O país passa por grave crise econômica e política
em decorrência da corrupção, do abuso do poder, do desrespeito à ordem
democrática, da manipulação dos fatos históricos, com constantes manifestações
neuróticas de pessoas que ocupam cargos na República.
A recente fala de um psiquiatra em relação ao
comportamento de representantes do governo no constante discurso do ódio, do
confronto, da desconstrução do outro, da lamentação pelos sofrimentos na
infância, no exílio, durante a ditadura,
etc., chamou minha atenção. Disse ele que certos problemas comportamentais se
resolvem num divã.
- Seria o caso de começar a encaminhar aqueles que
sofrem de alguma forma de perturbação do ID, do Ego, do Superego (as três
partes da personalidade humana) para uma terapia? - (ID >
(primitivo, inconsciente) -
energia psicológica que visa a satisfação das necessidades básicas
biológicas (fome, sede, sexo) vivem em conflito com o EGO (lado racional) reprimido e o Superego ou consciência)
Parece que enquanto o ID, o Ego e o SUPEREGO dos personagens em questão, continuarem em
crise e não se entenderem, ficaremos com uma agenda ensaiada de pantomimas / e
memes de personagens em crise existencial
perene...
- ‘Manha’ – a arte de ser infeliz tem cura?
– A Sofrologia foi uma das terapias alternativas dos anos 60 para tratar dos
problemas psicológicos liberando tensões, stress, dores físicas com a
finalidade de equilibrar o sistema nervoso conseguindo assim a harmonia entre a
mente e o corpo. Ou, o estudo da consciência em equilíbrio através da mente onde
todos os sofrimentos reais e imaginários são exaustivamente trabalhados até
esgotá-los.
Estudei psicologia educacional como disciplina
indispensável para exercer a profissão de professora. Conhecer a si próprio
deve ser o principal objetivo deste estudo, para depois poder avaliar o
comportamento alheio. Cansei de ver ‘encenações’ não só de crianças, mas também
de adultos que, para fugir de responsabilidades e ou não sair de sua zona de
conforto, apelavam para ‘crises’ as mais
variadas, desde as existenciais, às de fuga da realidade, passando por
chiliques, choro e desmaios. Em alguns casos era verdadeiro meio de vida – pura
‘manha’ premeditada desavergonhadamente,
ou artimanhas onde o ataque ao outro era usado como uma forma de defesa mesmo que não tivesse sofrido
agressão.
Nos anos 80 estudei os movimentos alternativos onde
a New Age tentava ditar uma agenda
comportamental dentro de um novo conceito de vida e o materialismo moderno deveria ser substituído
por valores espirituais – abrangia o conhecimento e a prática de religiões
orientais, psicologia, astrologia, ocultismo, questões ambientais, medicinas
alternativas, vida junto à natureza, ufologia, etc.
Havia
de tudo nesse meio alternativo incluindo os ‘coitadinhos’ oportunistas prontos
a usufruir das benesses do coletivo sem ter que assumir compromissos. Ou seja, não é exclusividade
dos dias de hoje a existência dos tais grupos sociais praticando
a arte de serem infelizes cobrando da
sociedade direitos sem oferecer uma contrapartida de benefícios para o
coletivo.
Que mal
pergunte - qual é mesmo a contrapartida oferecida pelos ditos movimentos
sociais que vivem à sombra de governos populistas, como todos aqueles que ontem
se apresentaram nas ruas em defesa da corrupção?
O DIVÃ NÃO CURA TUDO > Somos uma espécie cujas
origens e evolução conhecida tem raízes num passado remoto que deixou seus
registros no DNA - incluindo aquele que
foi doado no momento da Criação - e no inconsciente coletivo ( parte da mente cujos pensamentos e processos não
são conhecidos pela mente consciente). O inconsciente coletivo conteria a memória
ancestral comum a todas as pessoas.
A ciência médica tem muitos caminhos para resolver
conflitos de ordem psicológica, porém há os matreiros de plantão que driblam a
vigilância e abusam do direito de questionar situações em beneficio próprio.
Os comportamentos
‘ditos normais’ incluem atos falhos,
pequenas manias, distorção dos fatos, mentirinhas, encenações teatrais,
criancices, manhas, etc., que não causam danos a ninguém. Porém, o que ocorre
atualmente no país, já extrapolou os limites e pode esconder uma esquizofrenia, uma neurose
maníaco-depressiva, uma psicose, um desequilíbrio mental por traumas e/ ou uso
de álcool, drogas e outros vícios que podem comprometer não só a saúde do
individuo em questão, como a vida
familiar, social e até política da Nação. Neste caso cabe à Justiça cumprir seu papel para coibir a prática
abusiva da mentira, da corrupção, da
intimidação, da violência que podem comprometer a ordem e a segurança nacional.
Não podemos nos intimidar com a prática da projeção
no outro dos medos, problemas e neuroses que eles vivenciam.
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Nota: - A seguir, destaque para três
eminentes personalidades que estudaram o
comportamento humano:
Freud, S. > (1856
– 1939) > influente neurologista vienense, fundador da Psicanálise. Após
praticar medicina geral interessou-se pela saúde mental e investigou a mente
subconsciente através da hipnose, da análise dos sonhos, das recordações de
infância e da Livre Associação dando
ênfase à sexualidade. - ‘O falso é às
vezes a verdade de cabeça para baixo’ (S. Freud).
JUNG, C. G, > (1875 – 1961) – psicólogo suíço desenvolveu
teorias próprias, rejeitando a ênfase dada por Freud na sexualidade como motor humano fundamental. Ele procurava
entender a mente inconsciente pela análise do profundo simbolismo das experiências religiosas, dos
mitos, dos sonhos,. Muitos desses símbolos são originários do Inconsciente coletivo
humano que ele acreditava ser composto por Arquétipos (idéias e valores
inconscientes herdados). Classificou as pessoas segundo a personalidade em
introvertidos e extrovertidos e identificou a existência de um traço feminino nos homens (anima) e um traço
masculino nas mulheres (animus).
Uma parte
da psicoterapia de Jung que tentou dar um sentido de harmonia entre paciente e
a raça humana influenciou muitos grupos da New
Age.
Skinner, B.F > (1904 – 1990) – psicólogo americano que
concluiu que a maioria do comportamento humano e animal é aprendido através do
processo de tentativas e erros. Sua teoria sobre os ‘Condicionamentos
operantes’ afirma que os homens e os animais repetem as ações que lhes trazem
recompensas – ‘reforço positivo’ – e evitam práticas pelas quais são punidos –
‘reforço negativo’. Ele sugeriu que esses métodos poderiam ser usados para
modificar comportamentos e, controversamente, para resolver os problemas
sociais e políticos.