Acontecimentos bárbaros e absurdos sem limites
tomaram conta do país desde meados do ano passado. Uma verdadeira luta contra a
Democracia está em curso. Declarações
irracionais são emitidas a esmo como se os cidadãos não tivessem inteligência
para discernir fatos. É ano político, dizem. É, mas isso não justifica o
comportamento de linchamento moral a que se dedicam setores que deveriam ser o
baluarte do bom senso. O entorno das manifestações – leia atos de vandalismo e
barbárie – sofre de falta de pudor, respeito, civilidade, ordem, equilíbrio.
A repetição de frases feitas defendendo os
‘movimentos’, indicam o grau de irracionalidade a que se chegou. Fomentar uma
conduta discriminatória sócio-econômica - étnica passou a ser a tática político
ideológica que está acirrando os
conflitos de rua promovidos por
verdadeiros terroristas – como ocorreu na recente manifestação no Rio de
Janeiro que vitimou o cinegrafista Santiago Andrade.
Impor a ordem, restabelecer a Verdade e promover
a convivência pacífica e respeitosa só será possível através de motivações
novas com a adoção de comportamentos desejáveis, a começar pelos senhores
políticos. Só discurso não resolve e muito menos novas leis que serão dúbias
como as que já existem e que deixam margem a interpretações conforme os
interesses particulares.
Quais
as Soluções? - O mundo fervilha. As cadeias
estão superlotadas, os crimes se sucedem cada vez mais hediondos. Fazer o que?
– É preciso consultar o passado para corrigir o
que não opera bem no presente. Não é necessário medidas extraordinárias como a
pena de morte. O bom senso pode resolver muitos problemas como lemos em Números
(35 – 9 e seg.) sobre as cidades refúgio.
São do passado também o degredo e,
no Brasil havia as Bandeiras, que
naturalmente não tem espaço no mundo moderno naqueles moldes do passado. A próspera megalópole paulista de hoje já foi
uma vila pobre que sofria com o crescente numero de desocupados e baderneiros – inclusive
nativos que vivam aldeados ao redor da Vila. A solução para aliviar as tensões
sociais da época foi a organização de Bandeiras, que incluíam até autoridades,
escrivães, padres... deixando para trás apenas os velhos, mulheres e crianças.
Ferrolhos
não reeducam e no país há muito por fazer com
espaços imensos a serem ocupados de forma racional. Incluam nisso projetos de
recuperação do meio ambiente, como o que foi feito, por exemplo, na Cornualha
onde uma mina abandonada foi transformada em um parque tropical em plena região
temperada (!). O sofrido Nordeste está aí à espera da boa vontade de seus políticos...
– o que dispensa obras faraônicas como a transposição do rio São Francisco.
Quem se presta ao degradante serviço de
mercenário contra a Democracia precisa mais do que castigo. Precisa vivenciar uma
nova forma de vida que ele desconhece. Modelos é que não faltam. Já citei o
caso de detentos franceses que passam uma temporada livres em acampamentos no norte
da África vivenciando novas experiências.
Conclusão
- Todo ser humano precisa aprender a se desligar do velho modo de vida a
que foi condicionado de forma negativa e cultivar uma nova forma positiva de
agir, sentir, pensar, interagir...
A filosofia da civilização atual se baseia em
TER, na posse de bens, no domínio das pessoas e do poder pelo poder. Isso tem
que ser mudado. Só discurso não resolve.
Uma nova relação entre os homens só será possível
através de um pacto social onde a Lei seja o reto agir restabelecendo a
confiança mútua pautada pela intenção da ação positiva onde a palavra seja suficiente.