terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

AS TEMPESTADES E OS MIASMAS (Ver Nota 1) NATURAIS E SOCIAIS.


Este texto é uma releitura dos ensinamentos recebidos desde minha infância. Eles continuam válidos. A linguagem também, mesmo que alguns considerem de difícil compreensão o idioma oficial – português.

Nota 1Miasmas > emanações mefíticas (pestilentas, podres, fétidas) do solo, tidas como causas de várias doenças. Fig. > influencia deletéria, corrupção, podridão.

Tempestades Naturais - Uma tempestade com rajadas fortes de vento seguidas de chuvas torrenciais tem suma importância para dispersar os miasmas deletérios que se acumulam e são mais nocivos do que a ação drástica dos elementos da própria natureza. A limpeza se faz e o ar purificado traz novo alento. Tudo ganha vida nova.

Tempestades Sociais – A sociedade como um todo também acumula ao longo do tempo os seus miasmas deletérios amplamente alimentados pelo acúmulo de ações tão perniciosas e pestilentas quanto à podridão acumulada pela natureza. É um mal que persegue a humanidade.

Quando uma tempestade natural se anuncia, os sinais e ruídos que a precedem: são nuvens escuras revoltas, raios coriscando nos céus, trovões a ribombar, rajadas de ventos ululantes como mil demônios em fuga, saraivadas de granizo e bombardear... Era ‘San Pedro rodando los pilones  para limpiar el cielo’ diziam os mais velhos para tranquilizar as crianças.

Numa Sociedade o alvoroço descabido de grupos ruminando formas de dominação sobre os demais, empesteia tudo com seus atos de corrupção, tão deletérios e podres que tornam o ar irrespirável para os demais, indicam o grau de convulsão que está para vir... A toda ação há a reação correspondente.

Uma tempestade Natural tem seu curso traçado e tempo de duração. Ela atinge áreas limitadas o que garante a continuidade do que é desejável. É um sábio recurso de purificação presente nos desígnios da renovação da vida.

Uma convulsão social não ocorre por acaso. Ela foi gestada pelo acumulo de erros dos humanos, das vibrações maldosas emitidas por mentes doentias cujos  interesses são ditados pela hipocrisia e por sentimentos egoístas, de inveja e ganância tão pestilentos quanto os depósitos de limo podre e malcheiroso dos lixões.

O ser humano não é um mero elemento a mais na natureza; portanto está sujeito tanto a uma como a outra forma de tempestades. Sobre a da natureza ele não tem controle. Sobre a de ordem social ele é agente e paciente, portanto tem por obrigação enfrentar e rechaçar a ação deletéria a que está exposto. As armas de que dispõe são a Verdade, a Clareza e a Justiça para restabelecer a Ordem. Só assim preservará sua identidade e direitos.

Os ecos do passado são mais do que histórias. São lições para as gerações do presente.  A frase que segue é de 1920! Leia e reflita:

- ‘Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada’. (Ayn Rand – filósofa russo-americana, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920).