sábado, 17 de maio de 2014

HORÁRIO POLITICO ELEITORAL – GRÁTIS E OBRIGATÓRIO! PIADA DE MAU GOSTO


As tétricas imagens do programa eleitoral do PT  exibido no horário politico do dia 15/05 me remeteram a um passado onde os cidadãos não viveram o caos que hoje temos, nem a insegurança generalizada das últimas décadas. 
Passado é passado, e o que eu conheci não tem nada a ver com a imagem de medo, nem de raiva no olhar das pessoas como as que eles apresentaram no programa politico – para assustar e intimidar o eleitor. A vida como eu conheci num passado não tão remoto assim, e da qual tenho saudade, seria uma benção se desse para traze-la de volta, pois há muitos exemplos que deveriam ser aplicados atualmente.
O objetivo deste texto não é necessariamente uma critica, mas uma oportunidade de contar às novas gerações como se vivia sem MST, MTST, black bloc,  balas perdidas, cracolândias, e sem propaganda politica obrigatória, isso há meio século.

Família -  em primeiro lugar quero ressaltar que havia Família constituída de  pai, mãe, filhos, netos/as, avós, bisavós,  tios/tias, primos/as... Mesmo enfrentando dificuldades ou diferenças entre si, formavam uma egrégora com sólidos laços afetivos.

MST – Havia os sem terra – pessoas que realmente queriam trabalhar a terra, e para tal não necessitavam ser proprietários e arcar com todos os encargos e custos de uma propriedade . Eles negociavam o uso de um espaço (uma quarta de terra, por exemplo) onde, em sistema de rotação de culturas plantavam gêneros de produção rápida como: feijão, batata doce, batatinha, amendoim, milho, milho de pipoca, cebola, alho, abóbora e outros.  O acordo com o proprietário era por um ou dois anos em parceiras como meieiros, terceiros e até arrendatários por um valor fixo pelo uso da terra. Em geral moravam na cidade; nos intervalos dos trabalhos nessa terras eles faziam empreitadas de roça de pastos, capina de lavouras e colheitas de café, por exemplo. A colheita era para consumo e venda direta em feiras na cidade ou de porta em porta.
As leis trabalhistas aliadas a inúmeras formalidades burocráticas inviabilizaram a participação do pequeno proprietário nessa relação de trabalho e uso do solo. Resultado – os sem terra foram excluídos da cadeia produtiva que visava o seu sustento e independência econômica. Hoje os politizados sem terra do MST com certeza não aceitariam essa relação de uso social do solo produtivo, pois significa ter que assumir responsabilidades e arcar com o trabalho sem patrão para garantir uma renda chova ou faça sol.  

Os Pobres e os Moradores de rua – não havia moradores de rua, nem favelados, nem ‘dimenor’ cometendo crimes. Havia pobres, porém eram pessoas que se esforçavam para ter um ganho seu de forma honesta sem esperar pelo ‘maná caindo do céu’, nem pelo pai Estado. 
O Estado, a Igreja e a Sociedade eram solidários com os menos necessitados, menores sem família, idosos, doentes. Havia escolas não só nas cidades, mas na área rural também. Entidades e clubes sociais também davam sua contribuição para garantir uma vida sem miséria.  

Bem antes do começarem a aparecer os ‘salvadores da pátria’, havia liberdade de ir e vir, respeito ao próximo, ética nas relações pessoais e sociais, segurança, livre iniciativa, tudo regido pela retidão de caráter e exemplo dos mais velhos.

É bom aprender a olhar para o passado sem medo, pois ninguém sabe o dia de amanhã. Vivemos num mundo material de ilusões que pode se eclipsar mais rápido do que se imagina. O núcleo familiar será o melhor reduto que um cidadão pode aspirar.

A propaganda politica enganosa dos dias atuais envergonha a sociedade cansada da falta de respeito desses indivíduos que fazem da politica um meio de viver às custas de quem trabalha. Cuidado com os candidatos cujos projetos genéricos nada tem a propor e que façam a diferença do que aí está.