Continuarão a ignorar que a maior urgência a nível de planeta é o ser humano em primeiro lugar.
O indivíduo precisa urgentemente de se reciclar; adotar uma mudança radical de comportamento. Isso envolve a saúde da inteligência, dos sentimentos afetivos, da disciplina moral e do desenvolvimento espiritual que vem sendo deteriorados pelo materialismo exacerbado. Esses elementos são tão necessários ao indivíduo quanto os cuidados com a saúde orgânica e a prevenção das doenças infecciosas. Um indivíduo que preza sua inteligência, sua individualidade, sua família, é ético e respeitoso terá melhores condições de se relacionar com o mundo em que vive - e, naturalmente saberá respeitar a Natureza.
Esse novo comportamento deverá incluir o livrar-se das (in)utilidades descartáveis geradoras dos lixões. O grande número de produtos descartáveis que surgiram no mundo inteiro nos últimos 60 anos são uma ameça cada vez mais presente na vida do planeta.
Perguntamos: - Realmente é necessário continuar a produzir sem parar tantos descartáveis? - Não venham falar em gerar emprego e renda! - Não serão, ou melhor dizendo, não são as máquinas de forma indiscriminada que vão melhorar a moralidade, a inteligência, a saúde, o equilíbrio mental, a segurança e a paz dos cidadãos, e consequentemente despertar o senso de responsabilidade em relação ao meio ambiente. Se por um lado as máquinas tem dado certo conforto material ao homem, por outro lado lhe tem roubado a liberdade como indivíduo. E devemos às máquinas a criação em série de lixo e mais lixo que avança sobre o meio ambiente de forma acelerada.
Enquanto que as florestas tem capacidade de se refazer naturalmente, os lixões, NÃO vão desaparecer por encanto
A falta de ocupação dos indivíduos será resolvida com uma mudança nos costumes e nas formas de comportamento social.
Tanto a miséria que vem sendo disfarçada com programas sociais, como a riqueza sem responsabilidade de quem a desfruta sem ter tido a obrigação de produzí-la, tem contribuído para que a sociedade tenha mergulhado na amoralidade que é tão grave quanto qualquer outra doença infecciosa ou mental. A educação que premia a criança ou o jovem de forma irresponsável com uma aprovação imerecida sem levar em conta o esforço, a concentração no estudo, a disciplina, a vontade de aprender, etc., está levando a um nivelamento por baixo e a uma degradação de suas capacidades. Isso é muito grave.
Soluções práticas existem, e não são pelo lado do menor esforço. Não há dois indivíduos iguais nem física, nem mental, nem de mesmo temperamento, ou inteligência. A cada um cabe um papel na sociedade. A acomodação a que estão sendo levadas as pessoas provoca uma mudança negativa em seu comportamento. Trabalho produtivo é o que não falta. Falta, sim, uma orientação inteligente. E é essa falta de orientação que está levando indivíduos de todas as idades ao uso de drogas e do álcool numa espécie de fuga da sua realidade.
Que as próximas conferências sobre o meio ambiente também se ocupem do indivíduo dotado de algo mais que um organismo físico. Ele também é um ser moral, um ser com inteligência e um ser espiritual.