Há um Ministro das Cidades
ocupadíssimo em manobras político - partidárias. Chama-se Gilberto Kassab e já
foi prefeito de São Paulo, cidade que sofre com problemas que afetam toda a
população – crise d’água e inundações catastróficas, além naturalmente a mobilidade
urbana. Seu substituto Fernando Haddad (o coxinha) está mais preocupado em
‘pintar o pau da bandeira’ (ciclovias e pichações de fachadas) em vez de
enfrentar os graves problemas da megalópole paulistana.
A seca que comprometeu o abastecimento
de água de São Paulo e de outros grandes centros urbanos do país está a exigir
um planejamento urbano sério e urgente, por parte dos responsáveis pela gestão,
e de EDUCAÇÃO da população em geral. Não basta dizer que a culpa da seca é do
desmatamento da Amazônia como pregam os ambientalistas da vez. As chuvas
chegaram demonstrando que a umidade concentrada na região norte tem outros
elementos em sua formação como já temos explicado.
Soluções existem. Faltam pessoas certas, comprometidas com os cargos que ocupam: - no caso, o de Ministro das
Cidades e o de Prefeito. Não bastam bons propósitos nem gestos de
‘condescendência’ de lideres políticos determinando quem vai ou não participar
das decisões de interesse público porque assim falou o ‘chefe’ do partido no
poder!
Um Ministro das Cidades ou um Prefeito
de uma cidade precisa conhecer algo mais do que o endereço do seu local de
trabalho. A hora é de fazer critica,
sim, porém uma critica construtiva. Quem assumiu um cargo de tal
responsabilidade tem que arregaçar as mangas e começar a trabalhar, pois,
pressupõe-se que tenha conhecimentos necessários para exercer a função que
ocupa. Se não sabe o que fazer, vá estudar.
São Paulo, por exemplo, abrange um
espaço físico que foi considerado inadequado para a construção de uma cidade
quando da chegada dos primeiros jesuítas
ao planalto de Piratininga. A grande bacia é rodeada por serras, cujas encostas
escarpadas são dispersoras de águas que se dirigem para as várzeas e planícies
inundáveis formando uma intensa rede hidrográfica da bacia do rio Tietê, com inúmeros
tributários: Tamanduateí, Pinheiros, Anhangabaú, Ipiranga, etc. A região foi
invadida de forma desordenada por sucessivas administrações que não respeitaram
as regras da natureza.
O mal já está feito; erros podem ser
corrigidos. – Há inúmeros locais sujeitos a alagamentos;
chame-se um profissional - o topógrafo - para determinar a área inundável e,
retirem-se os moradores/ ‘invasores’, seja esta legal ou ilegal; isso porque
ali é o leito natural de escoamento de águas!
NÃO adianta contrariar a natureza. Até
os indígenas da região do Anhangabaú, por exemplo, já sabiam que o local era
perigoso, daí o nome de Córrego das Almas nos primeiros tempos da colonização. Anhangabaú = rio de malefício, da
diabrura, do mau espírito, do feitiço, etc. Segundo Teodoro Sampaio, para
os indígenas o rio era ‘um bebedouro de assombrações’. E o Porto Geral da
ladeira que leva seu nome? – sumiu no meio de tubulações e construções... ‘As casas cujos fundos abriam-se para
o Rio Tamanduateí tinham escadarias onde os moradores atracavam seus barcos e
pescavam. No fim da Ladeira Porto Geral antigo Beco das Barbas, existiu de fato
um porto - daí o nome da rua -, que resistiu até o início do século XX, quando
o prefeito Antonio Prado mudou o curso do rio e o reduziu a um estreito canal’.
Muitos textos antigos dão conta de
como era a cidade paulista no século XVIII – XIX com rios navegáveis, com
portos servindo aos moradores, cujas águas piscosas permitiam o uso doméstico;
as áreas inundáveis eram fechadas à passagem de pedestres e animais no tempo
das chuvas para evitar acidentes.
Na década de 70 (século XX) foi
elaborado um projeto que aproveitaria o rio Tietê para navegação - como no
tempo dos bandeirantes - com a construção de um porto onde hoje é a CEAGESP. Se
tivesse sido realizado o projeto, grande parte da região hoje sujeita a
inundações teria outra qualidade de ocupação.
Muito poderia ser feito para melhorar
as cidades brasileiras, inclusive na Amazônia onde milhares de pessoas
ribeirinhas vivem e que poderiam ser beneficiadas com planejamento de
casas-barco, por exemplo, mas como tudo depende de vontade política e os
senhores políticos continuam mais preocupados com os seus cargos, a situação só
vai mudar quando mudar a forma de escolher os tais ‘representantes do POVO’(!)
Enquanto eles continuarem a ditar as regras do jogo eleitoral, a população continuará a sofrer as
consequências.
O
Brasil não é tão ruim quanto falam, e anos de crise são anos de oportunidade
para crescer. O problema não está no gigantismo do país, mas nos maus
administradores que se julgam acima do bem e
do mal usando e abusando da paciência dos cidadãos...
A
vida é um rio sem fim com muitos obstáculos, e para vencer esses obstáculos é
preciso saber navegar... É a mãe Natureza dando lições!
Está valendo a máxima de Piobb em relação aos políticos: - ‘Quem têm barbas que volte a usar calças curtas’... – em outras palavras – voltem à escola, estudar e aprender antes de querer dirigir a vida dos outros.
Está valendo a máxima de Piobb em relação aos políticos: - ‘Quem têm barbas que volte a usar calças curtas’... – em outras palavras – voltem à escola, estudar e aprender antes de querer dirigir a vida dos outros.