Perguntam se o Brasil tem jeito. Claro que
tem. Não é porque os escândalos se sucedem no país, que devemos perder as
esperanças.
É verdade que o panorama é preocupante:
- Educação? – Os pais, primeiros
educadores foram desautorizados pelo sistema que deseja apropriar-se das mentes
dos indivíduos desde a primeira infância, para que todos pensem ‘politicamente
correto’.
- Os professores também foram cooptados
para que cumpram agendas de interesse do Estado e não currículos com
conhecimentos de interesse dos estudantes.
- As Igrejas, em sua maioria se
transformaram em empresas...
- As empresas foram desestruturadas – as
que não fecharam perderam sua função econômico-social que deveria atender aos
interesses da coletividade.
- Os políticos em sua maioria perderam
os parâmetros entre o público e privado. . E, ainda temos que ouvir de alguns
que: ‘A Lei sou eu!’; ...’a nossa ética...’; ‘nossos valores democráticos’; e,
quando o que a Lei diz, contradiz suas posturas, não se vexam em querer mudar
as Leis e sua aplicação: - A lei, ora a lei!...
- A Justiça navega por mares revoltos oscilando
entre punir a corrupção que transborda, ou desculpar hipocritamente os desvios
de conduta de autoridades e servidores sem ética. Segundo os depoimentos do Sr.
Paulo Roberto Costa à CPI, a roubalheira é generalizada dentro do governo desde
o Governo Sarney e que, a roubalheira que ora está sendo exposta dentro dos
quadros da Petrobrás, vigora em todos os setores do governo. Faz sentido que
algumas dezenas de políticos estejam envolvidos – só falta declinar os nomes,
pois os nomes de seus superiores já não são mistério.
Já falam em DNA da corrupção na política
brasileira. Citei no título deste texto os nomes que o Brasil teve: Ilha de
Vera Cruz e Terra da Santa Cruz, e finalmente Brasil.
Historicamente sabe-se que a denominação
‘brasileiro’ era aplicada aos contrabandistas de pau-brasil.
Verbete do dicionário “Aurélio’ diz: Brasileiro> adj. 1- de, ou pertencente ou relativo
a Brasil. S. m. 2- O natural (indígena) ou habitante do Brasil. Sin.: (nestas
opções: brasiliano, brasiliense, brasílico, brasílio). 3- Alcunha com que os
portugueses designavam seus compatriotas que voltavam ricos do Brasil.
Corrupção, não há duvidas de que é
histórica.
É só lembrar que já na primeira República, Rui
Barbosa, o então Ministro da Fazenda dizia: “Cortemos energicamente as despesas. Eliminemos as repartições inúteis.
Estreitemos o âmbito ao funcionalismo, reduzindo o pessoal e remunerando-lhes
melhor o serviço. Moralizemos a administração, norteando escrupulosamente o
provimento de cargos do Estado pela competência, pelo merecimento”. (Sic).
A constante distorção da história nacional,
procurando generalizar o tal ‘jeitinho brasileiro’ como uma característica do
povo brasileiro está contribuindo para que uma descrença se estabeleça entre as
pessoas. Enquanto não houver limites para a ação de indivíduos que se ocupam em
depreciar seus semelhantes, seu trabalho, seus sentimentos, seus valores, o
país continuará dominado pela corrupção e por gestores incompetentes. Não basta mudar os titulares
dos ministérios (39), se eles terão que cumprir uma agenda pré estabelecida que
não lhes dá margem de realizar reais mudanças.
Mudanças! - Há pessoas que mudam de nome para
melhorar suas vidas.
– “Ilha de Vera Cruz”, “Terra da Santa Cruz”, ou Brasil? –
qual é o melhor nome para a identidade nacional?
– Mas, o melhor ainda será mudar o curso desta
história de corrupção. As pessoas agem correto porque sabem o que é correto, e
não porque os outros estão olhando. A isso se dá o nome de caráter.