quarta-feira, 18 de julho de 2012

O SONHO DA APOSENTADORIA

Antigamente o número de filhos era sinônimo de força de trabalho, produtividade, geração de riquezas para o grupo familiar. Essa riqueza era expandida para a comunidade através do fornecimento de gêneros de consumo, trabalho remunerado a empregados, distribuição de ajuda aos menos favorecidos, etc. Falo do que conheci e vivencie há mais de meio século atrás. Ainda há muitas pessoas que lutam para manter esse estilo de vida. Não pensam (e não pensavam no passado) na possibilidade de um dia se beneficiar dos cofres públicos com uma aposentadoria. Para muitos desses cidadãos - em geral pequenos proprietários - o sonho da independência e uma velhice tranquila, usufruindo dos resultados das economias obtidas graças ao seu esforço acabou devido a interferência do Estado em todos os assuntos. 
O objetivo de garantir independência econômica aos filhos atualmente transformou-se num peso pelos encargos a que está submetido.
O empreguismo inventado por esse mesmo Estado criou uma classe de assalariados que vivem hoje um regime de sim-escravidão. É só olhar para o que ocorre com a Educação pública e outros serviços. 
Por outro lado, com a promessa de gordos salários e aposentadorias convidativas, a indústria dos concursos públicos tornou-se uma fonte de renda de grupos que dominam o mercado dos cursinhos que procuram suprir as deficiências do ensino público. O 'luminoso' a piscar no horizonte indica a possibilidade de garantias financeiras vitalícias para quem conquistar um cargo público diferenciado... incluindo os políticos. Em alguns casos, os benefícios se estenderão aos familiares. Em alguns países, como Portugal, por exemplo, que passam por graves crises econômicas, há pessoas que já nascem aposentadas! 
Aqui no Brasil importou-se dos países do primeiro mundo a prática de distribuição de uma aposentadoria aos 'pobres'. O passaporte para usufruir dos diferentes benefícios concedidos à larga pelos governos em todos os níveis - fazendo cortesia com chapéu alheio - é declarar-se pobre e ter filhos menores. Os filhos tornaram-se fonte de renda para muitas famílias.
Já quem trabalhou, produziu e contribuiu com todos os encargos impostos pelo governo, atualmente amarga com uma aposentadoria reduzida a menos da metade do que deveria ser de acordo com o seu tempo de trabalho e de contribuição. Isto porque o Estado que se arvorou em administrador dos bens particulares dos trabalhadores, usa e abusa dos recursos fisgados (de fico - confisco) do trabalhador. 
Assim, temos os beneficiados por 'direitos' a eles atribuídos sem nunca ter contribuído para gerar os recursos que lhe garantissem uma renda. E temos os que contribuíram, mas estão sendo lesados em seus direitos. 
Lembram-se da criação de um Banco (BMG?) com uma linha de crédito exclusivo para aposentados? Pois bem. Data daí a consolidação do achatamento das aposentadorias e dos benefícios pagos pelo INSS... Aposentado não precisa de empréstimos. Precisa ser respeitado em seus direitos.
É preciso despertar a voz da consciência. Restabelecer a Verdade e a Justiça.
Quanto aos planos de previdência privada, muitos são verdadeiras arapucas. Quantas pessoas já perderam capital e rendas por conta das mudanças econômicas. E quantas outras estão à merce da intromissão estatal...
Aposentadoria -  um direito de muitos que virou pesadelo...