quarta-feira, 11 de março de 2015

AS MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS E O DESAFIO DEMOGRÁFICO – UM FATOR ECONÔMICO E SOCIAL


A ONU estima que haja 200 milhões de migrantes no mundo. Muitos são meros trabalhadores ou jovens fazendo intercambio cultural e não visam a permanência no país. O movimento migratório com motivação de permanência tende a aumentar tanto por pressões demográficas, quer por fatores econômicos, políticos e sociais. Já há manuais e também são realizadas palestras para orientar brasileiros que desejem emigrar. Atualmente a entrada de imigrantes no Brasil é liderada por americanos (USA), seguida de pessoas vindas do Japão, Paraguai, Portugal, Bolívia, Argentina, Haiti. No Brasil cresce a tendência à migração internacional (legal) atraindo jovens e famílias de brasileiros para estudar e para estabelecer residência em outros países, desde que tenham um mínimo de formação exigida no país de destino, entre elas o domínio da língua. 

A entrada de grande número de migrantes clandestinos ou legais em várias partes do mundo chama a atenção; o destaque são as rotas com destino aos países europeus partindo do Norte da África; no Oriente Médio ocorre o problema dos refugiados de guerra;  no Brasil, temos a entrada de grande número de imigrantes provenientes de países vizinhos, muitos deles ilegais, em busca de um ganho visando o retorno a seus países de origem; o ‘mais médicos’ – por exemplo, equivale à exportação & importação de mão de obra que rende divisas ao país cubano. Estes já praticam o que o autor do artigo ‘Pressões Demográfica’ – como ‘investimento rendoso’ (sic) sugere.

Sob o titulo ‘O DESAFIO DEMOGRÁFICO’ o artigo ( professor Bjorn Lomborg) foi divulgado em vários países da América Latina no final de 2014. 
Diz ele:
- “Quando se pensa no "problema demográfico" mundial centra-se, normalmente, a atenção no rápido crescimento da população em algumas partes do mundo em desenvolvimento. Mas, globalmente, a taxa de crescimento da população está, na verdade, a cair e espera-se que estabilize no final do século. Apesar de não podermos ignorar o fato de, até meados do século, a população mundial poder crescer 2,4 mil milhões de pessoas, de acordo com estimativas das Nações Unidas, outro problema demográfico merece a nossa atenção: os grandes bolsões de declínio demográfico”. Na sequência chama a atenção para o fato de que a percentagem de idosos está a aumentar enquanto que a taxa de nascimentos é muito baixa, o que compromete o equilíbrio demográfico para garantir qualidade de vida para todos, em especial para os mais idosos. Isso forçaria um número cada vez menor de pessoas a suportar um número cada vez maior de pessoas gozando da merecida aposentadoria. Por outro lado, nos países em desenvolvimento estaria a ocorrer o contrário, com um grande número de jovens desempregados, ou subempregados; a consequência que há poucas pessoas contribuindo para mais adiante poder enfrentar o problema do envelhecimento e diminuição da população.
Como solução para esses desequilíbrios sugere que os países desenvolvidos reduzam as restrições à entrada de imigrantes que contribuiriam com impostos para ajudar os países desenvolvidos a financiar as reformas e com suas remessas poderiam ajudar os seus países de origem. Além de reequilibrar a demografia mundial.

PROSSEGUE: - “Esta abordagem oferece enormes benefícios potenciais. De fato, um modesto aumento de 3% na força de trabalho dos países desenvolvidos teria um impacto econômico superior à retirada de todas as barreiras comerciais. Além disso, cada dólar investido nesta iniciativa geraria um retorno próximo de 50 dólares, o que representa uma utilização excepcionalmente eficaz de recursos limitados.” – seria uma espécie de ‘investimento’ rendoso, segundo uma análise exaustiva conduzida por um grupo de economistas.
Sugere que semelhante análise objetiva e com base empírica deveria guiar as medidas adotadas pelas Nações Unidas, governos nacionais, organizações não governamentais e outros, na criação da próxima agenda global para o desenvolvimento, que será lançada no próximo ano (2015) – “Esta é a melhor forma de garantir que os mais pobres recebam as melhores oportunidades e que os governos obtenham o melhor retorno do seu dinheiro.” (sic) .
Fala também em planejamento familiar, e olhando pelo ângulo do custo benefício explica que ao facilitar métodos contraceptivos a 215 milhões de mulheres em todo o mundo - uma grande percentagem em África - que não queiram engravidar custaria 3,6 mil milhões de dólares por ano. ... Diz: - “Trata-se de um valor muito baixo se tivermos em conta o enorme retorno. Todos os anos haveria menos 640 mil natimortos, menos 150 mil mortes maternas e menos 600 mil crianças órfãs de mãe. Os benefícios econômicos poderiam atingir os 145 mil milhões de dólares”. Isso também se refletiria na educação, pois as mães teriam mais tempo para cuidar de menos filhos. Reconhece que não há um remédio milagroso para o desenvolvimento sustentável.

Encerrando: - Quantos brasileiros vivem em outros países (Japão, USA, Canadá, Reino Unido, Portugal, Espanha, Austrália, etc.) que deixaram o país em busca de melhores condições de vida extremamente deteriorada no país? São milhares que partiram à busca de trabalho como complemento de renda para a família que ficou no país. Também representam um ‘investimento rendoso’ para o país. Isso se chama exportação de inteligências.

No Brasil cresce a tendência à migração internacional (legal) atraindo jovens e famílias de brasileiros para estudar e para estabelecer residência em outros países, desde que tenham um mínimo de formação exigida no país de destino, entre elas o domínio da língua.  
É o que estamos assistindo, enquanto a crise nacional: econômica, política, de credibilidade só tende a piorar.