A maconha outra vez
na ordem do dia. Vinte mil assinaturas são suficientes para que o assunto vá a
plenário para se discutir sua descriminalização, uso, comercialização, cultivo,
etc., no país. Será por falta de informação ou o cérebro desses indivíduos já
está lesado?
Imaginem, se a
fumaça do cigarro contamina o ambiente e causa estragos nos pulmões dos não
fumantes – fumantes passivos -, o que esperar dos estragos no cérebro não só
dos usuários como dos demais cidadãos expostos aos malefícios que a droga pode
produzir no ambiente familiar e social.
Não é porque o
cigarro e as bebidas alcoólicas que viciam, causam dependência e matam, têm regulamentação de uso, é que se deve acrescentar mais um item à lista para
causar mais estragos na saúde dos indivíduos e problemas inclusive de mais
poluição no já deteriorado submundo dito civilizado. Morei numa chácara que
havia tido plantação comercial de pita e a planta renascia de vez em quando
obrigando sua erradicação. A planta arrancada era amontoada e queimada produzindo
muita fumaça e forte cheiro que se dizia servir para espantar insetos e
cobras...
Que eu saiba, em
terras produtivas do Nordeste brasileiro há plantações de maconha que exigem a
ação da policia na erradicação dessas plantações clandestinas e fazendo fogueiras
foi mostrada na TV.
Estarão querendo
legalizar o que já existe?
Para quem não
conhece o assunto – drogas e os efeitos da maconha no organismo das pessoas - segue
um resumo sobre o assunto:
TÓXICOS
– CONCEITUAÇÃO – Tóxicos são substancias naturais
ou sintéticas, que ingeridas habitual ou regularmente, intoxicam o organismo,
podendo ocasionar alterações somáticas, psíquicas ou ambas, dependendo sua
atuação de fatores diversificados, entre os quais distinguimos os
farmacológicos e os psicológicos.
Toxicomania segundo
a OMS é o estado de intoxicação periódica ao crônica, prejudicial ao individuo e à
sociedade, determinado pelo consumo repetido de uma droga em que há um
invencível desejo ou necessidade de consumi-la; ima tendência a aumentar as
doses e uma dependência de ordem psíquica, e às vezes física de seus efeitos.
Segundo psiquiatras
que estudaram os efeitos dos tóxicos nos indivíduos, a toxicomania seria um
subproduto do desenvolvimento da sociedade contemporânea onde se constata uma
defasagem entre o homem e a sociedade tecnológica.
Na definição
clássica de Di Mattei, entorpecentes são venenos do homem e da sociedade; agem
eletivamente sobre o córtex cerebral; são suscetíveis de produzir embriagues
agradável, podem ser tomados em doses crescentes sem determinar envenenamento
agudo e morte, mas são capazes de provocar estados graves e perigosos de abstinência,
alterações somáticas e psíquicas profundas e progressivas.
Mesmo as
substancias tóxicas consideradas de menor potencia (maconha, por exemplo) são
capazes de modificar isoladamente ou em conjunto o pensamento, a percepção, o
humor e a atitude, sem produzir a dependência; porém, a superdosagem pode causar desorientação, distúrbios de memória, estupor e até narcoses. O aumento
de doses leva ao hábito ou vício e consequente sujeição psíquica. A maconha faz
parte dessas substancias habituógenas que levam à dependência. Ela é classificada como substancia alucinante ou fantástica.
Finalizando:
a Maconha contém o segundo mais potente agente alucinógeno
o Delta 9 Tethrahidrocanibal – THC – que a ciência conhece. Seus princípios curativos
e analgésicos podem ser utilizados na medicina como o de outras drogas
altamente tóxicas. Como uso recreativo como estão propondo, aí é preciso
conhecer os efeitos negativos sobre os usuários: distorção da percepção,
confusão mental, irritabilidade, depressão, euforia com ataque de
agressividade, vertigens, náuseas, vômitos, reações cardiovasculares, distúrbios
gastrointestinais, irritação da mucosa, tosse, bronquite; sinais neurológicos: tremores,
movimentos involuntários, dilatação da pupila, fotofobia, catalepsia,
perturbações psicomotores; pode causar danos irreversíveis no cérebro;
fragmentação do pensamento; e, se a pessoa já tem tendência à neurose ou
esquizofrenia, o estrago é irreversível.
As motivações
desses 0,01% de cidadãos defensores da produção, comercialização, uso da
maconha não devem suplantar os direitos de milhões de pessoas. Liberdade com responsabilidade e bom senso
deve ser a norma de uma sociedade dita democrática.