Amou alguém, que amava outrem, ou ninguém;
Sonhou amar?
Lamentou o destino que lhe armou tal cilada.
Quanta ironia!
Esperou pelo amor que a esqueceu.
Como sofreu!
Sonhou mais uma vez e esperou,
Com resignação.
Afogou lágrimas mil, entre sorrisos...
Negou sua infelicidade - No amor.
Decantou a última lágrima nos olhos a brilhar,
Recordou lembranças mil.
Em sonhos se embalou.
Esperou. Sofreu. Mas não esqueceu...
Cantou e dançou parecendo a todos, muito feliz!
Inventou um novo sonho e sonhou.
Repeliu o direito de se lamentar ou chorar.
Ouviu serestas sonhadas.
Terminou mil vezes seu canto soluçado.
Renegou mil vezes seu triste fado.
Impacientou-se longe dos olhares de todos.
Bebeu a taça da amargura até o fim.
Implorou perdão para tanta dor e desilusão,
Nas noites estreladas, sem jamais trair o eterno amor,
Ouviu serestas imaginadas, viveu feliz...
O eterno sonho não acabou.
É noite. A natureza canta seu canto na voz do marulhar das águas serenas, Num convite aos sonhos. Sonhar sem medo de ser feliz.
Noite cálida. Convite à meditação e à integração Universal.
Noite - momento de fundir os sentimentos como dois poemas em um.
Noite – guardião dos segredos. Confidente paciente.
É noite! Tempo de sonhar.