Sabemos que o brasileiro é um gozador que gosta de fazer piada com tudo. A enquete para escolher o maior brasileiro de todos os tempos nos dá uma boa dimensão do nível cultural dos cidadãos deste país chamado Brasil. Da forma como foi feita a primeira pesquisa - (prometem novas consultas) - só poderia se chegar a essa amostra do que já foi exibido pela emissora (SBT). Do que tive oportunidade de ver, chamou a atenção um 98° lugar para Vital Brasil, 68° para Duque de Caxias, 57° para Monteiro Lobato, 41° para Machado de Assis, entre cantores da moda que estão profissionalmente em alta, jogadores de futebol, alguns políticos de triste lembrança, e até o Tiririca entre outros sem nenhuma expressão.
Dos males o menor, diriam. O pior é que, essa mentalidade cultural, deixa uma péssima impressão a respeito do cidadão brasileiro, pois ele está assinando seu atestado de ignorância.
O ano politico eleitoral está começando. O desfraldar das bandeiras partidárias a elogiar candidatos naturalmente vão criar mais figuras para divertir o povo. Falo em divertir, pois temos que admitir que o povo gosta de circo.
Enquanto isso, o atual governo, através da presidência declara que cuidar das crianças é mais importante que cuidar do PIB. Até parece que não sabem que PIB é a soma de todo o produto interno bruto, ou seja, as riquezas produzidas que vão permitir obras em todos os setores, inclusive para atender às crianças e jovens; sem PIB, nada se faz! Sem PIB o país quebra, vai à falência!
Com PIB já temos universidades de mentirinha ou funcionando precariamente em instalações de lata. Não é atoa que as greves se fazem presentes em muitas escolas pelo Brasil afora.
A moralização é necessária e urgente. Não basta cassar o adversário político, calar os contraventores para que não exponham as mazelas da classe dominante, prender os corruptos que se beneficiaram de verbas destinadas a obras de vulto como a ferrovia Norte Sul que há 25(!) anos está sendo construída, e que já teve até inaugurações com pompa e circunstância com presença de três presidentes (Sarney, Lula e Dilma); mas o único trecho construído e em funcionamento foi feito por empresa particular.
Cabe à sociedade civil e as instituições que tem o direito e a obrigação manter a ordem no país por um fim a essa megalomania exibicionista que ora domina a nação.
Reforma política a ser feita pelas forças instaladas no poder jamais atenderá às verdadeiras necessidades do país.
Brasil, que te quero livre, ordeiro, democrata, trabalhador... sem perder o espírito alegre e galhofeiro, porém com responsabilidade.
