sábado, 25 de agosto de 2012

JÂNIO DA SILVA QUADROS - A RENÚNCIA E O EFEITO BORBOLETA

 -“Fi-lo porque qui-lo” foi a explicação dada pelo ex-presidente, anos mais tarde, a um familiar que o questionou sobre as causas  da renúncia ao cargo de Presidente do Brasil.
Antecedentes – os fatos históricos são um encadear de acontecimentos inter-relacionados. Vejamos:
O mundo do pós Segunda Guerra Mundial resultou em dois grandes blocos: O Comunista (Oriental) formado pela URSS e seus satélites mais a China, e o Mundo Ocidental liderado pelos EEUU e países aliados, inclusive o Brasil que também combatera com seus pracinhas em território Europeu contra um inimigo comum e em defesa da Liberdade e da Democracia.
Na América Latina – mais precisamente em Cuba dominava a ditadura sanguinária do presidente Fulgêncio Batista.
A revolta comandada desde a “Sierra Maestra” resultou na queda do ditador com o apoio do governo americano. Os revolucionários cubanos: Cienfuegos, San Martín, Fidel Castro ganharam notoriedade. Atraíram curiosos e conquistou a simpatia de muitos jovens. Transcorriam os anos de 1958/60. As idéias insufladas por ventos comunistas que também tinham abrigo no Brasil onde o partido comunista havia sido proibido despertaram a fantasia de muitos.
Foi nesse ambiente de ‘renovação revolucionária’ que o político Jânio da Silva Quadros se elegeu com uma generosa votação popular. Seu primeiro ato, antes de tomar posse, foi visitar Cuba. Pouco depois de tomar posse em Brasília, recebeu a visita de Che Guevara – e lhe conferiu a comenda máxima –a Ordem do Cruzeiro do Sul. Isso desagradou setores conservadores das Forças Armadas. Che Guevara não era um herói – muito pelo contrário; o ex-jornalista argentino chegara a ilha e se tornara um braço sanguinário do agora ditador Fidel Castro que, por sua vez transformara a ilha numa ditadura comunista.
O presidente Jânio Quadros enviou o vice-presidente João Goulart (Jango) à China Comunista em missão diplomática. Aproveitando a ausência do Vice, ele enviou um bilhete ao Congresso anunciando sua renúncia irrevogável ao cargo de Presidente,  no dia 25-08-1961.
O Desenrolar dos fatos – Consta que, ao receber o bilhete da renúncia, o Congresso aceitou o fato e o Dr. Ranieri Mazzile assumiu o cargo.
Segundo alguns historiadores, o Sr. Jânio Quadros supunha que os políticos amigos, como o governador de São Paulo – Carvalho Pinto - e o povo que o elegera, pediriam sua volta ao poder, e ele passaria a governar com todos os poderes em suas mãos; o que não ocorreu. Renúncia é renúncia!O fato estava consumado. E o povo, perplexo!
Desdobramentos – A volta apressada do vice-presidente Jango, via Uruguai, foi apoiada pelo governador do Rio Grande do Sul – Leonel Brizola. Seguiu-se um período de alta tensão política. Tudo foi contornado com um ato institucional que permitia a posse do Vice-Presidente João Belchior Marques, porém sob um novo regime: O Parlamentarismo, com um Primeiro Ministro e a redução dos poderes do Presidente. O Primeiro Ministro indicado foi Tancredo de Almeida Neves; o novo sistema vigorou até 06-01-1963 quando foi abolido, após um apressado plebiscito.
Grupos revolucionários – Com a volta do regime Presidencialista e um Presidente de clara simpatia pelo comunismo, os grupos revolucionários começaram a se manifestar e se organizar para implantar um regime semelhante ao que já vigorava em Cuba sob o patrocínio da URSS.
No dia 31 de Março de 1964 os militares assumiram o poder para barrar a ação de grupos que estavam se organizando e recebendo, não só treinamento, mas também dinheiro e armas para fazer a revolução e tomar o poder pela força. Muitos que estavam na URSS não puderam voltar. Outros que estavam no país, envolvidos com atos de guerrilha, entraram em confronto com as Forças Armadas. Eram grupos onde cada um defendia seus interesses imediatos e onde ninguém era amigo de ninguém. Muitos dos crimes da época, que são atribuídos aos militares, foram praticados pelos próprios companheiros. Foi um período de restrições para quem se opunha ao governo, usando de violência. Muitos fugiram, outros tentaram ganhar a simpatia de populares – caso da Guerrilha do Araguaia. Alguns foram presos e exilados. Outros se aproveitaram para fazer figuração e nome no exterior como exilados políticos para voltar como heróis e pleitear indenizações... Ainda há os ‘desaparecidos’; nem todos morreram. Certamente alguns ainda vivem com nomes falsos como foi o caso de um que viveu  na Bulgária e só voltou quando soube da eleição da presidenta Dilma. Muita coisa ainda precisa ser esclarecida.
O grande número de partidos políticos de esquerda pululando em torno de sindicatos promovendo agitações e greves nos últimos anos, indica que ainda há muita coisa para resolver e que o efeito borboleta da renúncia persiste após meio século. A abertura política e a Lei da Anistia no governo de João Baptista de Oliveira Figueiredo (1986) que visava a pacificação de todas as forças políticas parece que não foi bem entendida por alguns.
Não adianta tentar esconder sob o tapete os erros cometidos no passado, seja pela renúncia do ex-presidente Jânio Quadros, seja pelos ditos revolucionários da hora. Tudo o que ainda vibra de forma negativa e tende a se aprofundar, são os reflexos deixados pela renúncia (‘ato idiota’) e o açodamento dos que queriam impor sua revolução!

Nota – Hoje é o dia do Soldado. Dia do Patrono do Exército Brasileiro – Duque de Caxias, o Pacificador – Luis Alves de Lima e Silva (1803-1880).

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

GREVES - A ARMA DA DESORDEM CONTRA GOVERNO E CONTRA O POVO

A população desarmada está refém das greves generalizadas armadas para provocar o caos e a desordem.
Greve é um direito dos trabalhadores de protestar e reivindicar...  Mas, como fica o cidadão comum que muitas vezes não tem um salário digno ou sequer um emprego para sobreviver e tem que enfrentar toda essa bagunça orquestrada que assistimos nos últimos meses?
Essas greves estão se assemelhando a uma armação contra as instituições, uma queda de braço contra o governo. Não bastassem as greves que já estão em curso, vejo uma notícia dizendo que a inteligência do planalto já sabe que vão parar também os petroleiros, os metalúrgicos e os bancários. Até outubro tudo continuará sem solução. Em outubro temos eleições municipais.
Não quero acreditar que essa é mais uma forma ‘original’ de propaganda eleitoral. Tudo é possível.
Neste país, nada mais nos surpreende. Até o comportamento do ministro do STF revisor do mensalão, que inocentou os réus  revogando o compromisso com a Justiça, com a verdade e com as provas dos autos.
A ‘guerrilha’ moderna travada nas ruas com bandeiras vermelhas e gritos de ordem não enganam. É uma luta entre grupos que querem o poder, assim como no passado agiram para se impor pelas armas.
O governo que hoje está legitimado por uma eleição democrática decidida nas urnas está sendo contestado por companheiros, adversários do passado não muito distante, que queriam impor o regime comunista pela luta armada, e não conseguiram. Hoje sob a capa de um falso socialismo e uma democracia de meia boca saem às ruas e até já tentaram invadir o palácio do governo...
Hoje faz 58 anos que o então presidente Getúlio Dornelles Vargas se suicidou (24-08-1954). Amanhã, outra mudança drástica na condução do governo brasileiro – a renúncia do então presidente Jânio da Silva Quadros – 25-08-1961. Os efeitos colaterais dessa renúncia se propagaram no tempo por décadas.
Não estou querendo dizer que necessariamente deva ocorrer algo tão drástico no governo atual. Mas, a continuar a situação de desordem promovida por sindicatos politizados de viés esquerdista tudo pode ocorrer. O governo atual está se mostrando fraco e incompetente para administrar a situação. Uma pena. Mudanças drásticas sempre ocorrem quando a visão fica ofuscada pelo poder. A impunidade generalizada só dá asas aos desordeiros, tanto aos grevistas que promovem a desordem, como aos colarinhos branco que fingem trabalhar pelo povo.
A mensagem que persiste é a de que ‘o crime neste país compensa!’, e que o lema da nossa Bandeira “Ordem e Progresso” perdeu o sentido para muitos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

HAVERÁ UMA HISTÓRIA SECRETA SENDO COMANDADA POR UM PROGRAMA?


Entre a história contada e a que realmente é, há um oceano de informações distorcidas visando dominar as mentes desavisadas.  O ditado de que “quem conta um conto aumenta um ponto” traduz verdades sobre o comportamento de certos setores formadores da opinião pública. Acompanhamos por algum tempo o blog “Mitos Climáticos” e havíamos anotado um pequeno trecho publicado sob o título: - “História (quase) secreta do aquecimento global”.
- “Na segunda metade da década de 1960, os estrategistas do Establishment transatlântico já se encontravam numa fase avançada da preparação da agenda de erradicação do “vírus do progresso”, com a sua substituição pelo conceito malthusiano dos “limites do crescimento”, para cuja promoção explícita foi criado o Clube de Roma, em 1968. A operacionalização do movimento ambientalista era uma peça fundamental da estratégia”. (Geraldo Luis Lino – blog “Mitos Climáticos” – 05-31-2010).
Quanta coisa já foi dita e afirmada sobre o tal aquecimento global e a culpabilidade do homem sobre as mudanças climáticas no planeta, controle de natalidade, possível falta de alimentos...
Infelizmente esse tipo de comportamento midiático é praticado em muitos setores sempre com o objetivo de dominar e de impor conceitos que levam os indivíduos a se submeterem sem tempo para questionar. Aliás, é o que vem ocorrendo no Brasil, com essa neurose de quotas, Ideb, comissão da verdade, kits gay, liberação/descriminalização da maconha, aborto, ‘proteção’ do menor e do adolescente, etc.
É preciso ficar em alerta. As novas gerações estão sendo vítimas da desinformação programada para criar um ambiente propício ao domínio de grupos que culpam os outros por tudo o que ocorre de errado, mas que nada fazem de concreto para melhorar o mundo.
Ontem falamos dos dois Brasis que ainda persistem apesar de todo discurso político-ideológico esquerdista, socialista, democrático de direito, republicano, verde-amarelo, etc.. Sempre culpando os outros pela sua incapacidade de governar.
Foi o Ideb em sua última edição que ressaltou a grande mentira que vem sendo contada pomposamente sobe os avanços sociais e conquistas do povo. A visita de uma equipe de TV à melhor e à pior escola, segundo a avaliação do MEC, mostrou claramente que há:
1-     Escolas públicas com bom índice onde os alunos exibem não só boas notas, mas “cara de primeiro mundo”; e
2-    Escolas públicas com baixo índice de aproveitamento, onde os alunos refletem, até na maneira de sentar, ‘cara de terceiro mundo’! Desculpem a franqueza, mas serão estes jovens as vítimas do engodo das quotas. Vítimas, sim! Não será a Universidade imposta aos jovens que vai melhorar sua condição sócio econômica. Notamos que a maioria dos alunos com baixo rendimento escolar pertence à miscigenação dos diferentes grupos étnicos, que não têm em sua tradição cultural o hábito do estudo. Não será por meio de decreto governamental que eles vão se transformar em doutores. Eles precisam de estímulos que os levem a querer competir em condições de igualdade com outros jovens, não importa se brancos, negros, mestiços, ou não. Eles têm qualidades e inteligência que está sendo subestimada. O Brasil não pode falsear sua história, nem sua verdade política, nem social, e muito menos cultural.
A história do nosso povo tem diferentes raízes. Todas têm seu valor.
Cada brasileiro tem direitos e deveres assegurados na Constituição. O ensino básico deve oferecer aos jovens condições de conhecer sua medida, sem constrangimentos. A decisão final sobre um curso universitário compete a cada um em particular.
O Brasil sempre se orgulhou de ser um país multicultural e sem preconceitos. Quem está criando essa história (quase) secreta contra a paz e a harmonia social em nosso país? – Ela não faz sentido! A não ser que também faça parte do ‘combate ao vírus do progresso’...

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ORIGEM DAS GRANDES DESIGUALDADES SOCIAIS NO PAÍS


Lemos nas manchetes do dia que o Brasil é o 4º país mais desigual da América Latina atrás da Guatemala, de Honduras e da Colômbia.
Cansamos de ler nos livros didáticos de nossos tempos de estudante que temos dois Brasis: um litorâneo mais povoado e desenvolvido e um interior mais pobre com uma população mais rarefeita.
O tempo passou, muita coisa mudou. A população cresceu e se redistribuiu pelo território acompanhando novos ciclos de atividades onde a industrialização e o agronegócio passou a dominar. As cidades cresceram, pois a população foi atraída pelas ‘luzes’ convidativas de um novo estilo de vida.
Foram surgindo as primeiras favelas – lá pelos fins dos anos de 1958 – quando levas de migrantes fugindo das secas nordestinas chegavam às cidades do Sudeste e se instalavam em barracos provisórios. Acontece que naquele tempo ainda havia oportunidade de sair rapidamente dessa condição subumana de viver, e logo esses migrantes conseguiam se incluir no contexto da cidade com trabalho digno e um local decente para viver.  Essa facilidade de progredir atraiu muitos outros que foram chegando. A falta de um planejamento levou ao caos, pois a migração do campo para as cidades, das cidades pequenas para as grandes, levou a um saturamento urbano incontrolável. Hoje assistimos a esse fenômeno urbanístico aglutinador de toda uma população marginalizada e explorada politicamente por aproveitadores de toda espécie.
Vivemos num país que deveria ser o mais rico do mundo. Ocupamos um amargo 4º lugar entre os pobres países latinos. Não se estuda mais como antigamente. A educação está sucateada e cada dia parece vai piorar um pouco mais.
A falta escandalosa de honestidade dos homens públicos é que criou essa situação degradante de desigualdades cada vez mais acentuadas dentro do país. A principal causa são os extorsivos impostos cobrados abusivamente pelos órgãos governamentais sobre os produtos de consumo, na base de imposto sobre imposto, sobre imposto... Assim, o pobre não tem como sair da roda viva em que foi atrelado. Enquanto isso, uma classe dominante, que não é dos empresários que realmente produzem e geram empregos e fazem a economia funcionar, se ocupa em punir com encargos e burocracias escandalosas toda a sociedade.
Que falar das greves do funcionalismo público, pago com dinheiro do contribuinte? Eles não trabalham, prejudicam a população e ainda continuam a receber seus vencimentos. Outra aberração: - o auxílio presidiário maior do que o salário mínimo ganho honestamente por um pai de família! E as tais leis de ‘proteção’ ao menor infrator que só alimentam o mundo da criminalidade.
O país não tem um projeto de crescimento que atenda às necessidades das diferentes classes sociais. O tal projeto educacional de ‘todos na universidade’ que parece ser o objetivo do governo atual, sem dar um mínimo de condições dignas de viver aos seus cidadãos, é outra tontice de quem não tem noção do que é educação.
A origem das desigualdades no país tem suas raízes nas imensas diferenças étnicas e culturais do seu povo. Elas têm sido acentuadas na medida em que os governos míopes acham que esmola resolve tudo. Quando vemos uma mãe de família sentada na sarjeta com uma criança nos braços, imagem gritante da pobreza, não dá para ficar indiferente, pois ela é o retrato do descaso para com o ser humano. Continuaremos a ter essa péssima imagem de país com grandes desigualdades até que se rompa o status quo imposto pela ignorância de quem acha que governar é inventar modismos e trabalhar índices para corrigir distorções onde o ser humano é tratado como uma cifra e nada mais.
Cada um é um indivíduo diferente do outro. Quando cada um puder se expressar em sua plenitude de forma livre para estudar, trabalhar, produzir, circular, consumir, etc., sem a interferência do estado padrasto, as coisas podem começar a mudar para melhor.
Que as próximas eleições municipais não frustrem novamente a população com mais do mesmo...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

JULGAMENTO SEM BLÁ, BLÁ, BLÁ...


A Justiça tarda, e em muitos casos até falha. Anos para um julgamento simples, com tanto recurso e burocracia até se perde o foco.
O início do julgamento dos mensaleiros e suas falcatruas com uso e abuso de valores expressivos dá um alento a quem já começava a ficar decepcionado com o andamento da justiça neste país. Este não é um julgamento simples.
Discute-se se a exposição ao vivo, em tempo real, do que se passa no tribunal é mais uma encenação e vontade de aparecer dos Srs. Ministros ou se é válida essa forma de levar ao público um julgamento que tinha tudo para ‘melar’...
Não têm faltado esforços por parte da defesa e dos acusados para convencer que não existiam provas contra eles. Essa insistência – um direito da defesa – apenas tem conseguido reforçar o rol dos delitos de que os réus são acusados: peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, e, por insistência orquestrada dos advogados, o uso de recursos não contabilizados e o famigerado ‘caixa 2’ das campanhas eleitorais.
O uso de dinheiro do mensalão para financiar campanhas eleitorais, a nosso ver, é mais um motivo para punir os réus, e não para um abrandamento das possíveis penas. A atitude só demonstra falta de princípios por parte de pessoas inescrupulosas que não se envergonham de confessar publicamente estar a serviço de um projeto de poder para nele se perpetuar de forma antidemocrática.
Tão logo teve início a leitura ‘fatiada’ da primeira parte do processo, as evidencias sobraram por todos os lados à medida que o relator ia expondo os fatos.  Parabéns pela iniciativa do STF apresentar de forma clara e concisa a sentença, pois assim o público poderá acompanhar passo a passo todo o julgamento e conhecer o porquê das sentenças. A palavra suposto/supostamente, tão usada ultimamente pela imprensa, não existe nesse julgamento. Há, sim, provas sem blá, blá, blá...
Brasília está ficando perigosa, não só para os cidadãos comuns, como para os políticos da hora.
Quadrilhas de toda espécie pululam pelo país inteiro. Laranjais crescem à sombra de empresas fantasmas onde políticos se abastecem com recursos públicos. Aí fica o alerta ao empresariado em geral para não embarcar nas promessas politiqueiras de cidadãos que estão querendo se dar bem. Hoje começa para valer mais uma campanha política. Espera-se, no mínimo, que haja lisura, honestidade e comportamento ético por parte de candidatos e patrocinadores da campanha. Sempre é tempo de aprender e praticar o civismo respeitando as instituições, ser ético, e ter caráter.
Todo cidadão moralmente ético sabe respeitar e dar-se ao respeito. É o mínimo que se espera de um candidato a cargo público.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ATO DE GRATIDÃO (ORAÇÃO)

 - “Nada temos a pedir. Só temos a agradecer”. Quão pouco é lembrada essa máxima, tão simples e verdadeira.
Quero aprender a agradecer a tudo o que tive, tenho ou terei.
Sou grata por todas as experiências boas ou más, pois todas foram lições preciosas.
Sou grata pela Vida, pelas oportunidades, mesmo aquelas que eu não soube aproveitar.
Sou grata pela luz que ilumina minha vida e guia meus passos às vezes contrariando meus desejos imediatos.
Sou grata por poder neste momento contar com este sentimento de gratidão. Gratidão pelo pão nosso de cada dia; pela paz de espírito; pela harmonia ao meu redor; pelas belezas da vida; pelas riquezas do saber; pela infinita alegria que me foi concedida para acalmar o coração; pela sabedoria divina a velar noite e dia por todos nós.
Minha eterna gratidão por existir e poder desfrutar desta multiplicidade de experiências tão enriquecedoras que a fonte inesgotável cósmica está a oferecer a todos os filhos da luz. 
Vejo uma mensagem em cada raio de luz, em cada pétala de flor, em cada ondular das águas, em cada som da natureza...
É, a esse universo de luz, cor, sons harmoniosos que despertam a vibração contagiante de alegria, que todos nós pertencemos. O olhar cintilante das estrelas, num toque de magia faz com que o nosso olhar descubra belezas celestiais em tudo o que nos rodeia. Isso porque somos parte dessa Luz que tudo ilumina.
Sejamos, pois gratos, e permaneçamos vigilantes, pois as benesses da fonte divina são permanentes e infinitas.
Só precisamos da lucidez de um ato de humilde gratidão.

domingo, 19 de agosto de 2012

'METRON' - MEDIDA IDEAL ENTRE A VIRTUDE E O PECADO


“Os homens são herdeiros de seus atos”. (Buda)

Ultrapassar o ‘metron’(grego), a medida ideal, exigia que a Justiça Cósmica se fizesse para restabelecer a ordem. Hoje temos a justiça dos homens, e, apesar dela, reina uma espécie de caos coletivo onde cada um se agarra a valores imaginários. Estaremos à beira de uma conflagração universal como pregam alguns?
Na verdade a humanidade perdeu totalmente a medida ideal de conduta. A prática de excessos de toda ordem, provoca desequilíbrios e desrespeita as regras que normatizam a vida em sociedade, e está se tornando a ‘norma’.
O ‘pecado’ – transgressão de qualquer preceito ou regra de conduta - pode e deve ser corrigido contrapondo-lhe a ‘virtude’ – disposição firme para a prática do bem.
As faltas graves que no passado foram classificadas como ‘pecados’(Orgulho, inveja, luxúria, preguiça, ira, gula, avareza) tem como contraposição as virtudes: humildade, caridade, temperança, diligência, coragem, justiça, prudência.
Segundo os bonzos japoneses, os dez preceitos positivos da moral são: 1- Amabilidade – palavra, gesto ou frase que revela um sentimento de delicadeza para com o próximo;
2- Liberalidade – ato pelo qual se confere graciosamente a outrem vantagens, bens e direitos;
3- Castidade – abstinência total dos prazeres sensuais; prática de conduta moral, com pureza, sem mancha.
4- Veracidade – exatidão de quem fala;
5- Palavras de Harmonia – disposição bem ordenada entre pensamento e atos; conjunto comportamental harmônico ou que está em consonância;
6- Linguagem Nobre – um falar correto, respeitoso, educado, próprio de pessoa que age com majestade, fidalguia – no sentido de superioridade moral.
7- Sinceridade – conduta de lealdade, boa fé, autenticidade sem rudeza ou malícia.
8- Concórdia – corresponde a harmonia de vontades e, ou de opiniões; agir conforme opinião e vontade comum.
9- Simplicidade – forma natural, simples de agir, falar, escrever; elegância e singeleza nas atitudes denotando caráter genuíno, espontâneo.
10- Bondade – atitude branda de clemência como prova de qualidade de caráter bom e rigoroso no cumprimento das obrigações morais.

É através da educação plena que se incute desde cedo no indivíduo a noção de ‘medida ideal’ de conduta.

Num congresso sobre vida sustentável foi premiada a seguinte questão:

- Todo mundo está pensando em deixar um mundo melhor para nossos filhos... – Quando se pensará em deixar filhos melhores para nosso mundo?