eleitores votou a favor da volta da Monarquia. 
Sempre é tempo de repensar o assunto. E, não me venham falar que seria um retrocesso. Retrocesso é a amoralidade reinante nas últimas décadas.
Além do Reino Unido, outros países como o Japão, a Dinamarca, a Suécia, etc., também tem seus reis e monarcas ou imperadores. Eles reinam, não governam. Eles são mais que o poder que administra os interesses nacionais; são símbolos dos valores éticos que enobrecem.
 Um NOBRE é aquele que se destaca pelo caráter reto. É isso que o nosso país necessita com urgência. Nobres, não só pelos títulos, mas pelas ações e exemplos. 
70% de população inglesa acredita que o país estaria pior sem a Monarquia. Lembremos que no Japão, por exemplo, primeiros ministros apanhados em corrupção se demitiram e houve até suicídio por conta do peso da vergonha sentida pelo corrupto. Há seriedade e punições aos transgressores no trato da coisa pública.
 Alguns consideram onerosa a manutenção da família real britânica. Ela é cara. Mas, uma avaliação do retorno econômico aos cofres públicos foi positiva como um forte apoio à economia, pois ela proporciona uma série de benefícios ao país: turismo, hospedagem, publicidade gratuita em torno da imagem da realeza, etc. Isso sem contar com o valor das jóias e das propriedades reais consideradas intocáveis, e, portanto, patrimônio nacional!
O acervo deixado pela monarquia no Brasil não é devidamente conhecido pelo povo brasileiro. Infelizmente o plebiscito proposto em 1963 não deu tempo e oportunidade ao cidadão de conhecer e avaliar o significado da proposta. Moralizar é preciso. Talvez essa moralização deva passar por uma reavaliação do sistema falido que se vive hoje e recuperar valores da real nobreza e do caráter que um governante deve ter.
Entre uma Monarquia representativa do bem e a república burocrática que só causa danos à Nação, qual a sua escolha?
Que o simbolismo desta festa da Rainha Elizabeth II sirva de referência para nortear os rumos da nossa realidade tão apequenada pelas classes que perderam o senso dos valores éticos, morais e Cívicos.