A
floresta Amazônica não está em uma redoma para ser controlada e conservada para as futuras gerações, mas é
uma dádiva da natureza a ser usada racionalmente e que está inserida num
contexto bem mais amplo de influências climáticas as quais o homem não
controla. A ação humana em termos de mau uso dos recursos naturais –
desmatamento – por si só não é o fator mais importante para as alterações
climáticas observadas.
Existe
uma espécie de neurose apocalíptica em relação à Amazônia. Ela se tornou objeto
de constantes citações como imprescindível à vida no planeta. Ignoram que ela
não é a única floresta equatorial do planeta e tem continuidade na América do
Sul e na América Central até o México; há outras florestas equatoriais na África,
na Oceania, sudeste asiático além de formações florestais tropicais e
subtropicais, além das imensas florestas frias (Taiga) e áreas de
reflorestamento – que no Brasil, além de contribuírem para melhorar a qualidade
do ar que respiramos, também são responsáveis pela produção do papel para
impressão de livros tão necessários para uma educação de qualidade.
Todas
as diferentes paisagens vegetais existentes em todos os continentes têm
importante papel na fotossíntese contribuindo para limpar a atmosfera dos gases
poluentes que não são exclusividade das emissões produzidas por atividades do
homem.
Mudando
o foco, olhemos no retrovisor da história, lembremos a biodiversidade amazônica
e das riquezas existentes no subsolo e notaremos que naturalmente elas aguçam
aquele olho comprido que atravessa o Atlântico desde antigamente, como por
exemplo, a lenda da Ilha de S. Brendan
– O ELDORADO – Shambala, Templo de IBEZ, as minas de ouro e prata...
A História é repleta de narrativas fantásticas.
Segundo Ronald de Carvalho, na Idade Média o romance de S. Brendam falava de um
país maravilhoso e surpreendente que impressionou de tal forma a imaginação
popular que a “Ilha de S. Brendam” passou a figurar de todas as cartas
náuticas. Aparece no globo de Martin Behaim (1492) e na carta náutica de
Ortelius. Apesar das buscas realizadas no Oceano Atlântico, a ilha não foi
encontrada.
Outras ilhas citadas por escritores medievais falam
em: Stocafixa, Royollo, Man Satanaxio, Antilia, além de um nome Bracir, Braxil,
Brazylle ou O’Brasile registrada pela primeira vez num mapa do Atlas Médicis
(1351), posteriormente em outras cartas: de Pzigani (1367) e Jeffers (1376) com
localizações diferentes.
Só no século XVI é que se voltou a falar em uma
terra brasileira após as descobertas dos espanhóis e portugueses. O novo mundo
‘descoberto’ e as nações mais poderosas do momento efetuaram a divisão das
terras – tratado de Santo Ildefonso, das Tordesilhas... As Índias Ocidentais, a
terra do pau Brasil, a terra dos Papagaios... – e hoje, a Hiléia Brasileira - sempre atraíram o olhar do mundo. Fica a
impressão de que o que mais interessa aos defensores da Amazônia é reservar um
lugar ao sol tropical para o futuro das gerações (quais? Quem?), seja na Náides
(floresta quente úmida), na Oréades (região de campos), Dríades (florestas de
planalto), nos pinheirais (Nasféias)... Tudo muito bucólico. E de grande valor econômico!
Aproveito para citar duas informações recentes sobre
as variações climáticas divulgadas em artigos de responsabilidade do
‘ambientalista cético’ Bjorn Lomborg – Copenhagen Consensus Center. 1- O aumento das temperaturas foram inferiores às
previsões – segundo o IPCC as temperaturas tiveram um aumento de 0,09 graus
Fahrenheit nos últimos 15 anos, quando a média prevista em todos os modelos era
de 0,8 graus, ou seja, o aumento foi 90% inferior ao projetado. 2- Um estudo publicado em março de 2014 pela revista
Nature mostra que a superfície do
planeta atingido pela seca diminuiu desde 1982 – incluindo a Amazônia. Ele
chama a atenção para o fato de que todo o movimento contra o aquecimento global e o CO2
causa mais danos do que o próprio suposto aquecimento. A tendência para bombardear o público com títulos
catastrófico e apelos desesperados muitas vezes impede que o mundo se dê conta
que, em muitos casos, os alarmes desmentem os mesmos, e, portanto, soluções
devem basear-se na razão, em vez de pânico. O seu parecer é de que é mais útil ajudar o
terceiro mundo a sair da pobreza do que jogar montanhas de dinheiro em
campanhas "verdes" inúteis.
Os
fenômenos climáticos: calor x frio e chuvas x secas sempre se sucederam seguindo o calendário da antiga folhinha pregada
na parede, tal qual hoje. Só não havia TV e repórteres para registrar a ocorrência
de furacões, inundações, incêndios florestais, CO2, secas prolongadas, etc., em
tempo real; o que dá para observar é que o calendário humano está sendo
ignorado pela dinâmica da natureza.
Resumindo: - A natureza não é estática. Ela tem
suas regras e não se importa com as projeções elaboradas pelos cientistas ‘verdes’ de plantão.
- “A poluição
atmosférica não é um problema novo que vem piorando, mas é um problema antigo
que vem melhorando”. (Bjorn Lomborg – O Ambientalista Cético).