terça-feira, 12 de junho de 2012

CARTA DA TERRA - DA UTOPIA À REALIDADE

Vivemos no planeta Terra. A humanidade faz parte do ecossistema e depende dele como todos os demais seres vivos aqui embarcados. O bem estar geral depende do uso adequado dos recursos naturais.

A 'Carta da Terra' é uma chamada a todos os humanos visando a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. A idéia e o ideal são nobres. Toda e qualquer atitude que contribua para criar condições favoráveis já é um primeiro passo para a concretização de projetos. Porém, a interdependência global com responsabilidade compartilhada ainda está a nos luz de se realizar por 'n' motivos.

A Comunidade humana interage com bases em interesses particulares e nem sempre o respeito mútuo e as bases éticas que deveriam nortear os indivíduos são a prioridade dos grupos que detém o poder.

A Carta foi uma iniciativa da ONU e depois foi desenvolvida pela sociedade civil. A Comissão da Carta da Terra (2000) concluiu e divulgou o documento como carta aos povos. Teve adesão de 4.500 organizações incluindo organizações governamentais e internacionais.

Os princípios básicos são:

- respeitar e cuidar da Comunidade de Vida.

- integralidade ecológica

- justiça social e economia.

- Democracia, não violência e Paz.

Eles são princípios fundamentais a serem compartilhados por todos os povos de todas as raças (leia etnias, pois todos pertencem à raça humana), culturas e religiões.

O maior desafio está no sentido de:

- Organizar a Comunidade Global;

- Estabelecer critérios de como usar e explorar os recursos naturais gerando riquezas e bem estar global;

- Solidariedade humana, responsabilidade compartilhada ressaltando humildade, reverência e gratidão entre os cidadãos e Nações.

- respeitar a Terra e a Vida em sua biodiversidade.

- cuidar, construir, produzir e assegurar o futuro das gerações preservando o meio ambiente em sua biodiversidade.

O tema naturalmente é bem abrangente. Envolve também a Justiça Social e a economia. A erradicação da pobreza, a garantia de atividades econômicas promovendo o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável. No item Democracia, Não Violência e Paz fala na garantia e funcionamento das instituições para que haja justiça, educação formal de qualidade, o aprendizado dos valores e habilidades para uma vida sustentável. Promover a cultura da tolerância, eliminar as armas nucleares, desmilitarizar as nações, etc., etc., etc. E, Renovar compromissos! Renova compromissos 'ad infinito'.

Como carta de intenções, nota 10!

Na prática é que são elas. Enquanto o discurso for um e os líderes alçados ao poder fizerem o oposto do que é ético, moral, nobre – ou seja, o que é recomendado pelo bom senso, nem um milhão de cartas resolverá o problema.

Por enquanto é mais uma bela Utopia. Aguardemos a Rio + 20.

- "Hay que ser más realista que El Rey" – diria meu avô.