quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

UCRÂNIA – VENEZUELA – SÍRIA – BRASIL E OUTROS – A POLITICA MENOR E O ‘SUJEITO OCULTO’.

Política não é meu assunto favorito, mas é impossível fechar os olhos e fazer ouvidos moucos diante do panorama mundial. A política menor praticada por grupos mumificados em conceitos ideológicos superados está a produzir milhares de vitimas, que, sem querer, foram envolvidas no jogo sujo de interesses de indivíduos inescrupulosos que usam e abusam do poder econômico, político, ideológico de domínio dos povos; isto para não dizer que até se divertem com suas experiências com as massas ignorantes para atingi-las principalmente em sua liberdade e valores individuais. 
No momento alguns dos países em foco são:
Ucrânia – terra dos cossacos, povo habituado à luta. As manifestações e a deposição do Presidente demonstram a determinação do povo. Esperar para ver os desdobramentos e o final da história. Por enquanto, nada a comemorar.

Venezuela – inferno e perseguição – essa é a manchete recorrente para explicar a situação atual. Multidões de estudantes e cidadãos que se opõem ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro foram brutalmente atacados com armas de fogo pelas forças de segurança. Pensar diferente do ‘reizinho’ é crime.
Todo governo que respeite os direitos humanos deve respeitar o direito de seu povo de manifestar-se pacificamente. O uso da violência é inaceitável. A sábia palavra de Gandhi: “Olho por olho e o mundo inteiro se tornará cego” lembra o sagrado direito de todos. O governo da Venezuela deve respeitar os direitos humanos, sobretudo os dos opositores.

Síria – os noticiários vão se espaçando e deixando à deriva um povo massacrado, sem pátria, sem rumos. Será mais uma daquelas intermináveis guerras onde o mais importante é o lucro da indústria bélica?

Brasil – em março próximo completará 50 anos a vitoriosa ação das Forças Armadas que frustraram uma guerra civil em curso. Não fosse a ação rápida e firme e hoje o Brasil seria mais uma Cuba, uma Venezuela, uma Coréia do Norte... Estaria mergulhado num conflito, onde todos sabem como começa, mas nunca sabe como irá terminar.

Nossa experiência e vivencia: - De nossa parte, talvez por índole somada à solida orientação familiar, e aproveitamento escolar, passei ao largo dos acontecimentos nesses 50 anos.  Foi um período muito bom para trabalhar, produzir, ir e vir – quem quisesse sair do país podia; havia até o slogan; “Brasil, ame-o ou deixe-o”. E é dessa época a outra frase – ‘o último que sair apague as luzes do aeroporto’, - que era dita em tom irônico por conta dos que saíram sem necessidade, pois nada havia contra eles.   
Segui o caminho do meio que nada tem a ver com ‘ficar em cima do muro’. É uma situação onde se fica na mira dos dois opostos. Nada a reclamar. Tive plena liberdade na elaboração das lições de Educação Moral e Cívica, além de lecionar Geografia Regional no colegial onde estudar a URSS fazia parte do planejamento didático anual.  Ensinamos fatos e não ideologias, como deve ser o ensino na formação da personalidade livre dos jovens para que aprendam a conhecer para depois optar.
O período de governos militares terminou com um saldo positivo, tão positivo que hoje o país ainda sobrevive graças às obras realizadas naquela época.
Os que queriam o poder pelo poder estão hoje aboletados no governo fazendo todos os estragos possíveis e imagináveis, enquanto vendem um Brasil maravilha. Maravilha para eles que, à moda dos dirigentes comunistas, vivem vergonhosamente à larga e no luxo à custa dos cofres públicos.

Finalizando – A guerra fria não acabou. Fizeram uma pausa para afiar as unhas. A presença de atletas americanos em Sochi não significa o fim de interesses antagônicos que dominaram as potencias ocidentais e orientais.
Os conflitos pelo mundo são alimentados por mentores da política menor – digamos ‘os sujeitos ocultos’, inescrupulosos  -  que se divertem manipulando os acontecimentos, num verdadeiro jogo de xadrez. A hora e a vez são de alguns países como a Ucrânia e países próximos e da Venezuela com reflexos na vizinhança; no caso o Brasil, e países do MERCOSUL.  
Governos centralizadores que querem controlar tudo, um dia ficarão com o mico na mão. Será que os governantes não tiveram infância para aprender que no jogo da vida é preciso saber ganhar e também perder? A impressão que fica é que muitos deles caíram no conto – ou no canto da Sereia – e hoje não passam de marionetes, a passear ufanos com o ego em alta.

O Brasil foi um privilegiado por não ter mergulhado numa guerra civil que estava em curso no início dos anos 60. Nos dias atuais, toda atenção é pouca.