quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A CURTA Memória PALEOCLIMÁTICA

Mais uma conferencia internacional sobre mudanças climáticas está acontecendo. Há  falta de interesse em estudar o assunto abrangendo longos períodos para entender o que está a ocorrendo no planeta.  E, a memória em termos de clima é curtíssima. Por falta de estudos e de  divulgação de informações corretas abrangendo espaços de tempo maiores, as pessoas se esquecem em primeiro lugar que uma das características do clima é a sua permanente variação.
As grandes variações climáticas observadas no passado são maiores e mais importantes do anunciado pelo “aquecimento global” que confunde alterações climáticas e ação predadora -poluidora do homem, colocando tudo na mesma temática.
Um estudo abrangente dos grandes movimentos de conquistas e ocupação de terras no passado demonstra que os períodos de climas mais quentes determinaram uma expansão e ocupação de novas áreas; são períodos de prosperidade.
Exemplos: A formação do império romano; a presença dos Vikings na Groenlândia e ao norte da América do Norte (Vinland) entre 1150 a 1300; a expansão do cultivo de vinhas no norte europeu, atingindo até a região da Escócia.
O mesmo se pode dizer em relação à África que nos anos 60 se beneficiou com altos índices pluviométricos o que fez com que a região do deserto do Saara recuasse para o Norte; a situação se inverteu em 1972.
Na Sibéria o inverno do ano 2000 apresentou temperaturas mais baixas e a Mongólia teve de recorrer à ajuda internacional para enfrentar um inverno rigorosíssimo.
Na África entre 18 mil e 15 mil anos atrás quando a Terra passava por um período glaciário, as temperaturas médias eram 5ºC inferiores às atuais. O deserto do Saara era mais extenso e o Continente quase não tinha florestas. Já entre 8 mil e 6 mil anos atrás, as temperaturas eram superiores em 2ºC às atuais e as florestas também eram mais extensas. No deserto do Saara ocorriam abundantes chuvas formando grande número de lagos e pântanos. A criação de gado era atividade normal na região. O avanço de 200 a 300 km do deserto do Saara para o Sul, não é prova de aquecimento global. Aquecimento entre 1200 e 1500 na região do Sudão e Saara, significou ocorrências de mais chuvas e de mais desenvolvimento para regiões que antes eram secas.
E no Brasil?  - No Brasil, já tivemos períodos de glaciação seguidos de grandes desertos onde hoje é o interior de São Paulo; presença de animais de grande porte como os dinossauros em várias regiões; a Amazônia foi fundo de mar, ou melhor, um Golfão que foi sendo colmatado por sedimentos restando hoje a imensa rede hidrográfica da bacia Amazônica.  A grande região do atual pantanal mato-grossense também foi palco de transgressões e regressões marinhas no passado. Tudo faz parte de um processo de mudanças e variações climáticas naturais e dos constantes e gradativos ajustes da superfície terrestre e respectivo equilíbrio das grandes massas oceânicas. Em consequência a paisagem vegetal vai se adaptando às temperaturas e tipos de solos das quais dependem para se fixar e se desenvolver.
A ação do calor: - Algumas espécies dependem do calor intenso para se reproduzir; é o caso de espécies da floresta canadense – a sábia ação da natureza contribui com incêndios resultado da combustão espontânea de gás metano produzido pela própria floresta.
O planeta em movimento - Ao contrário do que se acredita a energia gravitacional da Terra e do Sol não foi sempre a mesma ao longo da história. Sabe-se, por exemplo, que a duração dos anos terrestres há alguns milhões de anos, segundo a escala oficial, era de 470 dias, e não de 365 como atualmente. Para se ter uma ideia, nestes últimos 2.009 anos, a Terra diminuiu sua órbita em 7 (sete) dias - de 372 dias para 365 dias.
As temperaturas também têm sofrido alterações, não só pela ação da energia térmica emitida pelo Sol, como também pela ação da energia gravitacional que tem aumentado não só em relação à Terra, mas também dos outros planetas do sistema solar. O fenômeno de aquecimento também tem sido observado em outros astros do sistema solar.
As alternâncias climáticas são uma constante. O aquecimento atual ou os períodos glaciais que ora avançam, ora recuam, não são culpa do homem como afirmam. Ele apenas sofre suas consequências ou se beneficia conforme o momento histórico que esteja vivendo.

Preservar a natureza, saber usar seus recursos, e não gerar poluição x lixões  é tarefa da sociedade e de seus governantes. Muito mais cômodo tem sido atribuir culpas do que achar soluções  mudando hábitos que dependem de educação e de contrariar “interesses”.