A cada manifestação popular os
governistas repetem o discurso de que o movimento tem viés de golpe e parte de
setores da burguesia e da classe média alta... ,
quando na verdade é a população que está
cansada de tanta incompetência e quer mudanças na política brasileira. Cabe aos
políticos na berlinda terem um gesto de grandeza e deixar os cargos que não tem
mais condições de ocupar. Só isso. Não precisa desenhar... Oscar Wilde (1854 / 1900) > escritor
irlandês, de espírito ferino afirmava que ‘o
homem que pode dominar a conversa num jantar londrino pode dominar o mundo’.
– esse tempo passou, senhores!
O
Brasil esteve sob ditaduras: a Getulista e a Militar da Revolução de 1964.
Agora estamos sob uma ditadura pior que as duas anteriores juntas. O momento
político e econômico atual é muito diferente. Foi a população que começou a manifestar sua
insatisfação com o atual governo envolvido na corrupção através do panelaço ocorrido
durante a fala da presidente no dia 08. Foi
a sociedade, que democraticamente e de forma ordeira se manifestou – não foram grupelhos
sindicalizados e de militantes pró ou contra este ou aquele fato ou partido.
Os
protestos do próximo dia 15 deverão
levar milhares de pessoas às ruas em prol do impeachment da Presidente Dilma. Eles
se somam às manifestações recentes dos
caminhoneiros independentes contra o aumento do óleo diesel, às greves motivadas
pela grave crise econômica e inflação que já chegou ao bolso do povo, mais os
desdobramentos políticos da operação Lava Jato envolvendo partidos e políticos,
ex-políticos, empresários e empresas que
patrocinaram campanhas eleitorais, etc., Tudo somado temos o cenário pronto a
exigir algo mais do que discursos e palpites.
A
neurose do ‘Golpe’ por parte de pessoas apegadas ao poder não se justifica. Não
acredito que o fato puro e simples da destituição do governo atual se repita
nos moldes da instalação do governo getulista ou do regime militar em 1964. Temos
uma grave crise política, ética, econômica, de credibilidade – nada que não
possa ser corrigido.
A situação deste Março não é o de 1964, mas de 2015! Tem suas
características e motivações para se exigir mudanças de rumos: Vejamos: 1- A
presidente Dilma esqueceu todas as promessas de campanha e está a fazer
exatamente o contrário do que prometeu: - aumento dos juros, aumento do preço
dos combustíveis, do gás e energia elétrica; cortes nos direitos trabalhistas,
etc.; 2- o Petrolão cada dia expõe mais o rombo na empresa (Petrobrás – criada
durante o governo Getúlio Vargas!) praticado pelo PT, partidos aliados e
empreiteiras – não só no país como no exterior; 3- embate com o Congresso que
resolveu ser ‘independente’ do palácio do Planalto; 4 - O ‘exército’(MST) que
Lula quer por na rua contra seus compatriotas já tem espaço até numa exposição
no Canadá com o incentivo do governo como uma entidade que defende os direitos
humanos (!) – que se saiba o MST é um braço das FARC; e, nesta semana, as
mulheres do MST invadiram e destruíram pesquisas de 14 anos realizadas em um
laboratório em Itapetininga (SP) sobre uma nova espécie de eucaliptos. -
condutas pouco pacíficas de quem diz defender a democracia e os direitos
democráticos. 5- o desemprego já começa a bater nas empresas envolvidas no
escândalo; 6- a inflação mostra suas garras.
Um pedido de Impeachment da Presidente Dilma, ou sua renúncia, com a
posse do vice presidente Michel Temer (os presidentes da Câmara e do Senado
estariam impedidos pelas denuncias no Petrolão) seriam saídas políticas legais
para reverter a espiral de desmandos e de corrupção em que o país foi
mergulhado. Fala-se em reforma política, fim do político profissional – aquele
que vive em função do próprio interesse e não dos interesses do país.
Não bastam bons propósitos. É preciso ter coragem para mudar. A adoção de
outra forma de governo – o Parlamentarismo, por exemplo - já teria posto fim a
esta crise de credibilidade a que o governo do PT conduziu a Nação. O país não
pode ficar refém de partidos políticos, e muito menos de ditadores da vez que praticam
o socialismo que só funciona enquanto houver dinheiro dos outros.
O discurso de pessoas que não entendem de economia, produção, capacidade
criativa, livre iniciativa, ignora que cada cidadão é capaz de ser educado para
ser auto-suficiente e que é possível fazer um governo com justiça social
sem esse gigantismo predatório da máquina estatal transformada em cabide de
empregos para garantir continuidade dos mesmos políticos no poder. A prática da
exploração do homem pelo homem, com ou sem leis trabalhistas, planos de
previdência, de saúde, etc., devem ser repensados se queremos uma democracia
realmente livre dos déspotas, onde os indivíduos sejam realmente livres.
As
ditaduras anteriores foram regimes em que houve seriedade, disciplina, onde o
trabalho produtivo foi incentivado e protegido com leis, houve a valorização
dos indivíduos e da Nação brasileira. FORAM PERÍODOS DE MUITO TRABALHO! A atual
é do desmonte do Estado, das empresas que pertencem à Nação, das instituições
postas a serviço de um projeto criminoso de poder de um partido, da corrupção,
da mentira institucionalizada.
Ditadura: 1- forma de governo em que todos os
poderes se enfeixam nas mãos de um indivíduo, de um grupo, de uma assembléia,
de um partido, ou de uma classe; 2- qualquer regime de governo que cerceia ou
suprime a liberdade; (sentido figurado) > excesso de autoridade, despotismo,
tirania.