sexta-feira, 17 de abril de 2015

ETNIAS BRASILEIRAS – OS INDÍGENAS


 

 Etnia - grupo humano biológica e culturalmente homogêneo.

O termo "índio" deve-se ao engano dos descobridores da América que pensaram ter chegado às Índias, daí o nome "Índias Ocidentais" dado ao Continente por muito tempo.
            Na época do descobrimento da América havia 100 milhões de nativos espalhados pelo imenso Continente. No território brasileiro, que já constava de mapas antigos com o nome de "Brazil", "Braxil", "Brazzilli", seriam 5 milhões.
As primeiras classificações dos povos encontrados no atual território brasileiro são bastante complexas e se apoiaram em relatos de personalidades como Padre Anchieta, Padre Manuel da Nóbrega, Hans Staden, Gandavo, etc. Estas são apenas informativas. Posteriormente, Von den Steinen  e outros, elaboraram uma classificação de acordo com os diferentes troncos linguísticos e culturais. A saber:
1) Tupis - Guaranis - composto de grande número de grupos de indivíduos espalhados por ampla faixa litorânea de norte a sul do país, com destaque para a língua Tupi e o Guarani. Eram os tamoios, os guaranis, tupiniquins, tabajaras, etc. Eram povos especializados em caça, pesca e coleta.
2) Macro Jê ou Tapuias - ocupavam o Planalto Central. Destaque para os timbira, aimorés, goitacás, carijó, bororo, botocudos.
3) Caraíbas ou Karib - no Amapá e Roraima. Eram povos agressivos e antropófagos.
4) Nu Aruaques - na Amazônia, Ilha de Marajó (cerâmica Marajó) e até as Antilhas; principais tribos: aruã, parecis, guaná, cunibó, terena.
Entre os grandes grupos mais citados na atualidade destacam-se:
- aimorés (não tupis) ou botocudos, guerreiros; os avá-canoeiros (tupi-guarani) em Goiás no Parque Indígena do Araguaia na Ilha do Bananal;
-  os bororós ou coroados que desapareceram como povo; eles serviram de guias aos brancos no século XVII na região das Missões, no Paraguai e Mato Grosso.Os Caetés, no litoral da Bahia conhecidos pelo incidente com o bispo Sardinha.
- Os Caiapós - são os índios da reserva do sul do Pará  de 3,3 milhões de hectares que se  tornaram os nativos mais ricos explorando ouro e mogno da região. Seu líder Raoni foi afastado por se opor.
- Carijós - foram receptivos à catequese; viviam entre Cananeia e a Lagoa dos Patos. - - Os Goitacá ocupavam a foz do rio Paraíba; eram ferozes canibais.
- Os Ianomâmi - povo "inventado"-  formado por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma família: Xiriâna, Waika, etc.
Até a década de 1970 não há dados censitários do índio brasileiro devido ao seu isolamento e extrema mobilidade dos diferentes grupos. Apenas 200 mil estavam ligados às missões religiosas. O sertanista Mal. Rondon, no início do século passado avaliou em 1,5 milhões o número de nativos; eles estavam concentrados na Região Norte e no Centro Oeste.  
Segundo a FUNAI (2000) as principais etnias são: Ticuna (35.000 indivíduos); Guarani (30.000), Caingangue (25.000), Mucuxi (20.000), Terena (16.000), Guajajara (14.000), Xavante (12.000), Ianomâmi (12.0000), Pataxó (9.700), Potiguara (7.700). Segundo o IBGE  734.000 pessoas se autodeclararam indígenas no ano de 2000.  
Muitas etnias estão em processo de urbanização e outras em vias de desaparecimento. Algumas não têm lideranças próprias e tem se reorganizado sob a tutela de igrejas e ONGs.
Tem ocorrido divisão de grupos insatisfeitos com a intromissão de costumes da civilização e alguns se auto isolam na floresta para preservar seus hábitos de vida livre. Um índio é auto-suficiente e sabe sobreviver na selva usando o conhecimento adquirido com os mais velhos. As crianças são educadas pelo grupo.
O europeu ao se instalar em território brasileiro assimilou muito dos usos e costumes indígenas. Entre eles temos inúmeros produtos alimentícios (mandioca, milho, amendoim, guaraná, etc.), forma de ocupação do solo e cultivo  (a "coivara" e agricultura itinerante), o conhecimento de muitos recursos naturais florestais; na linguagem também, com a introdução de muitos vocábulos. Eles não tinham uma escrita; o som "rr" e "lh" não fazia parte de sua pronúncia o que "abrandou" a pronúncia da fala portuguesa. (Ex: palha = "paia"; filho = "fiio").
Segundo Silveira Bueno fazem parte da língua portuguesa brasileira entre 50 mil e 100 mil vocábulos indígenas - os "brasileirismos", ou o linguajar "crioulo”.
O Caboclo é a figura humana da mestiçagem principalmente no Norte do país.
A criação de reservas indígenas procura reverter um processo de integração das diferentes etnias indígenas na Nação brasileira.


Nota: - ‘Etnias Brasileiras – Os Indígenas’ - texto baseado em diversos autores abre uma sequencia de três textos de caráter didático sobre os povos indígenas no Brasil.  Os outros dois textos: Nheengatu (A. A. Freitas) e ‘Tupi – Língua Asiática’ (Luiz Caldas Tibiriçá) – correspondem a resumos publicados no Shvoong.com. – 2009/ 2011.  

quinta-feira, 16 de abril de 2015

A VERDADE SEMPRE APARECE: A CORRUPÇÃO NO GOVERNO; O CO2 NÃO É O VILÃO; RENOVAÇÃO DAS FLORESTAS É O IDEAL; O AUMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL NÃO É A CAUSA DA POLUIÇÃO...


VERDADE em tudo. Destaque para itens atuais de interesse permanente.

A CORRUPÇÃO NO GOVERNO - A Verdade sempre aparece. Mesmo quando fica difícil ser otimista não podemos perder as esperanças. Hoje, graças à persistência de cidadãos que não se deixaram intimidar, estamos assistindo à revelação de escândalos  praticados por  grupos corruptos anti-patrióticos – tanto no governo como fora dele -  agindo contra a Nação. Parabéns aos indignados que não se limitaram a reclamar, e que foram às ruas e agora estão no local correto (Brasília – DF) apresentando uma pauta através de uma ‘Carta ao Povo’; eles levaram suas reivindicações aos Três Poderes, à Procuradoria da República  e cobram firmeza das oposições.

CO2 NÃO É O VILÃO – No dia 25/02, num texto sobre aquecimento global, citei Paul Watson – cofundador do Green Peace (1991) dizendo que ‘Qual seja a verdade, não tem importância. Só interessa o que as pessoas acham que é verdade’.
Hoje em texto publicado pelo site ‘Verde a cor nova do Comunismo’ temos a palavra de outro cofundador e diretor chefe dos cientistas da Greenspirit Strategies – trata-se do Dr. Patrick Moore. Ele participou por largo tempo do Greenpeace que fez do ambientalismo uma bandeira militante de anti progresso. Ele se declara ‘cético’ quanto à afirmação de que os humanos constituem a principal causa da mudança climática e de que o futuro próximo será catastrófico. “Não há provas científicas para essas hipóteses, porém nos dizem que ‘o debate já está encerrado, e que a ciência foi definitivamente estabelecida’”. Para ele, essas são afirmações de ‘crentes’, cujo fundamento é um programa de computador criado por eles. (o grifo é nosso)

Para os eco-verdes o CO2 virou um “tóxico”, um “poluente”, quando na verdade é um gás incolor, inodoro, insípido, mas importante para alimentar a vida na Terra. Se ele diminuísse até atingir 150 partes por milhão na atmosfera, todas as plantas morreriam. A seguir desapareceriam os animais e os homens.
 Ele, o CO2 existe de muito antes da humanidade ocupar o planeta Terra.

RENOVAÇÃO DAS FLORESTAS É O IDEAL –  você sabia que as florestas tropicais crescem mais rápido quando há  aumento do CO2? – pois é, a verdade, e de vilão passa a salvador do meio ambiente. A vegetação em geral absorve cerca de 2,7 bilhões de toneladas de CO2, ou 30% do emitido por obra humana.
Um estudo patrocinado pela NASA confirma que as florestas tropicais estão absorvendo 1,5 bilhões de toneladas de CO2 por ano, fato que estimula a fotossíntese e as faz crescerem mais. As florestas tropicais úmidas, como a Amazônica, absorvem o excesso dos gases estufa numa proporção maior do que a imaginada, com benéfico efeito de equilíbrio.
Porém, a proporção da absorção varia segundo a idade das árvores; quanto mais novas, maior é a absorção.

O ambientalismo militante primeiro elabora uma teoria calcada em ideologias com finalidades políticas e depois ataca com propaganda enganosa. O establishment político e governamental, as ONGs e a ONU só fornecem empregos e polpudas verbas àqueles que defendem teorias de tipo estruturalista, anticapitalista, neo-comunista ou tribalista. Assim, a opção ideológica está feita longe da ciência e a teoria está pré-definida. Esse é um dos efeitos colaterais do mundo virtual em que mergulharam os pseudo cientistas a serviço de uma espécie de guerra anti-humana.
-  O fim do mundo não virá com o CO2!!!

POLUIÇÃO AMBIENTAL – não é o resultado do impacto do crescimento da população, mas sim o resultado da falta de regras sobre o uso dos recursos naturais e o descarte de produtos que deveriam ser reciclados e reaproveitados. 
Fotos e reportagens mostram rios, mares, lagos, ruas de cidades e os imensos lixões onde predominam embalagens plásticas. A mortandade de peixes por falta de oxigenação das águas causada pelo esgoto e descarte de resíduos industriais só aumenta. Urubus se multiplicam nos telhados até em áreas ‘nobres’ de todas as cidades. A proliferação do mosquito diurno, o ‘Aedes aegypti’ transmissor da dengue, do chikungunya e da malária é uma realidade incontestável com um numero crescente de pessoas contaminadas tomando a forma de epidemia. Tudo ocorrendo à luz do dia! E temos um programa de ‘mais médicos’...
 O lugar é a gente que faz. Desde a década de 50/60 do século passado quando a indústria petroquímica ganhou destaque e o plástico virou moda -  o meio ambiente só teve prejuízos. Fico admirada de ver a rapidez e o excesso de descarte de um produto que vai para a natureza e lá vai ficar milhares de anos.
Inteligência foi feita para ser usada a favor, não contra a humanidade. A mediocridade dos governos dominando em todas as esferas,  comportado-se como donos do poder, negligenciou a educação e levou ao sucateamento de toda infra-estrutura de um gigante como o Brasil, condenando sua população a viver em condições de precariedade colonial.

As verdades têm que ser ditas. A hora é decisiva. Uma imprensa livre, ética, responsável e atuante faz a diferença. 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A GUERRA FRIA - ANTECEDENTES E FATOS DO PERÍODO: 1945 – 1980 (Texto Didático).


 

            O encontro no Panamá – VII Cúpula das Américas – trouxe à baila o tema ‘Guerra Fria’. Libertar-se das amarras do passado, construir novas relações, virar a página... meio século depois.
O texto: “A Guerra Fria – Antecedentes e fatos do Período” de caráter didático fez parte do Shvoong.com - é uma abordagem dos acontecimentos,  principais lances políticos do pós segunda Guerra Mundial (1945) e a distensão a partir de 1980 entre as potencias e países envolvidos.

Antecedentes – A Segunda Guerra Mundial terminou com a rendição incondicional das potencias do Eixo. Os vencedores ditaram medidas drásticas como ocupação dos territórios de nações vencidas e punição dos chefes nazistas considerados criminosos de guerra.
Ao mesmo tempo, o mundo que enfrentou o conflito unido, dividiu-se em dois blocos com interesses diversos, concepções diferentes de sociedade e de democracia.
As duas potencias em destaque: União Soviética e Estados Unidos aglutinaram à sua volta as Nações que defendiam os mesmos interesses políticos e sociais.

O confronto – como consequência dessa divisão começaram a surgir lutas ideológicas que foram transpondo fronteiras e influenciando povos na Ásia, América e África. O desnível econômico entre os pobres e os ricos, acentuado pelo panorama mundial pouco favorável, serviu para incentivar protestos e lutas por melhores condições de vida e emancipação política.
O entendimento havido entre a Rússia e as Nações ocidentais durante o grande conflito ocorrido na Europa, terminaram com o fim da Guerra. A partir daí começaram a surgir tensões entre as duas potencias que dominavam armas nucleares. Os EEUU não viram com bons olhos a anexação dos territórios bálticos pela URSS. Esta por sua vez desconfiava dos EEUU que insistiam em conservar as bases aéreas e navais instaladas durante a guerra e de estabelecer outras para defesa regional.
A esse crescendo de tensões que, convencionou-se chamar de ‘Guerra Fria’, onde a espionagem e contra-espionagem de ambas as partes (KGB X CIA) foram destaque, se agravou a partir de 1946 quando houve um levante comunista na Grécia, obrigando o rei a agir usando o exercito para dominá-lo. Isto ocorreu com a ajuda dos EUA – sob a presidência de H. Truman. O ‘caso de Berlin’ aumentou a tensão: - em julho de 1948 os russos decretaram o bloqueio de Berlin Oriental e os americanos responderam com uma ponte aérea a fim de abastecer o setor ocidental da cidade isolada. Essa disputa levou os países a se aglutinarem em torno de uma ou da outra potencia. Do lado ocidental o agrupamento foi em bases econômicas e militares; entre os orientais em bases políticas, econômicas e militares.
Os EUA para atender aos aliados europeus arrasados durante a guerra criou o ‘Plano Marshall’ (1948) e foi assinada a Carta do Atlântico Norte (França, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Islândia, Itália, Noruega, Portugal, Canadá e Estados Unidos), e a OTAN.
A URSS criou o plano ‘Kominform’ (1948) – constou de um plano de cooperação política com o bloco oriental; em 1949 – o plano de cooperação econômica - o ‘Comecon’; em 1955 formou a aliança militar com os países da ‘Cortina de Ferro’. O Pacto de Varsóvia transformou Moscou em sede do comando das forças armadas de todos os países a ela relacionados.

A distensão teve início após a morte de Stalin. As intransigências foram sendo postas de lado, e a URSS passou a participar com as nações – França, Inglaterra e Estados Unidos - do debate (Conferencia de genebra – 1955) de vários itens como diplomacia, participação em conferencias de desarmamento, reunificação da Alemanha, redução das barreiras leste-oeste para turismo, comércio e informações.

Entre os lances da ‘Guerra Fria’ houve a crise dos mísseis em Cuba (1962) que quase levou a um conflito nuclear entre URSS e Estados Unidos. A interferência direta ou indireta permanece latente e a Rússia não esconde seu desejo de ampliar sua influencia e presença no mundo ocidental especialmente no Caribe.

A corrida armamentista teve uma trégua e a cooperação em projetos espaciais é uma realidade. Esta teve inicio após a assinatura de um tratado de desarmamento entre Estados Unidos (presidente Ronald Reagan) e Rússia (M. Gorbachev) em 1989. A guerra do Golfo em 1991 marcou um novo momento de trégua. Havia um novo interesse em comum: a conquista do espaço e a possibilidade do encontro com seres de outras civilizações. - ‘Em nosso encontro em Genebra, o presidente dos Estados Unidos disse que se a Terra estivesse diante de uma invasão por extraterrestres, os Estados unidos e a União Soviética juntariam forças para repelí-la’ – era importante a convivência pacifica, o desarmamento nuclear e defender os interesses comuns da ‘civilização humana’- (M. Gorbachev – 1987).


Conclusões - A porta para uma coexistência pacifica tem sido mantida aberta, especialmente após as reformas na União Soviética promovidas por M. Gorbachev em 1980. Entre essas medidas estão a independência dos países do Leste Europeu hoje integrados na União Européia à qual a Ucrânia tentou sua aproximação e gerou o conflito com a anexação da Criméia à Rússia (2014). A ‘Guerra Fria’ acabou. Os conflitos não. Uma nova ordem política e econômica  com novos armamentos mais sofisticados continua em curso e as tensões se deslocam pelo planeta.

terça-feira, 14 de abril de 2015

CÚPULA DAS AMÉRICAS – UM ENCONTRO DE DOIS MUNDOS: O CIVILIZADO E O RETRÓGRADO.


O encontro no Panamá dos países do continente – 34 representantes compareceram -  pode representar uma reorganização política e econômica da região. Não só Cuba, mas também a Venezuela, Argentina, México, Brasil terão a partir de agora  novas responsabilidades em relação ao Continente.  O não gostar de muitas coisas chamadas de ‘imperialismo americano’ dos USA, não impede o reconhecimento da importância do país como o garantidor das liberdades e dos direitos individuais e das Nações bem como ser um fiel na balança comercial e consequente desenvolvimento regional. Ninguém pode ignorar que ele tem sido o porto seguro para que a humanidade não mergulhe na escuridão sem esperanças do mundo em conflito.

A Guerra Fria acabou... As estratégias agora são outras: - ‘Nossas nações devem libertar-se dos velhos argumentos, devemos compartilhar a responsabilidade do futuro. Essa mudança é um passo decisivo para toda a região’.  ‘Podemos virar a página’... ‘Os Estados Unidos não serão reféns do passado’... declarou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

O novo ensinando ao velho que a vida continua. Ficou implícito que a guerra continua sob outra forma, com outras estratégias e resultados e que o passado retrógrado que Cuba representa não tem mais sentido, especialmente o comportamento truculento dos reféns da ignorância  onde quem pensa diferente vai para a cadeia. Raul Castro presidente de Cuba, presente pela primeira vez à Cúpula das Américas fez um discurso batendo na tecla das lembranças de todos os embates políticos e conflitos do governo por mais de meio século, para depois reconhecer que ‘É preciso apoiar Obama, é um homem honesto’. Seu posicionamento, no entanto continua a  indicar que o caminho ainda será longo, pois Cuba entende que é ‘preciso continuar lutando e aperfeiçoando o socialismo’ (sic).

Os motores da economia regional dependem do petróleo. E os países produtores, patinam com uma economia à beira da recessão, entre eles o Brasil mergulhado até o pescoço no escândalo do Petrolão.

Uma nova ordem latino-americana é possível. Sem esquecer que nas sombras continuam as práticas do bolivarismo radical e o Foro de São Paulo. Isso levará tempo. A figura do país imperialista do norte cultivada por mais de meio século não será apagada da mente retrograda do caudilho caribenho. Ninguém é perfeito. A escola da vida ensina lições amargas e muitos são incapazes de aprender.

Na cúpula das Américas no Panamá, neste fim de semana, dois mundos se encontraram: um civilizado e um que parou no tempo. Precisou nascer um presidente para que as peças do jogo político fossem movimentadas. Recuperar a auto-estima da Nação vai ser uma tarefa demorada.

Liberdades individuais só são plenas quando cada cidadão puder exercer seus direitos e cumprir seus deveres participando na vida social, política, econômica e religiosa de forma construtiva e respeitosa sem sofrer nenhum tipo de cerceamento ou manipulação ideológica. Isso vale para todos os simpatizantes de governos ditatoriais da América Latina, inclusive os brasileiros, onde o discurso é um e a prática é outra. Como diria Goethe: “Dominar é fácil. Reinar é difícil”. É isso que os governos latinos  precisam aprender.


Liberdade com responsabilidade – essa deve ser a norma de vida a ser cultivada para conquistar  uma  nova ordem na América Latina.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O DIA SEGUINTE ÀS MANIFESTAÇÕES – O PT TEM NÚMEROS A COMEMORAR:


1-     60% da população considera o governo Dilma péssimo ou ruim;
2-     63%  da população apóia o impeachment da Presidenta;
3-     83% da população acredita que a presidenta sabia da roubalheira na Petrobrás e nada fez.
4-     NO CONJUNTO – 100% dos que saíram às ruas reprovam o governo que aí está; e 99,9% da população acordou para a realidade em que o país foi mergulhado pela canalhice instalada no planalto.
5-     A pauta de reivindicações é 100% contra tudo o que o PT fez nestes últimos 12 anos de desgoverno.

Um povo bonito, vestindo o verde amarelo, alegre e de bem com a vida compareceu em muitas cidades pelo Brasil afora. Tudo  transcorreu em paz! 

O numero exato de manifestantes na Paulista,  na orla carioca ou todas as outras grandes e pequenas cidades do interior do país,  não se saberá. Isso não importa; o que importa é que uma nova consciência despertou e está aí a cobrar dos políticos ações em benefício do país. 
Digamos que tenha sido uma espécie de 7 X 1 em relação à última manifestação da tal ‘frente ampla’ do PT, CUT e MST...

As militâncias do PT estão a postos nos micro blogs marcando território com mentiras e intimidações, sinal de que os ventos realmente mudaram de direção.

O movimento tem continuidade; a informação é de que representantes de 50 grupos que participam da oposição ao governo realizarão  no dia 17 de maio uma marcha para Brasília para apresentar uma pauta das reivindicações das ruas ao Congresso. E fazer cobranças de um posicionamento mais firme das oposições.


Os protestos não regrediram. Muito pelo contrário. Agora é que estão tomando forma e consistência. 
Parabéns brasileiros de todos os recantos do país. Isto é democracia na prática!

sábado, 11 de abril de 2015

CEM DIAS DE GOVERNO DILMA > SEM RUMO. A MANIFESTAÇÃO DE DOMINGO (12/04) DEVE MARCAR A HISTÓRIA DO PAÍS.

Do meu recanto na sala acompanho pela tela da TV e da Internet a um desfile de imagens e sons com uma saraivada de notícias. - O que é real? - O que é virtual? – Como vai terminar tudo isto?

Dizem que a presidenta fez uma espécie de ‘Renúncia branca’ ao nomear o vice Michel Temer como articulador político do governo. E que o presidente da Câmara estaria tendo um comportamento próprio de governo parlamentarista, e que a Constituição é Parlamentarista!   Desconfiava que haveria uma solução inédita para  a atual crise. Por essas manobras políticas não esperava, não dessa forma... O Brasil não pode ficar à mercê da rataria por mais tempo. Não nos iludamos com os arranjos de gabinete.

Ainda não entendi a presença constante do ex-presidente Sarney em algumas cerimônias no palácio. Entre as trapalhadas tivemos ratos sendo soltos na entrada do tesoureiro do PT (o Vaccari) para seu depoimento na CPI sobre o Petrolão. E uma das manchetes, destaque para o BNDES > será investigado e deixará o mensalão e o Petrolão no chinelo...

A frase da Presidenta – agora figura decorativa - ao entregar casas do programa ‘minha casa minha vida’ foi muito significativa: - ‘Tudo o que tinha para limpar na Petrobrás, nós já limpamos’ – cá entre nós, até os cofres da empresa!

A fala do Ministro Edinho (PT), sobre a campanha política de que  lá podia tudo para ganhar a eleição, pegou mal. BARRABÁS! Assim não dá. Aqui ainda é uma democracia, pelo menos pro forma. O mínimo que se espera é honestidade dos candidatos em suas propostas para que o eleitor possa fazer suas escolhas livremente. As denuncias sobre as urnas eletrônicas usadas nas eleições deixam muito claro que houve sim alteração dos resultados com transferências de votos.  A SMARTMATIC – empresa responsável pelo programa usado, sem a contrapartida do comprovante do voto, está sob investigação.

Dizem que de boas intenções o inferno está cheio. É uma frase atribuída ao teólogo francês S. Bernardo de Clairvaux  (1090 – 1153) que a usava não só contra seus inimigos mas também contra seus aliados, significando que as boas intenções além de não serem suficientes podem resultar contrárias ao esperado. Portanto, não descuidar do poder de manipulação dos políticos de plantão. Domingo pode marcar o divisor entre o antes e o depois da atual conjuntura política no país.

Mensagem aos manifestantes:

-Com entusiasmo e de forma pacífica vamos mostrar nossa indignação exigindo providencias do poder público e dos políticos para sanar os descalabros em que o país foi mergulhado pela corrupção e mentira estimuladas nestes últimos 12 anos do PT no poder. Basta de tantos desmandos!

 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

SEGURANÇA ALIMENTAR – BRASILEIRO COME DEMAIS? - AS DIETAS E OS PROGRAMAS SOCIAIS.


À falta de autocrítica, para não falar em humildade, o tema alimentação x pobreza x programas sociais tem sido explorado no país através de uma chantagem emocional e de doutrinação das pessoas. Os mentores dessa falácia começam pela propagação de uma mentira maior do que a outra.
Fazer o bem sem olhar a quem. E ‘quem dá aos pobres empresta a Deus’ são prática corrente desde os tempos bíblicos  entre todos os povos.  Sempre houve ricos e pobres. Proprietários e sem terra. Ninguém passava fome por não ser dono de um pedaço de terras. A alimentação era prioridade em todas as comunidades urbanas e ou rurais de que se tem noticias. Era tradição não só no passado, mas até bem recentemente o costume de, após a colheita, abrir os campos  para que os menos favorecidos coletassem o produto deixado.

Quem tem farelos? – por exemplo, no tempo de vacas magras os cavalariços reinóis encarregados de cuidar dos ginetes saiam em busca de farelos (a parte grosseira da farinha de trigo) para alimentar os animais; sabe-se que muitas vezes esse era o único petisco que os serviçais dispunham para seu próprio alimento.  Eram tempos difíceis para todos. Havia até contos ilustrativos ensinando a viver com o pouco: - ‘Com o coração de uma pulga, sabendo prepará-lo dá para alimentar um regimento inteiro’ – dizia um desses refrões. Ou,  Pão e água, mais temperos: alho, azeite, sal e vinagre eram suficientes para passar o dia no campo trabalhando. Podia-se fazer um Gaspacho no calor, ou um caldo no inverno. Frutas secas, nozes, castanhas completavam o farnel.

Quando por várias vezes ouvi de europeus referencias à quantidade de alimentos consumidos por pessoa/dia no Brasil, não fiquei muito surpresa, pois já conhecia hábitos alimentares lá no velho mundo, inclusive  a dieta Mediterrânea hoje tão valorizada.

Brasileiro come demais!  frase dita por uma médica italiana de passagem pelo Brasil na década de 70 do século passado chamou minha atenção. E, brasileiro exagera em quantidade de produtos consumidos de uma vez – observação de uma francesa. A médica em questão, apesar de pertencer à família de posses do norte da Itália comentou que no tempo de guerra, às vezes passavam o dia com uma xícara de chá ou, na melhor das hipóteses, um copo de vinho no inverno. Pão, biscoitos e às vezes queijo eram produtos raros usados poucas vezes na semana.

Já havia convivido com pessoas de origem alemã e húngara, provenientes da Europa pós guerra mundial, e sabia das restrições alimentares sofridas, além dos traumas que haviam marcado suas vidas para sempre. Não eram pessoas lamurientas, não. Estavam mais para caladas e só raramente deixavam escapar uma ou outra observação sobre as restrições e os horrores vividos. Normalmente eram comedidos nos seus hábitos alimentares.
- Porque estou a falar sobre isto?   - porque cada vez que ouço políticos falar em miséria, fome, pobreza e programas de resgate de ‘milhões’(!) de pessoas da miséria e da pobreza extrema aqui no Brasil, sinto dúvida sobre a veracidade dos números e dos programas ditos sociais. Que eu saiba no país se produz muito além da capacidade de consumo; o descarte/dia de alimentos é gigantesco. Num país considerado paraíso tropical só passará fome quem for muito preguiçoso ou acomodado. Atualmente o Estado usa o assunto para fazer cortesia com chapéu alheio, uma vez que, não produz, mas monitora tudo e todos os que trabalham e produzem para depois fazer seus ‘programas sociais’ com interesses políticos de poder. Seu papel  regulador para garantir a segurança alimentar inexiste.

Sou do tempo em que o cidadão era livre para trabalhar, produzir  riquezas, comercializar seus produtos, e, nas cidades e nos municípios, não havia a tal pobreza e miséria trombeteada pelo Governo atual. Os que eram realmente incapazes de prover seu sustento sempre foram atendidos pela família, pela sociedade civil e pela Igreja.

 Dietas - Come-se muito e muitas vezes ao dia, e de forma errada. Essa é a verdade. Sempre haverá pobres e ricos, pois cada um, dentro de seus limites, interesses e capacidades de trabalho irão ter resultados diferentes. A sociedade atual é diferente daquela de meio século atrás. Muitas modernidades – especialmente produtos industrializados estão disponíveis com forte apelo comercial que desperta o desejo de consumo com graves prejuízos para a saúde na maior parte das vezes;  o que eu quero dizer é que, se ‘o peixe morre pela boca’, o mesmo ocorre com o comilão que se empanturra com gulodices desnecessárias e que são prejudiciais à saúde: Diabetes, colesterol alto, AVC,  obesidade, etc.

Na verdade não é o que se come que faz bem, mas o que se deixa de comer. É o que ocorre com todas as dietas, inclusive a dieta Mediterrânea.
Repetimos aqui o que intimamente todos devem saber: - cada um é livre e do uso dessa liberdade vai depender a colheita; em primeiro lugar é responsável por si, pelos seus atos, suas decisões, inclusive a de ajudar a quem precisa sem olhar a quem. Ajudar a quem precisa, sim. Carregar nas costas NÃO!