Ontem assistimos a mais um ato de
violência praticado por quem, que por
força do cargo que ocupava – Ministro da Educação – deveria ser um exemplo de
civilidade, respeito pelo outro e principalmente pelas instituições
republicanas. Não foi assim. Demitiu-se ou foi demitido. Não importa a ordem
dos fatos; o que importa é que o Brasil não suporta mais tanta ignorância,
violência, descaso pelos valores e pelas instituições. O país já é motivo de
chacota pelo mundo afora. Tudo por conta da ignorância institucionalizada e
apadrinhada por pessoas que jamais poderiam ocupar cargos de comando da Nação
brasileira. Certamente ao chegar ao fundo do poço, recomeçará a saída desta
situação vexatória a que fomos levados ‘democraticamente’ pelos donos do poder.
Como libertar-se
desse caos? – tudo passa pela educação (!) integral do indivíduo que o liberte da
ignorância enquanto ser humano conforme o texto publicado ontem: “Educação do
Homem Integral’ neste blog.
Continuando:
Toda violência é filha do egoísmo
e da ignorância; ao abolir o egoísmo, extingue-se seu efeito. Ao libertar-se da
ignorância o cidadão é capaz de agir com discernimento e justiça. Para que isso ocorra em nível nacional tudo
deverá passará pela Educação respeitando todas as áreas do conhecimento.
Recente noticia falava sobre
a volta do ensino da religião nas Escolas; entendo que não é porque o Estado é
laico que não se deve ensinar religião na escola.
Creio que o ensino de
religião na escola deveria ser de caráter informativo e formativo
complementando o que os alunos trazem em sua bagagem de aprendizado no lar e
nas diferentes Igrejas.
Explico: - no final dos anos
70 fui encarregada de encerrar em algumas classes (de nível colegial 2º.
Grau) o ano letivo na disciplina em questão – Religião. Sem um programa a
seguir, descobri que o professor anterior, um padre, se ativera a elementos da
prática religiosa na Igreja católica. Eu precisava de elementos para elaborar
uma prova. Comecei a explicar o que é ‘Religião’; os alunos inicialmente
displicentes mudaram a postura e passaram a fazer anotações. Fiquei surpresa
com o interesse despertado.
Entendo que o ensino de Religião não seria o
doutrinário, mas um ensino sobre ‘religiosidade’ e conhecimentos não só da
religião cristã-judaica, mas dos valores universais inerentes à pratica
religiosa como uma manifestação das diferentes culturas. Isso permitiria que
todos os alunos participassem das aulas
independente de credos particulares, pois nada teria a ver com doutrinação,
fanatismos religiosos, preconceitos, etc.
Alegarão a falta de
professores. Com o desmonte praticado em todos os setores do país, inclusive na
formação de professores, nossa sugestão é que para começo seja elaborado um
programa básico e manuais onde o ecletismo deverá ser a linha mestra. Também
não havia professores com formação específica para lecionar Educação Moral e
Cívica nem manuais didáticos quando essa disciplina passou a fazer parte do
currículo escolar. Nós e outras colegas assumimos a responsabilidade pela
elaboração dos conteúdos programáticos e
‘Lições’ que foram ministradas no
colégio.
Nota – as 25 Lições estão publicadas no outro blog nosso; para
quem quiser consultar e divulgar – link ao lado.