Faltam duas semanas para começar o
evento esportivo futebolístico – A Copa do Mundo. O verde amarelo, associado
aos jingles mais os comentários animados de jornalistas e esportistas, tentam
passar a imagem de que teremos um evento perfeito.
Vai ter
copa! X Não vai ter copa! – ressoa nas
manifestações de ruas. Enquanto isso as tropas vão ocupando espaços em pontos
nevrálgicos do Rio de Janeiro, sob o olhar preocupado de cidadãos de bem que
temem pelo dia seguinte ao fim da copa. A presença constante das FFAA nas ruas nos
últimos tempos pode ser entendida como o fracasso do Estado e da sociedade
civil para garantir a segurança e a liberdade dos cidadãos.
Ter vergonha – ou
deixar para lá? - Duas declarações, uma do Ronaldo, ex-jogador,
dizendo que se sentia envergonhado pelo atraso e obras inacabadas para a Copa,
e outra da Diretora Executiva do Comitê Organizador da Copa Mundial no Brasil,
Joana Havelange (neta de João Havelange, ex-chefe da FIFA) dizendo que - ‘O que
tinha que ser roubado, já foi’ (sic), chamaram a atenção não só no Brasil.
Sete anos era tempo de sobra para
realizar obras de infra-estrutura e de melhoria nos estádios já existentes. O tempo
passou e agora, de afogadilho, temos obras inacabadas e muita coisa que era
para beneficiar os moradores das cidades sede, ficou por ser feita. Como o
esporte foi transformado num alto negócio muito rentável para os promotores do
evento, como disse a Sra. Joana Havelange – nem protestos vão resolver a situação.
Resta receber bem os estrangeiros para
não passar vergonha maior.
Programa de Índio – Certamente, os
estrangeiros que ainda imaginam o Brasil
como uma grande floresta e índios circulando, tiveram sua visão transformada em
realidade ao ver um grupo de índios armados de arco e flecha correndo sobre a
marquise do Congresso em Brasília e entrando em confronto com a PM à cavalo. A
imagem televisiva correu mundo. Infelizmente não era cena de filme, mas valeu de
alerta para a segurança.
Quais outras surpresas haverá durante
os jogos?
A
Copa x O Copo - ‘O Brasil não é a
Alemanha’ – (J. Walker)
O Brasil não é a
Alemanha, nós sabemos. Isso não impede que apreciemos à vontade a típica bebida
alemã, a cerveja. Certamente a FIFA também vai faturar alto com esse item.
À espera dos
visitantes temos Cachaça > Caipirinha (!) a bebida nacional, para todos os
gostos. A bebida em si não é o problema. O problema é que alguns cabeças
tortas, que entendem que liberdade é fazer o que bem lhes der na telha, já
estão produzindo cachaça ‘adoçada’ com raiz de maconha produzida no nordeste (PE), irrigada com água
do São Francisco, segundo noticias...
Por essas e outras
devemos nos envergonhar, principalmente pela falta de vergonha dos governantes
que venderam uma imagem de um país dinâmico, empreendedor, capacitado a
realizar um evento das proporções de uma Copa do Mundo, mas que tudo não
passava de bravata.
Agora é torcer para
que o evento se realize da melhor forma possível, sem incidentes. Que vença o
melhor e a festa se justifique.