Li em algum lugar que, desde que uma
gota de água atravessou o corpo de uma ameba unicelular sendo absorvida por
ela, teve inicio da evolução dos seres vivos transformando o tubo digestivo no
seu centro principal de atenção: - Comer! Comer! Beber! Beber!
Precisamos mesmo ingerir tanto
alimento, beber tanta água como se diz? - Mito ou verdade?
Passei mais de vinte (20) anos sem
beber água. O liquido ingerido era o do uso normal do cozimento dos alimentos e
o proveniente de saladas cruas e frutas. Nada de refrigerante ou outros tipos
de bebidas. Café e chás eram (e são) usados com moderação. Naquele tempo, a
água para beber vinha direto da fonte...
Porém, de tanto ouvir a recomendação
de que o organismo precisa de água (litros/dia) para hidratação, voltei a tomar
alguns copos ao dia. A presença excessiva de produtos químicos usados no
tratamento da água me levou a repensar o assunto. Penso em voltar ao costume
antigo. Uso mais de 50% de frutas/dia, o que vai facilitar, pois o uso de sal é mínimo; costumo
dizer que ‘mostro o sal’ para a panela.
Sem dúvida alguma que a água é um item
de suma importância para nossa saúde especialmente de for água leve, pura,
límpida e saudável. Esse é o tipo de água encontrada no suco das frutas em
geral, que, além de hidratar, fornece a polpa que é um alimento de fácil
assimilação pelo organismo. Quanto aos outros alimentos, em geral há mais
desperdício do que uso; quando usado de forma inadequada, os alimentos provocam
disfunções orgânicas, obesidade e doenças alimentares como o diabetes.
A (bebida) ‘água’ é vendida, por
exemplo, em alguns países europeus, em casas especializadas que oferecem uma
variedade de tipos para serem saboreadas como bebida especial. São de inúmeras procedências; entre elas, uma das mais caras,
que é coletada nas geleiras do Ártico – água leve (sem deutério) – dá para
entender a grita de ambientalistas que devem estar faturando alto com a venda do
produto.
Causas
da Falta d’água em algumas regiões: - Os ambientalistas
insistem que caminhamos para falta de água no mundo o que levaria a conflitos
entre as nações. Vejo exagero nessa ótica. O que percebemos é que há mau uso dos
recursos hídricos e falta de planejamento urbano.
No Brasil temos um somatório de
fatores que levaram a essa crise hídrica em vários Estados, em particular na
grande São Paulo. São eles:
- O crescimento desmesurado das
cidades, com a população avançando sobre as áreas onde ocorrem as nascentes.
- Faltou planejamento urbano nessas ocupações.
- Não houve preservação dos mananciais, que
são fartos na região da bacia de São Paulo.
- Desperdício dos recursos hídricos
armazenados nas represas que abastecem as cidades. Falta de programas de
reaproveitamento da água – só agora é que estão começando a pensar no reuso.
- Mudanças no regime de chuvas local,
fato já detectado desde 2005.
- Possíveis perdas de água através de
fendas geológicas que ocorrem no subsolo (bacia de São Paulo) – e que são do
conhecimento dos governos, contra as quais nada se pode fazer a não ser
adaptar-se. Isso exige trabalho técnico de ponta.
- No campo e na irrigação de
hortifrutigranjeiros também ocorre o desperdício da água. Não é porque temos
importantes aquíferos no subsolo nacional, entre eles o Guarani, com uma das
melhores águas do mundo, que vamos usar suas águas de forma irracional.
Conclusões:
- As mudanças climáticas consideradas vilãs pela falta de água e
irregularidades no sistema hídrico são naturais e cíclicas. Os extremos climáticos
fazem parte desses ajustes naturais. Não se sintam culpados por isso. Cada um,
no entanto, é responsável pelo uso adequado do precioso liquido. O Brasil tem
uma reserva hídrica suficiente para ninguém passar sede.
É preciso repensar o uso da água (H2O)
oferecida pela natureza, inclusive como bebida, a começar pela proteção das fontes
de onde é coletada. Há exageros na forma como vem sendo usada, ou melhor,
desperdiçada e emporcalhada.
A seca que comprometeu o abastecimento
de alguns dos grandes centros urbanos do país está a exigir um planejamento
urbano sério e urgente, por parte dos governos, e de EDUCAÇÃO da população em
geral, inclusive a educação alimentar com menos apelações.