Gosto de ler e muitas vezes reler livros ou artigos que me
chamaram a atenção. Às vezes acordo com um assunto em ‘pauta’ e lá vou eu saber
o que eu não ‘li’ direito. Sempre descubro algo mais além do que havia gravado
na memória. Temos que ser humildes, é a mensagem do último pequeno grande livro
“REGLA de San Benito” que voltei a consultar.
- Humildade – virtude que
nos dá o sentimento de nossa fraqueza. Modéstia, pobreza, respeito; reverencia,
submissão – Humilde – singelo, simples, modesto, respeitoso.
Pequenos Frascos, Grandes Perfumes – Ganhei o pequeno grande livro que acompanhou uma das familias de imigrantes - 1910/1911 – “REGLA de San Benito” – É um Livro de bolso (de colete – 6 cm x 5 cm e 239 páginas – editado em Madrid - 1885) – ele contém 73 capítulos sobre a Regra, mais 7 capítulos sobre “Elogios de San Benito” – Resumo das excelências do Grande Patriarca San Benito e de sua Regra Sagrada da Religião. No item VIII – ‘Breve notícia ilustrada sobre a Cruz e Medalha de San Benito’, seus efeitos e bênçãos, assunto que já citei em outro texto (Sobre o Simbolismo da Cruz) publicado neste blog no dia 19-04. No final apresenta Orações em Latim.
Seguem algumas
anotações:
- ‘Escuta, filho, os preceitos do Mestre e aplica-lhes o ouvido e o
coração’. E prossegue: – ‘Pedirás em
primeiro lugar, com fervorosa oração que aperfeiçoe todo bem que tu começares a
fazer, para que em nenhum momento deva entristecer-se de nossas más obras, e
que houve por bem contar-nos no numero
de seus filhos’.
No capítulo - Da Humildade – faz uma comparação
com a escada que Jacó viu em sonhos, ‘pela qual subiam e desciam anjos’ – de
que se deve descer pela soberba e subir pela humildade. Seguem os graus da
humildade: Grau I - Temor a Deus; grau
II – imitar o Cristo que veio em nome do Senhor; grau III – ser obediente; grau
IV – perseverança nas adversidades; grau V – reconhecer em confissão os maus
pensamentos e os defeitos para obter a misericórdia; grau VI – submissão total;
grau VII – ato de contrição pelo reconhecimento das fraquezas; grau VIII –
obediência cega às regras; grau IX – guardar silencio – ser discreto; grau X – não
rir como o néscio; grau XI – falar o estritamente necessário – ‘O Sábio com
poucas palavras se faz entender’; grau XII – comportar-se com postura digna e
respeitosa em qualquer lugar.
Do silencio – “Resolvi guardar meus sentidos para não
pecar com minha língua, emudeci e me humilhei, não falando nem mesmo coisas
boas.”
–
Do Trabalho Manual – ‘O ócio é inimigo das almas’ – por isso todos devem
exercer um trabalho manual e outro em coisas santas. Se alguém não quiser se
dedicar à meditação nos domingos, que se ocupe de algum trabalho para não ficar
ocioso.
O conteúdo é de
orientação espiritual dos candidatos a monges e também de disciplina e respeito
por si e pelos semelhantes. Muito do que se encontra escrito nos 71
‘Instrumentos das Boas Obras’ também se aplica ao cidadão comum, pois em sua
maioria são regras educativas e de convivência social. Ninguém precisa tornar-se um monge para por
em prática o que condiz com a verdadeira natureza humana e praticar a
verdadeira humildade.