Desde que o noticiário foi dominado pelo
Petrolão, o maior escândalo de todos os
tempos da história conhecida deste país, que deixou o mensalão com cara
de molecagem de principiante, o assunto continua em pauta e vai ganhando novos
personagens e lances .
A platéia de milhões de brasileiros, entre
incrédulos e estarrecidos, como eu, começam a entender porque com tanta
arrecadação de impostos – o impostômetro atualizado segundo a segundo – falta
de tudo em todos os setores de responsabilidade Estatal: - Há muitos sócios na
parada.
As promessas eleitorais e a propaganda de um
país maravilha serviram de cortina de fumaça para esconder um crescimento
negativo onde tudo é superfaturado e onde
nada é concluído de forma eficiente. Basta ver as UPPs, o programa de Minha
casa minha Vida com obras mal acabadas, Saúde pedindo socorro, obras de
infra-estrutura que não saem do papel por conta do não atendimento por parte do
governo federal às unidades governadas por partidos da oposição. São detalhes
como esses que provocam revolta na população que só vê uma saída - a independência da região (SUL), por
exemplo, onde o descaso do governo
central está levando a favelização de
áreas antes com um padrão de vida digno.
Perguntam se a presidente Dilma sabia dos fatos
ou se é cúmplice no caso da compra da Refinaria de Pasadena, se Graça Foster
(ainda não demitida) também tem responsabilidades pelo que está acontecendo;
quem são os corruptos; quem são os corruptores; quantos e quais serão os
políticos a fazer parte da lista que a Polícia Federal deve divulgar em breve,
etc. O nome do ex-presidente Lula
permanece blindado, e, ele, sorrateiramente, manobra para formar o novo governo
para a afilhada política. E ela, a serviço de um projeto de poder, vai
aceitando as regras do jogo. Para quem dedicou sua vida a fazer ‘revolução, não estranha que esteja obediente na função
que lhe foi conferida substituindo o padrinho à frente do governo. Já conseguiu
seu lugar na história...
Ás vezes tenho a impressão de estar assistindo a cenas de um grande teatro
político; ao lembrar o chororô quando da discussão da distribuição dos
royalties do pré-sal, com direito a lágrimas de governadores, a impressão de
uma função articulada se acentua. Todos jogam o jogo de ganho-ganha.
Uma cena do período eleitoral, no entanto, passou para trás do pano – falo das causas do
acidente aéreo que matou o então candidato à presidência Eduardo Campos e
outras pessoas que estavam à bordo. A ‘caixa-preta’ avaliada não era a do vôo;
onde está a verdadeira ‘caixa-preta’ do vôo? A imprensa não disse mais nada.
O desenrolar das eleições e o ‘gran finale’ com a apuração dos votos, em sala secreta, e a aceitação imediata por
parte dos derrotados - candidato e
partido – deixou no ar a impressão que era o esperado. Portanto sua tarefa agora
é a de fazer uma oposição capaz de mudar os rumos da política praticada pelo
partido no poder há 12 anos.
Mensalão já é peça fora de cartaz. Agora é a vez
do Petrolão. Ainda haverá noticias eleitorais através do caminho feito pelas
verbas e propinas pagas e recebidas por corruptos e corruptores, a saber:
políticos > empresários / empreiteiras
>< empreiteiras / empresários < políticos.
As pessoas passam; a
Nação Brasileira continua.
Reforma
política? – parece que será feita à revelia dos
principais interessados. A renovação é inevitável para garantir credibilidade
do país perante o mundo. Os arranjos
para que obras não parem, e consequentemente não quebre de vez a economia do
Brasil, pode ser um mal menor, necessário. Não o ideal.
Devolução do que foi
roubado da Petrobrás é um ponto de honra.
Ninguém é santo na história. A existência de um Clube (do bilhão) mais
outro Clube Vip, diz tudo. Porém, o dono da chave do cofre é o Governo que
delegou poderes a seus funcionários.
Não importa quando e em qual governo teve
inicio tanto abuso e desrespeito pela administração pública. Chegou a hora de dar um basta a tanta
imoralidade.