Impossível não associar velhas
marchinhas carnavalescas – bastante atuais – aos últimos acontecimentos no
país: - ‘Me dá um dinheiro aí...’(Petrolão e mensalão), ‘Lata d’água na cabeça,
lá vai Maria...’ (falta d’água no SE), ‘Pierrô Apaixonado...’ (base aliada?), ‘O
sol estava quente e queimou minha cara... mas que calooor ôôô... (os ‘verdes’
do aquecimento global); ‘Oh Jardineira, porque estás tão triste...’ – bem,
deixa prá lá.
A popularidade da presidente Dilma desabou fragorosamente. Nem
todos os que se encantaram com o partido dos trabalhadores escaparam do seu
domínio a tempo. Os que continuaram acreditando nele (PT) hoje estão começando
a ver quem é quem na história deste país. Demorou para que os legítimos
trabalhadores descobrissem para onde estão indo os bilhões de R$ em dinheiro
vivo arrecadados pelo governo e que
faltam na educação, na saúde, no saneamento básico, infraestrutura, nos
reajustes das aposentadorias, no salário no fim do mês, etc. Pela amostra do
que já se sabe eles tiveram um ’trabalhão’ danado durante os anos aboletados no
poder.
Também ficou bem claro que há duas classes econômicas
extremas: a dos que tem bilhões em espécie – dinheiro vivo, propriedade e riquezas variadas – bem ao alcance da
mão – entre eles os donos do poder - , e
o
povão que têm que usar o tal dinheiro de
plástico com parcos recursos liberados a conta-gotas e altos custos, tudo
sob controle do fisco; chega a ser uma forma de discriminação econômica e
social.
Bem abaixo dessas duas ‘classes’
ainda temos os que tiveram que inventar a tal moeda social para poder fazer parte do mercado de consumo numa
sociedade onde tudo se compra e tudo se vende – até a dignidade. A moeda social
surgiu na economia solidária como uma alternativa ao escambo. Existem mais de
50 moedas sociais em várias partes do país para estimular a economia nas
regiões com baixo índice de desenvolvimento. Até já há um banco com linha de
crédito (sic!) e mais os tais bônus e pontos da fidelidade do cliente que avançam
junto a tal classe média!
O panorama que derrubou a
popularidade da presidente e que atinge a população toda está nas manchetes
diárias: - Dólar sobe, inflação idem, juros são os mais altos do mundo, desemprego
segue a tendência de alta, tarifas públicas indicam que os índices apontam para
cima, a lista de políticos envolvidos no esquema do Petrolão só aumenta - A lista de Janot vem aí... ; – também
cresce a certeza de muitos de que a presidenta e seu padrinho também sabiam de
tudo... Cresce o movimento pró impeachment e isso não é golpe, pois está na
Lei. Aliados políticos garantem que não haverá impeachment; aguardemos a lista
do Janot. A delação premiada continua em alta também... – aguardemos os
próximos capítulos. E o Pizzolato? – tolerância zero para a corrupção.
Ah, sim! O nível da Cantareira
também subiu – foi encontrada uma reserva do segundo volume morto... Bom sinal.
O barulho distrai, mas não consegue desviar a atenção nem do carnaval, nem
sobre o maior escândalo jamais ocorrido na história da República.
Sobre o dinheiro, a sabedoria
popular diz que: ‘ O que o pai ganha e junta, o filho usa e dilapida, e o neto
tem que recomeçar do zero. Dinheiro não aguenta desaforo!’ - É uma entidade marota. E, mais marotos, e
muito vivos são os que se apropriam do dinheiro de uma empresa como a Petrobrás.
Muito dinheiro vivo $$$$$$$$$$$$$ para encher os olhos, os bolsos, as contas
bancárias... - ‘Cadê Zazá, saiu dizendo vou ali e volto já, ainda não voltou/
porque, porque será...’ (quem será?)