terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

TÓXICOS - COMBATER? - DESCRIMINALIZAR? - MUDAR HÁBITOS...

 De volta, outra vez na contramão do bom senso, autoridades e políticos opinam pela descriminalização das drogas. Entre eles o sociólogo e ex-presidente FHC e outros presidentes da América Latina.

Ninguém vai ao cerne da questão: - Usam-se tóxicos porque as pessoas se habituaram a usar tóxicos! – desde os de menor efeito ingeridos como alimentos, até os de maior toxidade, uns permitidos como fármacos e bebidas, e outros proibidos pela alta periculosidade ao ser humano, mas que alimentam o vício ao redor do mundo de forma avassaladora. Quantas vezes já ouvimos pessoas viciadas em analgésicos ou em sonoríferos e miorrelaxantes dizerem que não conseguem livrar-se da dose diária – e tudo com receita médica!

No passado, a partir do século X, o ópio tornou-se o terror do Oriente com a generalização do vício e a sua exploração econômica por países colonizadores.   Uma letargia coletiva dominou a população chinesa e chegou a ameaçar toda a estrutura do império Chinês. Um dos imperadores determinou que todas as culturas de papoula fossem erradicadas. Essa atitude levou à 'guerra do ópio' entre a China e a Grã-Bretanha que se beneficiava com o tráfico. A partir daí o ocidente passou a adotar a moda; políticos, personagens das artes e das letras transformaram o vício em "hábito elegante" que se espalhou por todas as camadas da sociedade. As rotas do Oriente para o Ocidente  tornaram o problema de caráter internacional atingindo todos os países da Europa e da América, inclusive o Brasil. Quantas outras drogas já se tornaram fonte de renda sabe-se lá até para financiar obras sociais(?)

O traficante profissional tornou-se uma figura de alta periculosidade, pois graças ao seu poder econômico corrompe facilmente quem deveria combatê-lo. Já o viciado drogado é um delinqüente comum, pois ajuda a passar a droga em troca de sua dose diária.

A sociedade contemporânea vive à beira do caos, especialmente devido à desagregação da família. A Liberdade ou o livre arbítrio dados aos jovens cada vez mais cedo, vem sendo interpretada como o direito de fazer erros, pois fazer o certo é ser 'careta'. E, para fazer parte da turma, ou por curiosidade, cada dia mais usuários se somam aos consumidores de maconha, crack, e inúmeras outras drogas que: a) bloqueiam as funções mentais; b) excitam as funções sensoriais, criam dependência ou o hábito; c) cria tolerância e cada vez quer doses maiores; d) destrói a personalidade, a vida e as relações familiares, etc.

Segundo o Pe. Emílio Jordan os jovens passam a usar as drogas como uma fuga de problemas mentais ou morais, pela simples curiosidade, e por luxo..., além naturalmente devido a uma dependência física ou psicologia cultivada por hábitos errados.

As causas remotas de tudo isto está na base de um organismo já deturpado pelo uso de todo tipo de alimentos estimulantes e excitantes, uso de medicamentos, etc., e, um dia chega aos mais fortes de efeitos mais rápidos e que custam caro.

Incrível como esse é o detalhe que faz a diferença. A escalada gradativa a que muitas pessoas inconscientemente estão atreladas.

Quando os jovens tiverem um lugar perfeitamente delimitado dentro da sociedade, as drogas deixarão de ser um atrativo, uma necessidade compensatória, pois a tal 'onda', 'moda', 'curtição' em grupo deixará de ter sentido para ele.

A publicidade – aquela mesma de combate – tem adquirido um caráter sensacionalista, o que leva muito jovem a fantasiar sobre o assunto e acaba presa fácil do vício e dos fornecedores de drogas.

Como reverter a situação? – Acreditamos na Educação. Uma educação integral que realmente forme e informe, dentro de uma família bem estruturada inserida   numa sociedade receptiva e cordial, onde os valores da ética e da moralidade não sejam meros verbetes de dicionário.

Uma mudança radical dos hábitos - inclusive os alimentares - limpará as nuvens das cabecinhas, não só dos jovens, mas também dos adultos, em particular dos responsáveis pela gestão dos interesses coletivos de uma Nação.

O Apocalipse não precisa acontecer para se salvarem apenas 144 mil seres humanos, pois pelo andar da carruagem tudo indica que se as coisas não mudarem, esse será o número de humanos livres do vício – o que já é por si só um fim do mundo!

Mais sobre o assunto em – "Tratado Geral dos Tóxicos" – Mário Sanchez e Martina Sanchez.