Gnose,
Sufismo, Taoísmo - três áreas de expressão cultural de diferentes povos que
procuram explicar como o homem entende sua relação com o divino. (Este pequeno
texto fez parte o Shvoong.com - 2011)
GNOSE – É o saber por excelência, alta
teologia, filosofia dos magos, gnosticismo.
O
gnosticismo é o sistema lógico-filosófico cujos seguidores diziam ter um
conhecimento sublime da natureza e atributos de Deus.
Os dogmas
básicos são a emanação, a queda, a redenção e a mediação, exercidas por
inúmeras potencias místicas entre as divindades e o homem.
Entre as
características dos gnósticos destacam-se tanto um dualismo absoluto de
Deus-Mundo, Espírito-Matéria, Bem-Mal, ainda uma sequência de emanações do Deus
transcendente e supremo a se desdobrar sobre o mundo da matéria e do mal. O
homem que foi arrastado a essa luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, só
pode ser salvo pelo conhecimento das reais interdependências das coisas.
Sua
origem é dos primeiros séculos de nossa era e se diversificava de acordo com
as várias seitas visando conciliar todas as religiões e a explicar-lhes o
sentido mais profundo.
Tomé foi
ao Egito e pregou entre os Gnósticos, tendo deixado entre eles o resumo da Boa
Nova de Jesus Cristo que conhecemos hoje como o Evangelho Segundo Tomé.
SUFISMO - O Sufismo é uma seita
mística de origem islâmica, arábico-persa segundo a qual o espírito humano é
uma emanação do divino, no qual se esforça por reintegrar-se.
Prevaleceu
na Índia, a partir do século IX.
Os
Sufistas insistem na crença de um estado de pureza, ilusões terrenas e pela
consagração da alma aos prazeres celestiais.
As idéias
básicas têm fundamento no Corão, mas também sofreram influencias do
cristianismo, budismo e hinduísmo. Há práticas de ritos e tem uma hierarquia
sacerdotal, um sistema monacal e um santuário dos santos reconhecidos pela
seita.
A dança é
um dos modos de elevação e meditação do Sufismo; como o Zen, se concentra em
fugir do sentido vulgar dos conceitos para alcançar os níveis 5 e 6 da evolução
interior.
TAOISMO
- Segundo os chineses, TAO é o princípio supremo, o CAMINHO, a forma
pela qual tudo funciona.
Para os
taoístas, natureza e espírito são uma coisa una.
Não se
tem que renunciar à natureza e sim à individualidade do próprio ser. Quando se
consegue realizar essa renúncia, a natureza se transformará milagrosamente na
luz eterna do TAO. As coisas passam a ter outro sentido, pois, percebe-se
então, a unidade de tudo o que existe.
A união
do homem ao TAO, sintonizando em si esse princípio supremo, é que vai permitir
ao homem libertar-se.
Ao
contrário das filosofias e religiões proféticas ocidentais que acreditam num
Deus dos
homens (de Abraão, de Israel, de Jacó, etc.), os Orientais crêem num principio
místico que nada tem a ver como Deus das religiões ocidentais. Mas é um
principio do ser imutável que é fonte de toda atividade, o Uno do qual tudo
procede, ou seja: TAO = Caminho!