quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

ANO DE 2014 – TRÊS VISÕES CONVERGENTES SOBRE O ANO: – NUMEROLOGIA, TARÔ E I-CHING.

É comum a cada ano novo se fazer especulações sobre o futuro. O que segue não é um jogo de adivinhação.  Aproveitei a curiosidade em que um assunto leva a outro, para estudar o significado do simbolismo dos Números; depois das Cartas e do I-Ching. Testei resultados procurando saber até que ponto era simples coincidência ou a concretização de um desígnio. Alguns resultados foram interessantes, outros meros exercícios de futurologia que não se concretizaram, enquanto que outros impressionaram pelo acerto.  Mas é preciso muito mais do que manejar este ou aquele suporte – números, cartas, varetas... O futuro a Deus pertence. O que segue sobre o ano de 2014 são exercícios onde procuro apenas ‘ler’ as mensagens escondidas nos símbolos. Para o ano de 2014 vamos considerar o numero 7 obtido a partir da redução obtida na numerologia e transferido para as Cartas e para o I-Ching, a saber:

1-NUMEROLOGIA – 2014 > 2+0+1+4 = 7  considerado o número perfeito que sintetiza todos os elementos, segundo a Mitologia, ou a totalidade do Universo. A cada sete anos todas as células do corpo humano se renovam. Para os indígenas havia a representação dos sete olhos de todas as coisas. Para o judaísmo é o número da Criação e a relação viva entre o Divino e o humano. Evoca o repouso semanal – Shabat – coroamento da Criação. Simbolicamente é representado pelo quadrado encimado por um triangulo.
Indica renovação positiva e simboliza a totalidade do espaço e do tempo. Porém 2014 não é múltiplo de 7. Portanto a renovação será incompleta. O lado negativo é o individualismo e incapacidade para a comunicação.

2- TARÔ dos Boêmios – Carta 7 > O CARRO corresponde ao signo de Gêmeos - da dualidade. Símbolo – Um carro de forma cúbica, coberto por um dossel azul estrelado suportado por quatro colunas. Um triunfador coroado com um círculo do qual irradiam três pentagramas de ouro. Sobre a couraça que o triunfador veste há três esquadros superpostos. Nos ombros tem o Urim e o Tumim da Sabedoria. Na mão um cetro encimado por um globo, um quadrado e um triangulo. Duas esfinges, uma branca e outra preta estão atreladas ao carro. Elas correspondem aos dois princípios ativo e passivo.
Significado: O homem fazendo a função de Deus Criador, o Pai, o Realizador (Iod). É a primeira carta do segundo setenário formado pelo Carro, pela Justiça, pelo Eremita, Roda da Fortuna, Força, e o Enforcado. É o mundo das leis em ação.
Num desdobramento o ano 2014 tem duas combinações básicas: 20 (O Julgamento) e 14 (Temperança). Numa leitura filosófica dessa combinação temos: - “O renascimento moral/mudança (20) do equilíbrio das forças criadoras e destruidoras (14) é a vitória do Princípio Criador (7)”.

3- No I-Ching o hexagrama 07  (SHIH) corresponde ao O EXÉRCITO > Terra (o receptivo), Água (o abismal)
Julgamento – O Exército necessita de perseverança e de um homem forte. Boa fortuna sem culpa.
Imagem – assim como a água jaz invisível dentro da Terra, o poder militar de um povo está invisivelmente presente nas massas.
Linhas: 1- um exército deve ser posto em movimento ordenadamente; 2- Boa fortuna. O Rei concede uma tríplice condecoração; 3- Infortúnio (a autoridade não está sendo exercida pelos legítimos dirigentes – ela foi usurpada; 4- O exército – não deve se lançar em uma luta inútil. Nenhuma culpa; 5- Invasão inimiga exige luta enérgica conduzida por um comandante experiente; 6- Sucesso. Vitória. Não permitir que homens inferiores cheguem ao poder para que não ocorram abusos. Pagar os serviços com dinheiro, nunca com cargos nem direitos senhoriais...

Nota: Numerologia é o estudo das vibrações cósmicas traduzidas a partir de um conjunto de elementos: nome/prenome, nome de família, data de nascimento, apelido, endereço, etc.
O Tarô é um antigo livro de origem egípcia que foi difundido por povos – os boêmios – que migraram para a Europa. Esse livro composto de cartas com ilustrações enigmáticas tinham todas as informações de interesse à vida dos cidadãos que pertenciam a diversas classes sociais (Sete no Egito) e que as acompanham do nascimento até a morte. O significado de cada carta procura mostrar todas as virtudes e todas as orientações físicas e morais às quais devem se apegar, assim como o Rei, a Rainha, os chefes de religião, o Sol, a Lua, etc. O Politiqueiro e a Roda da Fortuna, por exemplo, ensinavam que nada é mais inconstante nesse mundo que a condição social do homem e que seu único refúgio está na virtude que nunca o trairá.
O I-Ching utiliza um sistema de consulta que envolve uma série de rituais que, após o resultado vai indicar qual o caminho a seguir. Dos estudos que fizemos, o I-Ching é o que oferece uma visão mais  ampla de uma situação e que apresenta opções de caminhos alternativos de acordo com a dinâmica da vida pessoal e social dentro de uma nação; da escolha acertada teremos resultados bons ou não. O hexagrama 7  analisado acima foi apenas pela coincidência com o número 7 da soma dos algarismos do ano (2014). Digamos que na Loteria da vida, o ano de 2014 do calendário Gregoriano esteja sendo o resultado momentâneo de uma consulta cósmica para nossa civilização ocidental. Teremos 365 dias com oportunidades específicas para fazer o melhor.
Conclusões – É sabido que 1/3 do destino da pessoa depende dela própria; 1/3 está relacionada com fatos externos a ela; e 1/3 é fixo. Portanto, se temos 2/3 de oportunidades para gerir nossas vidas, não devemos desperdiçá-los

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O PLANETA TERRA - MUITO ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Ondas intensas de frio polar atingem o hemisfério norte com temperaturas negativas de até -35 graus. De onde saiu tanto frio? Eolo, furioso sopra ventanias revoltosas que atingem o Brasil e os deuses das tempestades percorrem o mundo causando inundações, mortes, toda sorte de desastres naturais.
Ondas de calor, ondas de frio exigem adaptações do homem ao meio ambiente. Não basta inventar novas formas de produção de energia para aquecer no inverno, nem fontes de energia para refrescar no verão. O ambientalista Bjorn Lomborg diz em seu artigo sobre as ‘Prioridades para o desenvolvimento’(27-12-2013): - “As priorizações também permeiam as políticas ambientais: por exemplo, reduzir ainda mais o uso de um contaminante reduz recursos para solucionar outros problemas. Outro exemplo, carvão também está poluindo, mas, também, oferece energia confiável e acessível o que impulsiona o desenvolvimento. Nos últimos 30 anos, a China conseguiu para se livrarem da pobreza para 680 milhões de pessoas, principalmente através do uso de carvão. O chinês médio tornou-se treze vezes mais rico”.
Na verdade, a civilização atual se preocupa demais com um tipo de ‘progresso’, o progresso material e relega para segundo plano prioridades como o real bem estar das pessoas. A adaptação passa por algo mais do que as fontes de energia que movem o mundo econômico. O tipo de construções, de vestimentas e  de alimentação de cem anos atrás, além de não poluir o ambiente, garantiam ‘aquecimento’ vital aos lares. As comodidades do mundo moderno associadas à governantes incompetentes são as responsáveis por boa parte do caos.
No passado remoto o governo era regido por deuses, que passaram o comando a sábios - sacerdotes – reis. Atualmente ainda há alguns reis, mas predominam os governantes eleitos pelo voto popular que nada tem de sábios, nem de sacerdotes ou de santos. Afinal, qual a importância saber disso agora?
Na infância vi muitas estampas religiosas com figuras de Anjos, Santos, Deus, etc., vivendo entre nuvens, vigiando os homens aqui na Terra. Lendas, mitos, histórias religiosas falam de um ‘território’ ocupado por seres mais evoluídos, e que o homem não se cansa de procurar. É o tal ‘Paraíso’. Deuses dos raios e dos trovões fazem parte das histórias antigas da humanidade, tudo tratado com o olho crítico do historiador como meros devaneios de povos incultos e desprovidos de uma inteligência capaz de entender os fenômenos naturais, e que por isso atribuíam aos deuses, aos anjos e a seres superiores as benesses e os castigos recebidos.
Olhar para o céu estrelado e para a movimentação das nuvens sempre foi um atrativo que nos cativou. A imaginação voava solta – pés na terra, olhos nos céus e cabeça nas nuvens...
Com o tempo, ao ‘rodar de los pilones de San Pedro’- (explicação para as crianças não se assustarem com os trovões, segundo meu avô) – se somaram muitas observações curiosas sobre os fenômenos estranhos nos céus. Um susto aqui, outro acolá, noticias de ocorrências acima das nossas cabeças, lá entre as nuvens, leituras de contos e mitos, etc., tudo ia se somando para hoje ter um quadro muito diferente do que seja nosso planeta. Citamos o programa ‘Matéria de Capa’ (29/12) sobre os raios que saem das nuvens rumo à superfície da terra, e onde foi exibido um panorama acima das nuvens de onde partem jatos de luz para o alto (!).
Onde estará estacionada a Cidade ‘Nova Jerusalém’? É ponto pacifico na Bíblia que ela existe e descerá sobre a Terra. Tive a paciência de calcular suas dimensões: ela é quadrangular com 12 mil estádios de largura/comprimento, rodeada por um muro de 95,04 m. (Apocalipse 21-10,16). Sua área é de 6.125.625 km2, um pouco menor que a área do Brasil que é de 8,5 milhões de km2.
Ficção e realidade uma complementa a outra. Muita coisa bíblica já foi explicada cientificamente. Ondas de calor ou frio fazem parte da história do planeta como muitas outras coisas que foram esquecidas...

- “O aspecto mais triste da vida é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente que a sociedade em sabedoria.” (Isaac Asimov)

domingo, 5 de janeiro de 2014

É DIA DE REIS – É TEMPO DE ENCERRAR AS FESTIVIDADES - AO DESMONTAR SUA ÁRVORE DE NATAL...


No dia 06 de Janeiro é comemorado o Dia de Reis ou dos Santos Reis. Essa data marca o encerramento das comemorações de fim de ano, numa homenagem aos Três Reis Magos: Melchior – camita; Baltasar – semita; e Gaspar – jafetita, que, segundo a tradição, visitaram o menino Jesus levando presentes: ouro, incenso e mirra.  Ouro – símbolo da nobreza oferecido apenas aos deuses; incenso – para aromatizar e purificar ambientes, além de símbolo de fé e de espiritualidade; mirra – resina com poder curativo.
Em muitos países de tradição cristã este é o dia de presentear as crianças que deixam na janela o sapatinho para receber o mimo, em geral doces, ou moedas como era na minha infância. A visitação aos presépios e o aconchego religioso era uma rotina hoje esquecida que deu lugar à supervalorização da barulhenta festa pagã de caráter comercial com papai Noel comandando a agitação.  
Pode parecer careta, coisa antiquada ou fora de moda, mas os usos e costumes e as tradições eram respeitadas, valorizadas, vivenciadas. Isso reforçava os relacionamentos criando laços afetivos que davam segurança e equilíbrio à criança, ao jovem e aos idosos dentro do grupo familiar e da sociedade.
Ao desmontar os presépios, e recolher os enfeites natalinos, convém ressaltar que todos os dias são dias de praticar o verdadeiro humanismo reverenciando o verdadeiro significado das festas de fim de ano. Humanismo – palavra muito citada e pouco praticada. E é tão simples ser cordial, educado, atencioso, respeitoso, compreensivo tanto em família como na vida profissional e na convivência social. Procure dar-se um tempo para essas gentilezas que não custam um centavo sequer. 
A renovação tão desejada só acontecerá se vier acompanhada de um sincero desejo de mudar, de tornar-se mais humano, não porque é dia  festivo e de confraternização, porque esta deve ser a atitude para o ano inteiro.
Para encerrar aqui vai a contrapartida do texto intitulado:  “Ao montar sua Árvore de Natal”. Achei interessante porque ele se adapta muito bem ao momento de desmontar a sua árvore:


“Ao desmontar sua Árvore de Natal” – Lembre-se que:
 -  todos os dias do novo Ano que se inicia são dias de encontro, de buscar estar com os amigos;
 - que é tempo de paz para se reconciliar; 
- que é tempo para fazer o bem; 
- tempo de humildade abolindo a soberba e as vaidades; 
- tempo de Justiça e Perdão – fazendo ao outro aquilo que gostarias de ter para ti; - é tempo de  graça, portanto, dê-se a oportunidade de ter fé renovando a crença a todo momento;
- é tempo de Luz: ilumina o caminho com boas ações; 
- é tempo de alegria – lembre-se de olhar ao redor e minimizar as tristezas; 
- é tempo da Verdade – procure agir corretamente para depois não ter que pedir desculpas pelos erros; 
- tempo de Amor apagando do coração todo ressentimento... 
– é tempo de construir o tão sonhado mundo melhor.
É Tempo de Paz!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

OBSERVATÓRIO - NOTAS E NOTICIAS –


Selecionamos alguns itens que nos chamaram a atenção neste fim e começo de ano. Houve de tudo; desde a Sanperrestre – corrida de cães com seus donos, em Madri, ao lamentável acidente com Michael Schumacher, a quem desejamos se recupere e volte à saudável prática de esporte. Acidentes acontecem.  

O panorama do mundo não parece muito pacífico com acenos de conflitos à vista aqui na superfície. Lá no alto há outras realidades de um planeta Terra além da imaginação: - O que há acima das nuvens? – foi a interessante pergunta feita na reportagem em “Matéria de Capa” da TVCultura (29/12/2013).  Em resposta à pergunta da reportagem foi exibido um panorama acima de densas nuvens de onde eram ejetados jatos de luz para o alto; lembravam propulsores de foguetes sendo acionados. Voltou à minha mente a notícia de luzes vistas por pilotos e passageiros de aviões de carreira, a grande altitude, em algumas rotas sobre os oceanos, que lembram as luzes de cidades à noite, na linha do horizonte. Muito interessante.
No livro de Enoque (cap. 24 e seg.) há uma descrição de um mundo que não é da superfície terrestre, mas é a habitação de Santos, Anjos, deuses... Deve ser minha imaginação com a corda toda... Voltaremos ao assunto.
 Ficamos agora com três itens:

É O CLIMA!
I - Quem disse que os elementais não existem e mandam no pedaço? O clima anda temperamental; só para contrariar, não nevou em Nova York no Natal e agora chegou com tudo para dar as boas vindas ao novo prefeito da cidade... 
II – Como é a vida: - o governo russo prendeu no ano passado ativistas do Greenpeace que protestavam no Ártico contra a exploração de petróleo e poluição do meio ambiente – entre eles uma brasileira. Todos já foram perdoados e liberados. Mas os elementos da natureza são brincalhões mesmo: agora uma embarcação russa está presa numa placa de 3 metros de gelo, na Antártida; a função da expedição à bordo era a de avaliar os efeitos das mudanças climáticas na região; o quebra-gelo chinês que foi em seu socorro corre o mesmo risco de ficar por lá – e olhem que é pleno verão no hemisfério sul! Esse clima!

NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA - O fim do apartheid na África foi lembrado com a morte de Nelson Mandela. Na contramão da história, o Brasil está a institucionalizar um simulacro de apartheid – é o que os conflitos indígenas e a demarcação de terras indígenas vêm exibindo  há tempo; parece que tende a se agravar.

A MACONHA – na ordem do dia está a legalização da maconha ocupando um triste espaço na imprensa internacional. As filas de usuários formadas nas cidades americanas, onde já há lojas especializadas na venda do produto, é no mínimo um exemplo da arte de não querer resolver problemas.
Dizem que um novo hábito começa assim: primeiro é proibido o uso, depois é liberado com regras e, na terceira etapa torna-se de uso obrigatório...  

- “Os costumes são a hipocrisia de uma Nação.” ( Honoré de Balzac)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

ANO NOVO - SAUDAÇÕES AO ANO QUE SE INICIA


-“Alegre esperança atrai destino feliz. Daí a importância de viver com alegria e lembrar-se de agradecer por tudo de bom que se possui.”

- Bom dia!  É hora de respirar fundo e prosseguir na caminhada...
- "Todos nós temos a responsabilidade de trabalhar para tornar o mundo numa comunidade de irmãos que se respeitam, aceitam suas diferenças e cuidam uns dos outros", disse por ocasião do Dia Mundial da Paz celebrado pela Igreja Católica no dia 1º de janeiro.

O melhor da festa é esperar por ela. A expectativa, os preparativos, os propósitos para um novo estilo de vida, os votos e desejos por um mundo melhor ecoaram desde as palavras de Paz do Papa Francisco, ao mais humilde cidadão. Tudo isso é positivo, pois nos dá a oportunidade de redirecionar pensamentos, atitudes, traçar metas, renovar os ânimos.  Até os noticiários contribuíram com alegres mensagens e belas imagens traduzindo sentimentos de confraternização, mesmo que de forma virtual, distante, porém cheia de vibrações positivas. São cenários, orquestras a se apresentar para o mundo, mais grupos de canto coral, shows de luz e cores nas decorações que dão uma nova dimensão do que pode ser a vida quando o coração fala mais alto. Quebrar rotinas, romper com o lado obscuro dos sentimentos mesquinhos e aproximar as pessoas, dar uma nova chance para voltar a sorrir.

Hoje é o dia seguinte. Seja corajoso/a e comece a por em prática todos os bons propósitos, sob as bênçãos dos céus:

 - ‘Pai – Mãe, respiração da vida, Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos!
Faça sua luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Não nos deixes tomados pelo esquecimento de que Você é o Poder e a Glória do mundo, a canção que se renova de tempos em tempos e que tudo embeleza.

Possa o seu Amor ser o solo onde crescem nossas ações. ’ Amém! 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

ANO NOVO, VIDA NOVA! TEMPO DE CONSTRUIR NOVAS TRILHAS E LEMBRANÇAS


A vida é como uma árvore que dá frutos o ano inteiro. Uns doces e saborosos; outros nem tanto. Dizem que a vida é um Caminho com começo – meio – fim, sem volta. Ou que é uma caixinha de surpresas da qual saltam pequenos gênios bons, alegres, marotos para nos proporcionar a felicidade, e alguns mal humorados, zangados, abelhudos mesmo, prontos para  atrapalhar a vida.
A curiosidade pelo amanhã acaba por nos remeter às lembranças do passado, numa espécie de mão dupla da vida sempre presente. Acordar com uma música a martelar na cabeça é comum; tanto pode ser uma bela sinfonia que nos transporta ao sétimo céu, ou como uma canção nostálgica dos tempos de criança. São registros gravados em nossa mente em alguma fase de nossa existência. Não importa quando. Na vida tudo se repete e gosta de mimetizar temas.
O momento atual, por exemplo, me remete ao tempo em que, nas tardes ensolaradas e quentes, costumava ficar à janela a provocar os galos do terreiro até colocar em roda todos os galos da redondeza a cantar de forma provocativa. Qualquer semelhança com o que vai pelo mundo atual não é uma metáfora. Isto não é uma critica ao mundo da informação como é conduzida atualmente; é apenas uma constatação. Alguém provoca e as cabecinhas de fósforo pegam fogo.
Voltando à trilha de lembranças – algumas recentes como o caso Snowden e da espionagem entre governos e contra pessoas – sabe-se que é prática corrente tão antiga quanto a humanidade é. Quem não foi espionado algum dia? Ainda escrevo minhas lembranças sobre o assunto, como por exemplo, telefone grampeado, visita de espião atrapalhado com gravador escondido, microfone aberto... Tirei de letra. Mas, olhando para trás tudo parece irreal, de uma infantilidade sem conta. E quanto à censura? Bem, recentemente tive 16 (dezesseis) resumos publicados em minha página no Shvoong.com que foram retiradas por conta de palavras chaves, rastreadas, que não passaram no crivo da internet. Reclamação feita, tudo esclarecido e os textos voltaram para leitura.
Intolerância e censura x espionagem e provocações políticas em todos os níveis e em todos os tempos. Esse é o panorama do país e do mundo.
Impossível ignorar a manipulação de comportamentos como vem sendo feita por pessoas de mentes doentias que projetam seus melindres religiosos, ideológicos, étnico-culturais, psicológicos, etc. – que tentam dominar e transformar o mundo à sua imagem e semelhança.
Quando do alto da colina o viajante consegue ter uma visão ampla do caminho a percorrer, fica fácil prevenir-se das ciladas que ele esconde.
A trilha das lembranças serve de guia para que não nos transformem numa espécie de cata-vento que gira ao sabor de rajadas ora amenas, ora violentas, evitando assim cometer erros. Os predadores e os espiões sempre existiram e estão à solta.
Mas nada de neuroses. É só não se deixar comer aos pedacinhos! A palavra chave é mudança de postura assumindo o controle do seu caminho.

2013 chega ao fim e 2014 chega com um calendário que promete mudanças. Que o Ano Novo seja o início de um tempo novo onde tolerância, respeito e altruísmo caminhem juntos. Nada é permanente. O importante em qualquer circunstância é alicerçar nossas vidas em valores imutáveis que garantem ao cidadão tornar-se melhor, mais humano, mas feliz. FELIZ ANO NOVO!

sábado, 28 de dezembro de 2013

A ESCOLA PÚBLICA QUE CONHECI NO CONTEXTO DAS FESTAS DE FIM DE ANO

Hoje o que conta é a festa, as luzes, os presentes... Vive-se a ‘Babilônia’ comercial e das aparências. Querem globalizar comportamentos, nivelar costumes, rebaixar valores, usurpar espaços subvertendo usos e costumes tradicionais enquanto tentam  robotizar o ser humano com se fosse destituído de sentimentos: -  Apagar as luzes, jogar fora os embrulhos e esquecer, pois já é outro dia e Ano que vem tem outro Natal...    e depois mais outro, mais outro...
O mundo será o reflexo daquilo que quisermos que seja. Cultivar rosas implica ter por companhia espinhos também. Sou grata àqueles que me incentivaram a prosseguir nos momentos em que o humor não andava de bem com a vida. É importante cuidar de cultivar nosso jardim com boas amizades e dedicação se quisermos resultados.
A escola primária pública que eu conheci tinha todo um contexto que envolvia de forma natural a Escola com a Sociedade, a Família e a Igreja. Não adianta torcer o nariz e dizer que fui uma privilegiada, como  costumam alegar os politiqueiros da vez, para justificar os erros atuais que desorganizaram o setor educativo a começar com a precariedade das instalações. O Grupo Escolar General Ataliba Leonel onde estudei - apelidada de ‘O Grupão’ - foi construída em 1904 e lá está ele tão sólido como quando da sua construção, porque foi conservado, melhorado e valorizado pelas gerações que dele se serviram. Ele foi resultado da aplicação dos lucros da lavoura cafeeira do Estado de São Paulo, revertidos em benefício do povo de várias cidades pelo então governador do Estado. Quando ouço falar na promessa da aplicação dos royalties do pré-sal, imagino que os prédios descartáveis da atualidade serão substituídos por algo mais sólido e duradouro como duradouro e sólido deve ser o aprendizado. E que, os mestres voltarão a ser respeitados e valorizados como o eram no meu tempo escolar.
Crianças a partir dos oito anos de idade iam para a escola onde encontravam um ambiente voltado para o estudo com professores exigentes, valorizados e respeitados. Alunos divididos em turmas (masculino-feminina) devidamente uniformizados, sala de aula com bancos duplos de madeira, lousa e giz, cartazes coloridos, cadernos, livros, lápis, borracha, caneta e tinteiro mais mata-borrão..., era tudo o que um aluno precisava para aprender. A avaliação era permanente. No meio do ano havia um exame e outro no final do ano. Era aprovado quem sabia. O exame final tinha o acompanhamento da direção da escola, mais a presença da secretária de Educação da região (na época era Itapetininga), além da professora da classe.
A escola atendia às crianças da cidade e bairros mais próximos. Havia as escolas rurais. Ninguém ficava sem estudar – a não ser aqueles que, como já relatei, os pais não mandavam os filhos à escola porque era coisa de branco ou porque não fazia parte dos costumes do seu povo.
O curso primário era ‘puxado’, como se dizia. Estudava-se Português – cópia, leitura, ditado, redação, composição, interpretação de texto, vocabulário, as regras da nova ortografia adotada, mais a inclusão de palavras indígenas adaptadas ao vernáculo, caligrafia - Matemática/aritmética, Geografia, História, Ciências, música – canto, poesia, declamação, etc.; havia também desenho e trabalhos manuais (artesanato). Lição de casa era sagrada. Em geral os pais acompanhavam os estudos e as tarefas de casa, diárias, reforçando leitura, cópia, caligrafia, tabuada e continhas ou solução de problemas. Por tradição, pelo que me lembro, todas as famílias tinham pelo menos um ‘professor’ em casa. Eu contei com vários: pai, mãe, avós, meus irmãos mais velhos... Podem acreditar que um formando do quarto ano primário, ao receber seu diploma, tinha conhecimentos que lhe garantiam qualificação para começar a trabalhar.
Havia  festas, sim! Elas contribuíam para elevar a auto-estima dos alunos que se orgulhavam do uniforme que usavam, a dos professores que viam seus pupilos aplaudidos, dos pais e da sociedade que tudo acompanhavam.  A diversão ia desde os folguedos na hora do recreio, às animadas festas com teatro, declamação de poesias, pequenos discursos e brincadeiras. Fim de ano havia a festa de Formatura com pompa e circunstancia e premiação dos melhores alunos.  No final do ano era organizada uma exposição com os trabalhos manuais de artesanato confeccionados pelos alunos - incluíam bordados, cordoaria, tecelagem, marcenaria, etc., e desenhos em cartolina. Tudo isso somado aos desfiles cívicos e as festividades comemorativas  conferia à escola importante papel sócio-cultural no contexto da cidade. As aulas, inclusive aos sábados, em geral tinham 100% de comparecimento, o que garantia bandeira nacional hasteada na porta da sala. A fila para entrar e sair da sala, o exercício respiratório praticado na volta à sala de aula após o agito do recreio, serviam para restabelecer a ordem e a concentração nas atividades de classe.
A imagem que a Escola pública oferecia a partir do espaço físico – instalações - era de seriedade, responsabilidade, cordialidade, respeito, onde o trabalho era realizado com dedicação, alegria e vontade, mostrando a importância do seu papel na formação de cidadãos responsáveis.
Talvez um fator, ou vários tenham contribuído para que aquelas gerações tivessem motivo para festejar sua formatura a começar do 4º. Ano primário como uma conquista real. Havia no ar um estado de espírito solidário. O mundo tinha viva a herança da 2ª. Guerra Mundial. No Brasil dominava a ditadura do Getúlio Vargas que, no recadastramento geral de estrangeiros vivendo no país, incluía os filhos menores. Piraju era a ‘terra do Ataliba’ – político que marcara época... O grande número de imigrantes na cidade tinha na educação uma forte motivação para dar melhores condições de vida aos filhos. A lassidão no comportamento e as facilidades nas conquistas não faziam parte da vida.
A Escola Pública, que não discriminava ninguém, era símbolo de Liberdade! Havia o que festejar a cada final de ano, além do Natal e do Ano Novo! Era o diploma conquistado.

Foi nesse estilo de escola que aprendi o valor do conhecimento. As novas gerações talvez olhem para esse tempo como algo ultrapassado. O tempo não volta, porém as experiências do passado podem servir de exemplo para corrigir os erros do presente.