quinta-feira, 21 de maio de 2015

OS ANIMAIS - AMIGOS DOS HOMENS


 

Gosto de animais e acho todos uns fofos. Já tive bichinhos de estimação enquanto era possível mantê-los livres e soltos, pois residíamos no campo. Aprendi que cada um é cada um e que temos que respeitar suas individualidades, e que os bichos selvagens ficam bem em seu ambiente natural e, alguns, especialmente nas fotos... A convivência sempre foi pacífica e, muitas vezes, divertida.

 

Conversar com eles é possível e nem sempre é preciso usar de palavras. Sabemos que eles pensam, tem sentimentos, tem inteligência e capacidade de raciocínio, linguagem própria, etc.; eles entendem nossas ondas mentais, as captam com precisão, e à sua moda dão a resposta. Creio que eles entendem melhor nossa linguagem do que nós a deles; mas muitas vezes dá para perceber, por exemplo, quando eles resolvem nos ‘dar uma bronca’...

A proteção dos animais tornou-se uma neurose; outros continuam com o hábito de compará-los com os humanos, nem sempre de forma cordial.

Imaginem a possível opinião deles, a começar pelos que mais conhecem a figura humana:

Um Cão e um Gato pacificamente dorminhocando no cantinho da varanda. O Cãozinho diz:

-  Assim não dá; chamam-nos de seu melhor amigo e depois nos usam para projetar seu complexo de inferioridade. É preciso ser compreensivos com eles e ter uma paciência!

- Miau... – responde o gatinho: - Acho que na verdade eles gostariam de estar em nosso lugar, serem livres, independentes, auto-suficientes...  Durma com um barulho desses.

O Papagaio, ao lado, acordou e retrucou: - Currupaco! Não vi, não ouvi, não sei de nada, não me comprometam.

        Dona Abelha atarefada, continuou com zunindo entre as flores da jardineira ao lado, coletando néctar, pólen, fazendo mel e cera, ignorou o assunto; sua relação com o bicho homem era ajudar no equilíbrio da natureza. Ela estava cumprindo com sua parte há mais de 50 mil anos! Já o homem...

Entre as folhas secas do jardim, operosa Formiga, do alto de sua autoridade, discursou em formigues: - Todo mundo fala muito, citando-me como exemplo e fica o dito pelo não dito.

Tarde modorrenta > a Cigarra soltou a voz: - ‘Cantar é minha função cósmica. Quem canta seus males espanta. ’

Um Rato curioso, farejando perigo, perguntou:- ‘Falando de quem? – do homem?   Estou confuso! Nosso DNA é tão parecido...

 

Bem. Faz de conta que é tudo muito natural como natural é o bicho preguiça, a lesma, a tartaruga e o cágado continuarem devagar e sempre... Cada um no seu elemento. Só falta aos humanos se darem conta de quem são no contexto da história e aprendam com os ditos irracionais a serem mais humanos.

 

Cenas em alta –

 

Cena 1 - Família reunida na sala; pai e mãe brincam com o cãozinho. Jogam um bastão para ele pegar. Cada vez que cumpre a tarefa é acarinhado e recebe um petisco. O filhinho isolado observa.

Cena 2 – o garotinho deixa a sala. Ninguém nota sua ausência.

Cena 3 – o garotinho volta à sala engatinhando com um pequeno bastão na boca; aproxima-se dos pais imitando o cãozinho. É afastado...

> O cãozinho o consola.

Fim!

 


Por onde andará o bicho papão, o ‘Paparulho’ – aquele que assustava as crianças na hora de dormir?