Política
não é meu assunto favorito, mas é impossível fechar os olhos e fazer ouvidos
moucos diante do panorama mundial. A política menor praticada por grupos
mumificados em conceitos ideológicos superados está a produzir milhares de
vitimas, que, sem querer, foram envolvidas no jogo sujo de interesses de
indivíduos inescrupulosos que usam e abusam do poder econômico, político,
ideológico de domínio dos povos; isto para não dizer que até se divertem com
suas experiências com as massas ignorantes para atingi-las principalmente em
sua liberdade e valores individuais.
No momento alguns dos países em foco são:
Ucrânia – terra dos cossacos, povo
habituado à luta. As manifestações e a deposição do Presidente demonstram a
determinação do povo. Esperar para ver os desdobramentos e o final da história.
Por enquanto, nada a comemorar.
Venezuela – inferno e perseguição –
essa é a manchete recorrente para explicar a situação atual.
Multidões de estudantes e cidadãos que se opõem ao governo do
presidente venezuelano Nicolás Maduro foram brutalmente atacados com armas de
fogo pelas forças de segurança. Pensar diferente do ‘reizinho’ é crime.
Todo governo que respeite os direitos humanos deve
respeitar o direito de seu povo de manifestar-se pacificamente. O uso da
violência é inaceitável. A sábia palavra de Gandhi: “Olho por olho e o mundo
inteiro se tornará cego” lembra o sagrado direito de todos. O governo da
Venezuela deve respeitar os direitos humanos, sobretudo os dos opositores.
Síria – os noticiários vão se espaçando e deixando à
deriva um povo massacrado, sem pátria, sem rumos. Será mais uma daquelas
intermináveis guerras onde o mais importante é o lucro da indústria bélica?
Brasil – em março próximo completará 50 anos a vitoriosa
ação das Forças Armadas que frustraram uma guerra civil em curso. Não fosse a
ação rápida e firme e hoje o Brasil seria mais uma Cuba, uma Venezuela, uma Coréia
do Norte... Estaria mergulhado num conflito, onde todos sabem como começa, mas
nunca sabe como irá terminar.
Nossa experiência e vivencia: - De nossa parte, talvez por índole somada à
solida orientação familiar, e aproveitamento escolar, passei ao largo dos
acontecimentos nesses 50 anos. Foi um período
muito bom para trabalhar, produzir, ir e vir – quem quisesse sair do país
podia; havia até o slogan; “Brasil, ame-o ou deixe-o”. E é dessa época a outra
frase – ‘o último que sair apague as luzes do aeroporto’, - que era dita em tom
irônico por conta dos que saíram sem necessidade, pois nada havia contra eles.
Segui o caminho do meio que nada tem a ver com ‘ficar
em cima do muro’. É uma situação onde se fica na mira dos dois opostos. Nada a
reclamar. Tive plena liberdade na elaboração das lições de Educação Moral e
Cívica, além de lecionar Geografia Regional no colegial onde estudar a URSS
fazia parte do planejamento didático anual. Ensinamos fatos e não ideologias, como deve
ser o ensino na formação da personalidade livre dos jovens para que aprendam a
conhecer para depois optar.
O período de governos militares terminou com um saldo
positivo, tão positivo que hoje o país ainda sobrevive graças às obras
realizadas naquela época.
Os que queriam o poder pelo poder estão hoje aboletados
no governo fazendo todos os estragos possíveis e imagináveis, enquanto vendem
um Brasil maravilha. Maravilha para eles que, à moda dos dirigentes comunistas,
vivem vergonhosamente à larga e no luxo à custa dos cofres públicos.
Finalizando – A guerra fria não acabou. Fizeram uma pausa para
afiar as unhas. A presença de atletas americanos em Sochi não significa o fim
de interesses antagônicos que dominaram as potencias ocidentais e orientais.
Os conflitos pelo mundo são alimentados por
mentores da política menor – digamos ‘os sujeitos ocultos’, inescrupulosos - que
se divertem manipulando os acontecimentos, num verdadeiro jogo de xadrez. A hora
e a vez são de alguns países como a Ucrânia e países próximos e da Venezuela
com reflexos na vizinhança; no caso o Brasil, e países do MERCOSUL.
Governos centralizadores que querem controlar tudo,
um dia ficarão com o mico na mão. Será que os governantes não tiveram infância para
aprender que no jogo da vida é preciso saber ganhar e também perder? A impressão
que fica é que muitos deles caíram no conto – ou no canto da Sereia – e hoje
não passam de marionetes, a passear ufanos com o ego em alta.
O Brasil foi um privilegiado por não ter mergulhado
numa guerra civil que estava em curso no início dos anos 60. Nos dias atuais, toda
atenção é pouca.