Mito é uma narrativa dos tempos fabulosos ou heróicos de significação simbólica ligado à cosmologia e referente a deuses encarnadores das forças da natureza e/ou de aspectos da condição humana.
Faeton ou Faetonte filho de Hélio (o Sol) com Climene, filha da torrente mundial, o deus Oceano, é um desses personagens mitológicos.
Climene consentira ter um filho com Hélio com a condição de no futuro ele ter direito à satisfação de um desejo. Tal desejo deveria ser atendido pelo pai, sem restrições. Hélio aceitou desde que se restringisse a um único pedido e nada mais.
Climene após conceber o filho de Hélio partiu para terras orientais enquanto o Sol subia ao céu para iluminar o mundo.
Faeton nasceu e cresceu claridade da luz sem saber quem fora seu pai. Fora criado por Merops que um dia resolveu uni-lo a uma deusa. Surpreso, Faeton acabou sendo informado que ele também era filho de um deus Hélio. Logo de madrugada ele parte ao encontro do pai e faz o pedido: quer percorrer o Céu conduzindo o carro do Sol.
A muito custo, Hélio lhe concede a missão, advertindo-o de como dirigir o carro e manter a trajetória no caminho celeste.
Faeton mal o escuta. Está fascinado com o carro todo de ouro com as rodas de prata. Horas, as deusas do tempo que passa, trazem os garranhões de ventas em chamas e os atrelam ao carro. Orgulhoso, ele sobe no carro, toma as rédeas e parte pela estrada do Céu. A luz se espalha pelo mundo. Mas, ao chegar à parte alta do Céu, Faeton não consegue conter os cavalos desenfreados. As próprias estrelas fogem do carro incandescente. Lá do alto ele vê a pequena Terra nas profundezas. A viagem torna-se descontrolada. O carro, em zig-zag oscila para baixo e para cima. Às vezes chega tão perto da Terra que o calor abrasador seca muitas regiões deixando apenas desertos. Ele próprio se ressente das dificuldades em respirar diante do calor crescente. A Terra está na iminência de queimar!
Zeus que tudo observa, reconhece que deve interferir e lança um raio no temerário jovem Faeton precipitando-o do Céu à Terra. Durante a queda se transforma num esplendido meteoro, belo, luminoso símbolo de um adeus à vida. Caiu no Rio Erídano em cujas águas são lavadas suas chagas enquanto as Ninfas recolhem o corpo para sepultá-lo.
Hélio, diante da morte do filho, escondeu a cabeça e o dia transcorreu sem luz. Depois voltou às suas jornadas diárias percorrendo os céus e inundando de vida e de luz o mundo.
Segundo algumas narrativas, Hélio ao fim do dia repousa num palácio de ouro na Terra e, depois, vencendo a escuridão chegava a Leste onde os cavalos eram atrelados ao carro, recomeçando a jornada diária.
Faeton é apenas um mito. Mas, mentes terráqueas vivem atormentadas com a idéia de um Sol abrasador voltar a castigar a Terra. Já é hora de desmistificar o tal 'aquecimento global'...
O perigo nada mitológico está na própria conduta da humanidade com o uso e abuso de energias que podem 'torrar' literalmente a todos, num piscar de olhos.