A história das realizações dos povos corresponde à verdadeira história, pois ela reflete um conjunto de ações econômicas, sociais e culturais que marcam e caracteriza uma época, um povo, uma Nação, num contexto geográfico, tudo influenciado por fatos momentâneos que envolvem pessoas e ideologias que passam, enquanto que as conquistas permanecem.
Comparado com outros países, os 500 anos de história da formação econômica brasileira é um período curto, porém significativo.
As macro-regiões geográficas naturais tiveram suas atividades econômicas associadas às diferentes condições econômicas mundiais, tudo sob a influência direta de povos que, embora falem a mesma língua, o que é um fator de aproximação, provém de grupos étnico-raciais com culturas e tradições muito diferentes.
Isso se reflete no conjunto. Assim, o povoamento feito no Sul e no Sudeste brasileiro, com predominância do imigrante europeu e asiático, introduziu na região não só usos e costumes diferentes, mas também uma mentalidade diferenciada em relação ao sistema de produção, exploração dos recursos naturais, indústria e comercialização.
Já, o Nordeste brasileiro com um meio geográfico diversificado, com regiões expostas ao clima semi-árido no interior e com um litoral de terras propícias para a cultura da cana-de-açúcar, ficou mais exposto às invasões estrangeiras na faixa litorânea; a presença do indígena e do escravo negro em maior proporção no período colonial permitiu uma forte miscigenação. Essa mistura maior dos diferentes grupos étnicos determinou o quadro atual. Usos e costumes, associados às condições naturais geraram um povoamento com atividades econômicas de características próprias regionais.
Por sua vez, a Amazônia, vasta região natural de florestas cortadas por rios, só poderia iniciar sua economia baseada nos recursos naturais. O nativo foi o elemento importante para o branco ali se instalar, pois ele conhecia os meandros da natureza e suas riquezas.
A região Centro Oeste correspondeu ao "sertão"; atualmente já recebeu a influência das demais regiões e caminha num alto ritmo de crescimento com destaque nacional.
Uma crise pode afetar o país como um todo. Porém, cumpre lembrar que todas as unidades da Federação, ou seja, cada Estado possui recursos naturais e humanos suficientes para transformar suas economias em uma potência regional.
- Por que isso ainda não ocorreu? Falta planejamento! Metas claras. Vontade política. E, mão de obra qualificada.
As bases da formação econômica do Brasil construídas nestes 500 anos tem garantido um crescimento em ondas e saltos; certamente a solidez desejada será concretizada se houver principalmente vontade política.
Cabe às novas gerações através de uma Educação de qualidade conhecer o passado para entender o presente e projetar um futuro sólido. Recursos o Brasil tem de sobra em sua imensa extensão territorial. Falta investir no seu potencial humano com uma educação mais prática e menos ideológica.
Em síntese: O Brasil sofre de falta de planejamento econômico e social. As metas não são claras. Ainda se vive ao sabor dos acontecimentos sejam de ordem natural clima com reflexos no fornecimento de energia e na produção agro-industrial, o que limita os investimentos seja de ordem política administrativa interna, ou dos acontecimentos internacionais bolsas em queda, economias prontas para explodir, desvalorização do dólar, falta e/ou desperdício de gêneros alimentícios, subsídios agrícolas, barreiras alfandegárias, etc.
CRISE = oportunidade. A crise está a bater na porta, não é de hoje. Criar oportunidades é necessário e urgente. Medidas paliativas como vem sendo feitas só adiam o problema. O Brasil precisa de Soluções duradouras.