Teorias são teorias
e cada um tem o direito de acreditar no que lhe convier. Até tem o direito de
elaborar sua teoria e alimentar a lenda que acaba por receber o nome de
história da civilização, desde que tenha sido registrada.
A LENDA HUMANA
– Os povos se sucedem. São apresentados como se tivessem tido geração
espontânea, surgido do nada e repentinamente estão guerreando, disputando
territórios, usurpando reinos, escravizando povos, dominando e sendo dominados.
As suas histórias viraram lendas contadas pelos sobreviventes. Cada um tem sua
comissão da Verdade. Nada há de novo a não ser os métodos mais aperfeiçoados de
agir.
AS CLASSES
SOCIAIS - A qual
classe social você pertence? Tem cartão de crédito? Tem casa própria? É um
sem-teto? Carro, salário, acesso ao lazer e cultura?
– Nada muda desde Salomão,
o Rei Sábio, que segundo dizem, foi ele o inventor das classes sociais. Em seu
reinado foram construídos palácios, templos, muralhas e outras obras magníficas;
foi incentivado o comercio e as atividades artesanais; formaram-se exércitos;
e, naturalmente havia o povão – trabalhador braçal e escravos. Reis e cortes
pomposas, sacerdotes e serviçais do templo, juízes, nobres e guerreiros de importância
viviam no luxo do consumismo e das mordomias que a posição lhes outorgava. Ao povo
restava a mediocridade de sempre – já havia os sem terra, sem teto, sem eira
nem beira...
A lábia, a hipocrisia, a inveja, o cinismo é marca registrada de
há muito tempo e grassou em todas as classes sociais.
HIPNOSE OU
PODER DE CONVENCIMENTO – Lideres nascem feitos. Mas também
podem ser fabricados. Quando surge um personagem como foi Adolf Hitler, e
apesar de todos os sinais de desvario indicando um possível desequilíbrio
mental, em nome da liberdade lhe é permitido que chegue a postos de comando,
leva a catástrofes como a história registra. No caso de Hitler ele movimentou a
civilização rumo a uma nova ordem mundial. Seu ataque sobre outras potencias
não foi simplesmente por territórios, por colônias, por comércio. Foi um ataque
aos valores que existiam atingindo a honra e o respeito à dignidade humana, em
particular ao povo não ariano. Agiu como uma voz a serviço da destruição.
E hoje? Que pensar do comportamento de um
Nicolás Maduro e o encantamento do chavismo que parece ter obscurecido a
capacidade de raciocínio de governantes da América Latina? A que paragens
levará mais essa lenda hipócrita?
Concluindo:
- São Lendas... Nada mais que lendas! - dirão os filósofos historiadores a
registrar os fragmentos do que restou de um passado remoto. O que mais
surpreende é que, apesar de termos um razoável sistema de informação da
história recente, muitos das novas gerações já olham para os acontecimentos de
meados do século passado como se lendas fossem. E ainda temos as comissões da
meia verdade para completar a lenda pessoal traduzida de acordo com sua
interpretação. Vale tudo para garantir um lugar ao sol.
Dar voz a liberdade
de lunáticos cujo poder de convencimento inebria multidões, é o mesmo que
assinar um cheque em branco. Depois é correr atrás do prejuízo.