terça-feira, 11 de novembro de 2014

A CRISE HÍDRICA EM SÃO PAULO E NO BRASIL


Dia 11 de novembro de 2014.
O silencio é cumplicidade. É preciso dizer o que deve ser dito sem medo de cara feia.

Para não perder o costume, alguns apresentadores de noticiários insistem em dar sua versão distorcida em cima do que o entrevistado acabou de falar, como se os ouvintes fossem incapazes de entender o que foi dito.
Foi o que aconteceu ontem quando foi  noticiado que o governador Geraldo Alkimim teve um encontro com a presidente Dilma onde apresentou um plano de oito grande de  obras de infraestrutura  no valor de 3,5 bilhões de reais, para resolver o problema hídrico na grande São Paulo. Vão desde estações de reuso de água, abertura de poços no aquífero Guarani, construção de novos reservatórios, construção de adutoras e ligação entre bacias, etc. Nada a ver com a oferta de ajuda para obras emergenciais feitas pelo governo federal. Estas já vem sendo feitas pelo governo do Estado.
Se o governo federal colaborar, muito bem; se não colaborar, as obras serão feitas da mesma forma – São Paulo não vai parar...

A Crise hídrica no Sudeste: a região vem sofrendo uma crise hídrica acentuada que  afetou  muitas áreas do Estado de São Paulo e de  Minas Gerais. Após as eleições, todos os dias temos novas noticias do que acontece com os rios da bacia do Tietê-Paraná, do rio Grande e do rio São Francisco  afetando a navegação e interrompendo o transporte de pessoas e produtos além de comprometer a produção de energia elétrica.

As chuvas começaram, mas os índices não melhoraram o nível de água nas represas tanto na capital como no interior. 
Isso porque em primeiro lugar é preciso reabastecer os lençóis aquíferos subjacentes. 
Uma coisa que me chamou a atenção foi uma notícia  exibindo uma foto via satélite (NASA) sobre o grande número de nascentes detectadas no município de Sorocaba > 2.881 nascentes! Acontece que a seca também ocorre na região. Sabendo que a região da bacia de São Paulo possui extensas áreas de falhamentos profundos, suponho que as águas que diminuíram drasticamente na Cantareira, por exemplo, podem estar migrando subterraneamente para outros pontos próximos. É uma hipótese. Geólogos podem avaliar a possibilidade. O mesmo vale para as nascentes do rio São Francisco. 
De minha parte vou continuar observando o que acontece e esperando que haja mais clareza técnica e menos politização nos noticiários.  Tudo é uma questão de honestidade.


- ‘ A Democracia, o Progresso e a Tolerância são valores que ainda não se implementaram na Terra(...) Em suma, o mundo sempre foi perigoso. O ocidente é que deixou de ser vigilante’. (Margareth Thatcher).